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De volta ao Brasil

Finalmente tinha contado pra minha mãe, ela não entendia direito a historia e ficou chateada comigo mas não me confrontava e Taylor e eu mantinhamos contato constante, ele estava divulgando e ja fazendo alguna shows do Finally it's Christmas, continuava separado e pelas nossas conversas a vida dele não estava facil, Natalie estava dificultando os termos do divorcio, eu imagino que ela devia estar muito ferida, Taylor me disse que ela tinha ameaçado sair de Oklahoma e eu me sentia extremamente culpada, por conta de um erro Taylor poderia acabar longe dos filhos e isso acabava comigo.
Contei a minha mãe eu estava completando 3 meses e nesse dia Taylor e eu conversamos
- contei hoje pra minha mãe
- o que?!
- o que eu contei?!
- ah!! Claro... E ai como foi?
- comparado a sua situação foi até tranquilo, ela não compreendeu bem como eu aparecia grávida se nem enrolada com ninguem estava, eu contei a história e ela achou um absurdo, questionou minha moral por causa do seu casamento, na verdade eu ouvi muito isso das pessoas as ultimas semanas
- que tipo de questionamento?
- o porque da gente ter se envolvido mesmo que brevemente com você sendo um pai de familia
- Maria Luiza, as pessoas não tem nada a ver com isso, nem a sua mãe
- não é bem assim, você tbm recebeu suas criticas
- as pessoas nunca vão entender a atração que a gente sentiu um pelo outro
- pode ser...e...e como estão as coisas ai?
- bom, a Natalie ta voltando pra Georgia com os meus filhos e isso ta acabando comigo
- eu to sendo um problema pra você, eu não queria isso
- na verdade acho que essa situação me deu coragem pra fazer oque eu devia ter feito tem tempo...
- Tentar ser feliz?
- Me separar
- Entendo... e vem ca, voce ta aonde hoje?
- Estamos em Nova York... daqui a pouco tem show
- Entendi
- Eu tenho uma coisa pra te dizer
- O que?!
- Chego no Brasil dia 12 de dezembro
- Ué porque voce vai vir
- porque sim... Natalie vai viajar com as crianças, vou ficar com eles no natal e eu quero acompanhar um pouco de perto voc... o bebê
- ta bom...
- depois te passo onde vou ficar, se voce puder marcar uma ultrasom, queria muito ouvir o coração do bebê, fiz isso com todos os meus filhos
- ta, vou resolver com a minha médica, alias esqueci de te avisar, mês que vem nao precisa me dar dinheiro nenhum
- porque?!
- porque eu ainda tenho um pouco da última vez que você mandou e também a gravidez ainda ta no início acabo nao precisando
- tudo bem, voce quem sabe
- vou desligar, eu preciso comer e vc se preparar pro show
- ta bom... até, se cuida
- ta
Desliguei o whatss e fiquei pensando em como atingimos esse nível de cordialidade quase que irreal, estávamos tratando de um filho em comum como dois camaradas de bar decidem o petisco do dia. Taylor ja me disse com todas as letras que não me ama mas eu estava aqui perdendo meu sono sonhando com a chegada dele, esse era o efeito que ele causava em mim.
Dezembro chegou e se arrastou, parecia que o dia 12 nao chegava nunca mas finalmente chegou, esse era o tipo de idiota que eu sou, mais apaixonada ainda mas fingindo estar superando.
Taylor me mandou uma mensagem dizendo que tinha chegado no hotel e que queria ir na minha casa, a real é que ele não sabia onde eu morava, eu falei pra minha mãe que Taylor viria ao Brasil e ela não quis ficar pra conhece-lo, disse que toda a situação era esquisita e que iria passar uns dias em Miguel Pereira com minha tia, ela ainda não aceita bem a gravidez e não sabe lidar com o aasunto, respeitei a decisão dela.
Como estava trabalhando em horários mais flexíveis por conta da gravidez combinei com Taylor e ele iria na minha casa no fim da tarde, sou realmente uma boba, estava ansiosa pela sua chegada mas a ultima coisa que eu queria era demonstrar isso, as 17:25 a campainha tocou, era ele, abri a porta e seus olhos nao ficaram em mim nem dois segundos, foram direto para a minha barriga
- Nossa!!! Ja da pra ver bem!!!!
Eu murchei na hora, ele realmente só queria saber do filho e por um breve minuto tive inveja daquela criança que nem tinha nascido e ja teve mais afeto do Taylor do que eu jamais tive.