12- Apaixonada

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*Richard*

- Tem que parar com isso Sophia, não vai dar certo. - Me afastei dela.

- Mas você precisa de mim, não sabe como ser rei.

- Adoraria que eu acreditasse nisso, não é? - Ri irônico.

Com apenas palavras eu não poderia expressar o que estava sentindo naquele momento. Nada era mais como antes.

- Sabe Sophia, eu acreditei por um tempo. Cheguei a acreditar até que você me amava. Mas você ama os holofotes, e a atenção. Você nunca vai mudar. - Despejei tudo que tinha vontade de falar e ela me olhava com um certo desprezo no fundo dos olhos.

- Não. Você é o único que nunca vai mudar Richard. Você vai falhar sem mim, vai desmoronar sobre a menor pressão, e vai se arrepender depois.

- Prefiro me arriscar.

Saí de lá o mais rápido possível. Não aguentava olhar para a cara daquela mulher mais um dia sequer.

*Jess*

Depois de estudar um pouco mais com a Emily, fui ao meu quarto e escrever um pouco mais. Não sabia o que fazer. Olhava para aqueles papéis de adoção do Richard o tempo todo e não tinha a menor noção do certo a fazer. No final das contas, decidi ligar para a única pessoa que poderia realmente me ajudar nessa situação.

- Jess!

- Oi pai. Me desculpe estar ligando só agora. - Falei.

- Não tem problema. E como é que estar a minha repórter favorita?

- Então. Lembra de quando me falou que tenho que me arriscar para ganhar? E se esse risco acabar ferindo alguém que não merece?

- Vou precisar de mais informações do que isso querida.

- E se a minha história acabar ferindo alguém que já foi muito ferido?

- Olha, eu não sei nada sobre seu trabalho. Mas de uma coisa eu sei. Você tem que ouvir seu coração, Jess. Ele sempre vai falar a verdade.

- Conselho clássico de pai. - Rimos.

- Melhor que biscoito da sorte não é?

Ouvi batidas na porta.

- Pai, eu te ligo depois. Te amo.

Desliguei e fui atender a porta. Achei que fosse Emily e por isso me assustei quando vi Richard na minha frente.

- Ah, oi. Posso te ajudar com alguma coisa?

- Pensei em darmos uma volta. Essa noite está linda.

- Eu não sei. - Meu coração ainda estava muito ferido depois de ver aquela cena.

- Por favor, só 20 minutos. Preciso de companhia.

- Certo. Vou pegar meu casaco.

Fechei a porta e coloquei uma calça jeans, uma blusa básica, meu allstar e um casaco sobretudo pois estava frio lá fora, aparentemente. Quando chegamos lá fora eu realmente presumi certo, estava bem frio. Mas com Richard do meu lado, eu sentia um onda de calor que me fazia esquecer meu próprio nome.

- Eu pensei em te convidar para um passeio a cavalo. Mas a pé parece muito mais seguro. - Ele olhou para mim. - Tá tudo bem?

- Costuma levar as criadas pra passeios românticos na neve?

Richard me olhou confuso.

- O que?

- Nada, é besteira.

- Vamos, se abre comigo. Sinto que já contei tudo sobre mim e não sei quase nada sobre você.

- O que a Lady Sophia diria se nos visse caminhando aqui juntos? - Ignorei o comentário dele.

- Por que se importaria?

- Eu vi vocês mais cedo. - Falei quase como um sussurro.

- Seja lá o que você tenha visto, saiba que não há nada entre eu e Sophia.

- Não me pareceu. - Me afastei um pouco nostálgica.

- Ela estava tentando reacender uma coisa que não existe mais. - Falou bravo.

- Isso deve acontecer muito com você. Mulheres se atirando aos seus pés...

- Homens também às vezes. - Rimos.

- E você? Uma mulher tão inteligente e bonita. Deve ter muitos amigos eu acho.

- Eu nem vejo, é mais fácil focar na minha carreira no momento.

- Como tutora? - Perguntou. Me doía tanto não poder contar a verdade, mas também sabia que se eu contasse talvez ele nunca mais olharia na minha cara. - Eu espero que venha amanhã à noite.

- Amanhã à noite?

- Sim, o baile oficial da noite de Natal. Ficarei muito menos nervoso se estiver lá.

Me virei pra ele ainda com medo. Mas eu não podia esconder isso pra sempre.

- Richard. Tem uma coisa que eu preciso te cont... - Ele me puxou para mais perto e beijou os meus lábios. Era rápido e feroz como uma fera mas ao mesmo tempo tinha a delicadeza de um verdadeiro príncipe.

- O que você queria me contar? - Perguntou ainda colado a mim.

- Nada. Não importa agora.

Nos beijamos novamente. Não sei descrever aquele momento mágico. Seus lábios pareciam plumas, sua língua e a minha dançavam em perfeita sincronia e nossos corpos colados aumentavam as chamas de dentro de nós. Era maravilhoso. Fechamos a noite quando ele meu levou ao quarto dele e lá tivemos uma noite ainda mais maravilhosa, descobri todos os prazeres com ele e foi perfeito.

O PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora