Ele sorriu observando seu rosto, seus cabelos e tudo sobre ela, como sempre fazia.
— Você quer conversar? Uma conversa normal, digo. Daquelas que só palavras saem das nossas bocas — perguntou ainda sorrindo de leve.
— Hum — ela disse, sem conseguir pensar direito com aquele corpo enorme e másculo colado ao seu.
Sentia-o por todo o seu corpo.
E, mais precisamente, sentia uma parte específica dele pressionada contra uma parte também específica do seu corpo.
O mínimo movimento não intencional - ou sim - de ambos, fazia com que aquilo roçasse com mais força contra ela.
E ela não sabia o que pensar sobre aquilo.
Aquilo, a situação, não "aquilo" a coisa dele. Vocês entenderam.
— Vou entender isso como um não — dissera ele.
Ela apenas piscava, o olhando, desejando por mais daquilo, mais dele, mas sem saber como dizer isso em voz alta.
Ele a fitou por alguns segundos, percorrendo os fios vermelhos com os olhos, depois com as mãos.
— Você é tão linda — murmurou, impressionado. Sofia não acreditava nisso, mas achou melhor não discutir sobre isso naquela hora e não sentia-se disposta para uma discussão sobre a sua beleza - ou, nesse caso, na opinião dela, a falta dela. — Por que prende os cabelos assim?
— É mais prático — respondeu, com a respiração já normalizada.
— E não pesa? — ele perguntou. Ela confirmou com a cabeça, ainda sentindo o toque dele nos seus fios. — Então não deveria prendê-los. Deveria ser crime prender um cabelo tão lindo assim.
Ela corou, mais do que já estava. Ficou calada, apenas piscando e o encarando.
Ele brincou mais um pouco com o seu cabelo e depois olhou-a nos olhos, voltando a abraçá-la.
— De que horas devo buscá-la? — perguntou.
Sofia sentiu-se confusa por um momento, depois lembrou-se do encontro que teriam à noite.
— Não sei — disse. Não queria confessar que nunca saíra em um encontro e não sabia à que horas geralmente isso era feito. Preferiu ficar calada e esperar que ele sugerisse o horário. O que ele fez depois de pensar um pouco.
— Tenho que passar em um lugar para pegar algo, antes de pegar você — ele disse. — Às sete está bom para você?
Ela concordou com a cabeça, rapidamente.
— Bom. Às sete, então — ele sorriu, beijando sua bochecha, como se não conseguisse resistir ao impulso de beijá-la. — Tenho uma surpresa para você.
— Uma surpresa? Para mim? — ela se surpreendeu.
— Sim.
— O que é? — perguntou antes que pudesse se conter. Ele riu.
— Se eu contasse não seria mais uma surpresa, não? — riu da expressão contrariada dela, selando seus lábios rapidamente. — Mas garanto que você vai gostar — disse com um sorriso malicioso.
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MINHA METADE - SÉRIE RECOMEÇOS | LIVRO I
ChickLitEla pensou ter encontrado o amor da sua vida. Ele jurou que aquela seria a última vez que aceitaria qualquer desafio idiota dos seus amigos também idiotas. Para ela, foi amor à primeira vista. Para ele, apenas uma brincadeira. Ela se apaixonou per...