Cp. 1 Multidão/Agua Contida

2.7K 188 25
                                    


Estávamos saindo do verão para o inverno, daqui á alguns dias, tudo estará mais frio, assim como minha vida monótona. Levanto todos os dias as 06h30min da manhã, faço minhas higienes matinais, tomo café, falo com mamãe e vou pro colégio.

Sou um pouco antissocial, moro em uma cidade não muito grande, mais também não muito pequena, Bhretsville, esta crescendo, a cada ano, pessoas novas, comercio novo. A cidade é rodeada por uma floresta muito bonita, dentro da floresta há um bosque com uma queda d'agua muito linda. Mais a floresta tem seus perigos.

Esse ano havia entrado muitos alunos novos, e minha amiga, Ana Julie, estava ansiosa com tudo, pois havia milhares de garotos novos e bonitos. Mais em meio aquela multidão só um me chamou a atenção. Era alto, forte, branco quase ao pálido, parecia uma escultura grega, vinha em nossa direção.

Ana Julia- Aiiii meu Deus, olha quanto gato Ricardinho, esse ano eu desencalho.- Fala Ana toda eufórica.

-É estou vendo. - Falei meio que sem vontade, mais algo dentro de mim havia despertado ao olhar para aquele rapaz.

Todos sabem que sou gay, em minha família só minha mãe me aceitou o restante me ignora, minha mãe me ama e eu a amo, meu pai me odeia e eu a ele, ele tentou me matar quando soube sobre minha orientação.

Eu sou meio que retraído, não sou muito de conversa, sou na minha. A Ana Julia só é minha amiga, pois praticamente fomos criados juntos, mais havia pouco tempo que ela havia se mudado para outro bairro, por causa do emprego do seu pai, depois disso entrei em monotonia total.

O sinal toca, alertando que as aulas haviam começado, fomos para sala, e ele estava lá, sentado na ultima cadeira, eu e Julia nos sentamos, nas cadeiras do meio, e aos poucos a sala começou a se encher.

O professor entrou e se apresentou, Paulo é o nome dele.

Paulo- Bom Dia turma, sou o professor de Biologia desse ano. Vamos começando com um trabalho sobre respiração aeróbia e anaeróbia em plantas, animais e bactérias. Há e sera em dupla. Mais eu formarei as duplas. – Otimo, o ano não poderia começar melhor, olhei apreensivo para Julie.

Paulo- Bom como ninguém ainda aqui se conhece, eu chamarei os nomes e quem estiver presente levanta a mão. – Ele começa com Ana Julia, e vai fazendo a chamada até que chama por Louis, e uma voz rouca soua alto na sala. O nome dele então é Louis, todos na sala começaram a cochichar, pois além de bonito tinham uma poderosa voz.

E por fim o professor encerra a chamada, começa a dar a explicação sobre os assuntos dos trabalhos que seria entregue na próxima aula. No final da aula, ele deu os nome das duplas, coisa aleatória. Eu acabei ficando com o garoto misterioso, Louis, estava alegre, mais triste pois queria fazer com Ana, ela parecia que nem ligava pois pegou com parceiro de sua dupla um garoto. Assanhada.

Após o termino da aula que veio após a de biologia o sinal toca dando lugar ao intervalo, sai da sala sozinho, pois a senhora assanhada me esqueceu, rsrsrsrsrsrs, já estou acostumado.

Fui em direção ao refeitório e senti uma mão segurando meu braço, como estava distraído acabei levando um susto. Mais me recompus, olhei para a grande mão e vi de quem a pertencia, Louis.

Louis- Precisamos falar sobre nosso trabalho de Biologia.- Louis fala e eu acabo me perdendo em seus olhos verdes. Ele me balança tentando me trazer para a realidade e acabo dizendo sim, para algo que não sei.

Louis- Certo então, sexta a noite vou ate sua casa.- Olho para ele sem entender até que a ficha cai, ele irá em minha casa daqui a quatro dias. Vejo ele se afastando de mim, com aquela cara amarrada.

Entro no refeitório pego meu lanche e sento-me em uma mesa, olho ao redor e vejo todos alegres, dando risada. Eu não me encaixava naquilo, havia uma multidão e eu me sentia sozinho e sozinho eu estava.

As aula acabam e não vejo mais Ana Julia, saio do colégio e caminho em direção para minha casa. Entrando vejo minha mãe com um grande sorriso. Minha mãe é morena clara, com os cabelos em um castanhos escuros quem chamam a atenção, puxei a ela nesse aspecto, corpo magro e perfeito, se não fosse juíza diria que seria uma modelo. Minha mãe me da um grande abraço e fala.

Rose- Filho, consegui aquele emprego dos meus sonhos, agora sou desembargadora federal Rose Wisentam.- Olho para ele alegre, dou mais um grande abraço, mais com noticias boas vem as ruins.- Filho terei que me ausentar, por um tempo. Vou ter que te deixar.- Olho para ela com lagrima nos olhos, ai eu percebo que que suas malas estão prontas. – Filho não chora, agora eu posso dar a você a vida que sempre quis, olha meu taxi chegou, eu irei para Casa Blanca. Daqui a sete dias chegara um cartão de credito, não se preucupe com a conta, e no final de todo mês sera depositado em sua conta uma certa contia, ficarei fora por dois anos. Filho te amo.- E ela sai em direção ao taxi, fico na porta de casa, vendo ela embora.

Subo para meu quarto, me olho no espelho, e começo chorar compulsivamente, toda a agua contida, acabo adormecendo ali mesmo, no chão do banheiro.

Wolf's MagicOnde histórias criam vida. Descubra agora