Capítulo 3

1.2K 159 5
                                    



Deixei ela me dar às costas e ir dormir, eu deixaria ela em paz pelo menos dez minutos, peguei o telefone e redigi uma mensagem pro meu irmão.

"Victor, liga pro Otávio, pede pra ele achar tudo o que souber sobre Beatriz Ferreira, desde parentes vivos, mortos, local que nasceu dia que nasceu até histórico médico, vê se ela tem conta em banco, e se conseguir ver quanto tem nela eu agradeço. Cuida do meu sobrinho otário, fala pra sua mulher que eu amo ela"

Não demorou nada pra chegar uma mensagem dele dizendo que não era meu escravo e que já estava fazendo isso, eu joguei meu celular na mesa e desci, olhei minha moto e puxei-a pra um lugar que eu pudesse olhar lá de cima, e peguei umas roupas minhas que estavam nas bolsas penduradas na moto, subi de volta e fui direto para o banheiro tomar um banho e passei o banho todo pensando que nunca na minha vida eu achei uma grávida bonita, charmosa, mas que olhando ela eu só consegui pensar o quão linda ela estava, mas apesar disso ainda achava que ela estava muito magra pra quem estava de tanto tempo de gestação. Terminei meu banho e vesti uma cueca boxe e um calção pra dormir, quando estava chegando ao quarto a ouvi conversando.

-Sabe bebê, o seu pai ter aparecido não me deixou nada feliz, seu pai é um idiota bebê, ele não quis ficar quando eu chamei, eu já sabia sobre você sabe, mas eu não quis contar, eu não queria que ele ficasse só por causa disso, mas você bebê é a coisa mais importante e linda que a mamãe tem. – a vi acariciando a barriga – Não chuta assim, forte dói calma ai. Sabe o que eu acho bebê? Que você é um menino, porque só assim pra ter toda essa força. O que você é ein?!

-Posso entrar? – perguntei batendo na porta e vendo-a acenando que sim. – Desculpa, mas não teve como não ouvir sua conversa, então você acha que o bebê é um garoto?

-Ou uma menina nada delicada e que chuta forte pra caramba, não é bebê? – ela falou acariciando a barriga – Vai com calma aí.

-Posso tocar? – perguntei apontando pra barriga.

-Pra que? – Ela perguntou abraçando a barriga – Pra amanhã subir naquela moto e fingir que nada existiu que você sonhou com a barriga? Pra você virar as costas igual fez pra mim? Melhor não, deixa ele quietinho aqui.

-Eu não deixei vocês porque quis, primeiro que eu nem sabia da existência do bebê, segundo você não me deixou escolhas de escolher pelo bebê, você não me contou dele.

-Olha Stone, do fundo do meu coração eu tô cansada, eu to com frio, eu não consigo dormir tem dias porque a barriga não deixa então eu só quero dormir, será que é pedir demais?

-Você não tem uma coberta? – perguntei inconformado dela estar falando que estava com frio mas estar coberta com um lençol.

-Tenho, mas ela é a sua cama. – ela disse apontando pro chão.

-Jamais, toma isso, eu me ajeito – falei me abaixando pra pegar a coberta.

-Deixa você vai dormir aí.

-Entao veste minha blusa – estendi minha blusa de frio pra ela – Toma, se você não colocar eu vou desmontar minha cama.

-Obrigada – ela disse pegando a blusa e colocando – Boa noite Stone.

Ela se arrumou com uma almofada embaixo da barriga que ela abraçou, o travesseiro embaixo da cabeça e outra almofada nas costas e a mim não restou escolhas a não ser deitar naquela cama improvisada e esperar o sono vir, eu ouvia a respiração dela agitada e notei quando a mesma se acalmou e ela ressonou baixinho, ela tinha dormido e eu não dormia por nada, eu me sentei no chão e ela estava do meu lado, a barriga em frente ao meu rosto, eu realmente precisava tocar ela, pelo menos uma vez.

Patchwork Knots (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora