Capítulo 7

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Big reputation, big reputation. Ooh, you and me, we got big reputations, ah, and you heard about me. Oh, I got some big enemies, big reputation, big reputation, oh, you and me would be a big conversation. Ah, and I heard about you. Ooh, you like the bad ones, too ♪

Beatriz

Ele tinha cedido muito fácil e essa era a única característica que eu tinha certeza que ele tinha, cade aquele papo furado de sou Stone e stone é pedra? Ah Nickolas esse é um jogo que dois podem jogar, se você acha que to sozinha nessa não sabe o teor da conversa que tive naquele consultório com sua mãe. Tudo bem que o que eu queria mesmo saber que era porque ele vivia na estrada e no que ele trabalhava ela não tinha me contado mas eu descobriria com o tempo, eu sou ótima em descobrir coisas. Outra coisa que sou ótima é saber se uma pessoa é confiável ou não e por mais que eu tenha tentado, analisado tudo no Nick exalava confiança, quase como um bote salva vivas ou um porto seguro. Eu odiava ele por isso.

-Você está quieta, nunca foi assim baby. - Antes dele deixar a gente pra trás eu amava quando ele me chamava de baby, agora parece que estou no carro com o Justin Bieber no começo da carreira.

-Não tenho porque conversar com você.

-O Henrique não fica nada feliz pela mãe e o pai dele não se falarem. - o melhor a ele fazer quanto ao Henrique agora era: não tocar no nome dele.

-Na verdade ele não se importa, já cansei de contar pra ele o quanto o pai é um babaca.

-Baby baby, não brinca com fogo, você ainda vai se queimar. - JB eu te amo, mas não suporto mais ouvir baby.

-Sou a própria gasolina querido. - virei pro lado e fiz o resto da viagem em silêncio.

Quando chegamos ao nosso destino o Nick saiu do carro e deu a volta para abrir a porta pra mim, e eu como não sou boba já tinha notado o tamanho e a beleza da casa, era oficial aquele cara é podre de rico, ele estacionou o carro na garagem e eu vi que além do dele tinham mais 4 ali.

-Chegamos.

-De quem são aqueles carros. - perguntei com medo da resposta.

-Do meu irmão, e dos meus pais. Por que a pergunta?

-Já encarei sua mãe hoje, não estou disposta a ver o resto da sua família.

-Novidade aqui é que eu não estou ligando pra o que você está ou não disposta. Você disse que queria vir pra casa da minha mãe e aqui está, eu vou entrar a hora que quiser fazer o mesmo é só bater na porta ou abrir você mesma. - ele virou as costas e começou a caminhas mas se virou pra mim e jogou a chave do carro. - Ou você pode ir embora se quiser. Se for entrar só trave as portas.

Eu o vi entrar pra casa e continuei ali em um impasse se entrava ou não, eu não queria proximidade, quanto mais gente gostando do meu filho maior a chance de eu ficar sem ele, porque pelo jeito dinheiro pra advogado não seria um problema pra eles, mas seria pra mim. Não sei quanto tempo passei ali analisando os prós e os contras da situação só sei que uma hora levantei e caminhei até a porta, dei duas batidas nela e a mesma se abriu. Mesmo eu não sabendo quem era aquele cara que tinha aberto pra mim eu conhecia aquele olhar de algum lugar, ele estendeu a mão pra mim e se apresentou.

-Prazer Victor Stone, mas pode me chamar de cunhado, aquele é meu filho João, no colo do seu noivo, o gordinho, e aquela ali é minha mulher que ele insiste em dizer que ama e pelo que sei você ficou com ciúmes, o que não precisa ele só tem olhos pra vocês dois.

-Prazer. - falei sentindo minhas bochechas se aquecerem.

-Oi - a agora cunhada do Nick chegou me dando um beijo na bochecha. - Sou a Carol, você deve ser a Beatriz e ele deve ser o Henrique, posso tocar?

-Pode, claro. - falei enquanto ela abaixava e cochichava algo pra minha barriga.

-Seja bem vinda a família. - uma voz grave falou em algum canto e eu me virei pra encontrar um senhor grisalho vindo em nossa direção.

-Prazer Luis. - ele disse pegando minha mão e dando um beijo. - Sou o velho chato pai desses dois jovens descabeçados e estou encantado pela senhorita, e por meu neto claro. Não sei se seus pais já falaram mais pra um velho netos nunca são demais.

-Eles não falaram, eles já estão mortos. - falei um tom mais baixo do que o normal.

-Me desculpe, fui indelicado. - Seu Luis falou entre uma tosse e outra. - Vem senta aqui com esse velho e me conta o que meu filho aprontou.

-O senhor não devia estar deitado papai? - Nick perguntou pra ele enquanto se sentava ao meu lado com o sobrinho no colo - Que eu saiba seu médico te indicou repouso.

-Estou bem e só vou conversar com minha nora, não fazer uma maratona.

-Tudo bem papai. - Nick falou para o pai enquanto se aproximava de mim e sussurrava no meu ouvido. - Ele teve um infante recente então preferimos não contar pra ele que nós dois não temos nada.

-O que vocês tanto sussurram? - seu Luis perguntou enquanto o bebe se esticava para o meu colo e eu o pegava. - O João gostou de você e olha que ele é um bebê chato, parece com o pai.

-Papai, eu estou aqui,não fale mal de mim e do meu filho na minha frente.

-Falo sim, vocês são dois chatos.

A conversa com o seu Luis foi tranquila e eu fiquei o tempo todo com o pequeno João nos braços, durante uma parte da conversa ele ate dormiu com a cabecinha apoiada no topo da minha barriga o que sei rendeu a Carol reclamações de como o filho merecia um irmão, a dona Patricia chegou do consultório e se juntou a nos na conversa e eu nem notei quando o dia se tornou noite.

-Beatriz? - Patricia me chamou atraindo minha atenção - Você vai dormir aqui?

-Claro que não veia, eles dois estão noivos e com um bebe na barriga acha mesmo que vão querer dormir na casa da sogra? - antes que eu pudesse responder o seu Luis já tinha respondido por mim. - Fica pelo menos pro jantar ta filha?

-Fico, fico sim seu Luis.

-Só Luis querida, você já é da minha família. - com essa declaração percebi duas coisas, uma eu estava ferrada, duas eu não conseguiria ir muito longe de todo o amor que aquela família estava me dando.

Patchwork Knots (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora