Capítulo 9

949 137 1
                                    


Nickolas Stone

Eu tinha plena certeza de onde eu estava colocando a Beatriz e o meu filho em perigo, aquilo não era pra eles, mas eu iria proteger eles, não ia acontecer nada com os dois, não comigo por perto. Eu não dormi quase nada noite passada, acho que a ideia de onde eles estavam estava perturbando minha mente e cada vez que um pensamento ruim passava pela minha mente eu puxava  mais Beatriz pros meus braços, a ponto dela ter resmungado e me empurrado mais de uma vez e do Henrique ter me chutado várias vezes. Quando o dia começou a amanhecer eu me levantei e arrumei ela nos travesseiros e a cobri, desci e entrei no escritório e comecei a analisar uns documentos que o Victor havia me enviado aquela semana e eu ainda não tinha tido tempo de abrir. Eu estava numa ligação, ofendendo de todas as formas que podia e conseguia meu irmão quando fui interrompido pela maravilhosa visão da Beatriz com minha camiseta e chinelos na porta do escritório. 

-Nickolas? - ouvi a voz do meu irmão e só então notei que não estava mais ouvindo nada do que ele estava dizendo desde o momento em que meus olhos entraram em contato com Beatriz na minha porta. 

-Fala logo Victor. - falei enquanto chamava com a mão a Beatriz pra entrar no escritório. 

-Não vou falar merda nenhuma, você não tá me ouvindo. Vá hoje pro escritório, esteja lá as  nove em ponto pra reunião com esses merdas. - ouvi ele xingando no outro lado da linha e o João começando a chorar. - Se prepara pros choros que o seu tá chegando, aproveita o corpo da sua mulher enquanto pode. 

-Vá tomar... um banho Victor. - mudei o que ia falar na hora que vi o olhar de censura de Beatriz pra mim. 

-A regra de não falar palavrão perto das crianças, tenho certeza que ela tá te olhando com cara de brava, a Carol já fez isso comigo. 

-Tchau Victor, vai cuidar do seu filho, até daqui a pouco. - não dei tempo pra ele me responder, desliguei na cara dele. - Bom dia morena. 

-Bom dia Nickolas. 

-Por que acordou tão cedo, não são nem sete e meia ainda. 

-Estou acostumada a acordar cedo, eu tinha que abrir a loja pros clientes da manhã, e acredite eles estavam lá bem antes das sete, tanto que até achei que tinha dormido demais. 

-Dormir faz bem, pra você e pro Henrique, mas já que acordou vamos pra cozinha, vou alimentar nos três. 

-Você alimentar alguém? - ela perguntou caçoando de mim. 

-Não duvide do que sou capaz, vem morena. 

Fomos pra cozinha e eu preparei um café da manhã reforçado pra nós, não que eu soubesse fazer muitas coisas, mas o que eu sabia eu fiz.

-Beatriz vou ter que ir com meu irmão a uma reunião de negócios, queria que você fosse comigo se você topar, assim você vai poder conhecer meu trabalho e eu já mostro tudo pro meu filho.

-Você sabe que ele está na minha barriga ainda ne?! - ela me perguntou o óbvio.

-Sim, mas segundo minha mãe ele escuta e sente o mesmo que você, então já vou apresentar tudo pra ele. - me expliquei pra ela.

-Tudo bem.

O resto do café foi todo silencioso e quando terminamos eu coloquei as louças na máquina e subi, encontrei ela no quarto só de lingerie e juro que aquilo era um teste pra minha força de vontade de me manter longe.

-Beatriz? - ela virou pra mim cobrindo o corpo com qualquer roupa que encontrou o que não ajudou muito já que era apenas uma blusa. - Vou colocar roupa pra lavar enquanto a gente sai, tem alguma coisa pra lavar?

-Hm.. Eu... eu tenho sim, deixa eu pegar. - ela abaixou e eu desviei meu olhar, eu não devia desejar aquele corpo. - Essas aqui.

-Tudo bem, vou colocar na máquina. - olhei pra ela de novo - Quando sairmos da reunião vamos comprar algumas roupas pra você.

-Não é necessário... - ela começou a falar mas eu interrompi.

-É necessário sim, por favor Beatriz aceite só isso.

-Tudo bem.

Sai do quarto e ela continuou a se trocar e eu fui colocar nossas roupas pra lavar, eu tinha duas máquinas em casa, eu aproveitei e coloquei as roupas do Henrique pra lavar, claro que tinha pego dicas de como fazer isso com a Carol, ela salvou minha pele. Liguei as duas máquinas a com as nossas roupas e as com as roupinhas dele. Subi as escadas e encontrei a Beatriz tentando fechar uma sandália em seu pé.

-Quer ajuda? - perguntei entrando no quarto.

-Acho que isso não fecha mais.

-Posso tentar? - ela fez que sim com a cabeça e eu fui e fechei as duas sandálias dela. - Vou só me trocar e nos saímos.

Fui pro closet e coloquei o mais próximo de roupa social que conseguiria usar e sai de lá, chamei ela e fomos juntos em direção a saída, pedi pra ela fechar a casa e ativar o alarme só pra ter certeza que ela saberia a senha e ela fez isso com êxito. A viagem foi mais silenciosa do que esperava e quando estacionamos dei a volta no carro e a ajudei a descer.

-Bem vinda Bea, bem vindo filhão, essa aqui é a Stone Motors, a empresa da família, nossa própria fabrica de motos e Henrique um dia ela vai ser sua.

ESTAMOS NO FIM DE SEMANA DE MARATONA ENTÃO LOGO O NICK VOLTA PRA ABALAR NOSSAS ESTRUTURAS 💚

Patchwork Knots (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora