I don't have love to share and I don't have one who cares I don't have anything since I don't have you ♪
Nick
Meu irmão me disse uma vez "você só é homem até sua mãe descobrir que existe alguém grávida de você e ela não conhece esse alguém", ok, ele não disse exatamente isso, mas foi isso que eu entendi agora.
-Boa Tarde filho, boa tarde Beatriz, certo? - minha mãe perguntou como se não tivesse com aquela informação escrito numa ficha.
-Isso mesmo, Beatriz Ferreira, boa tarde dra. Patricia.
-Sem essas formalidades todas, somos da mesma família agora. - minha mãe falou alterando o olhar entre mim e Bea.
-Dona Patricia, primeiro preciso falar uma coisa, não sei que droga seu filho inventou, mas eu juro pra senhora que esse filho ou filha é dele, não quero nenhum tostão do seu filho, eu só quero continuar com o meu, só isso.
-O bebê é seu, ninguém vai tirar ele de você, tem minha palavra quanto a isso. - minha mãe falou me encarando como se aquilo fosse uma bronca. - Agora preciso sabe rum pouco mais sobre você, como está sendo a gestação.
Elas começaram a conversar e literalmente me excluíram da conversa, Beatriz contou que logo no começo da gestação teve um sangramento e que ficou no hospital por alguns dias, eu me condenei por não ter passado por aquilo com eles. Ela aproveitou para contar que não tinha ido a nenhuma consulta que só tinha visto o filho por ultrassom nessa vez no hospital, mas que na época não deu pra ver o que era, contou que seu histórico de saúde é ótimo que nunca teve problema nenhum, sobre a alimentação ela disse a verdade que pulava refeições e que quando as fazia era muito mal feito.
-Quanto a isso Beatriz vamos ter que mudar, você se alimenta por dois, como todo mundo diz, isso não quer dizer que vá sair comendo como uma louca, mas vai comer comidas nos horários certos e quantidades certas, o Nickolas vai ficar responsável por cuidar disso. - ela falou se virando pra mim. - Agora vamos pesar você e tirar as medidas, pra só depois disso vermos como ele ou ela está.
Minha mãe tirou as medidas de toda a barriga da Beatriz, e a pesou, ela nos encaminhou pra uma sala anexa a sala dela e pediu pra Beatriz erguer a blusa e se deitar ali.
-Vamos fazer uma ultrassom primeira, ouvir os batimentos, medi-lo e depois conversamos, tudo bem?
-Tudo. - Beatriz confirmou.
-É gelado, mas você suporta. - minha mãe já estava se sentindo a vontade o suficiente ao ponto de fazer piadinhas, isso parecia bom pra mim, um som repetitivo invadiu a sala e minha mãe continuou. - Esse é o coração do bebê de vocês, ele esta no peso e medidas ideais, já te deixo avisado que vai ser um bebê grande.
-Ele está bem? - perguntei atraindo a atenção das duas pra mim que me encontrava vendo a cena sentado em um bando destinado aos acompanhantes com os olhos cheios d'água por conta daquele som.
-Sim papai. Vocês vão querer ver o sexo? - minha mãe perguntou.
-É com a Bea. - eu respondi
-Quero. - ela procurou minha mão que descansava no meu joelho, agarrou e apertou.
-O bebê de vocês é... - ela tentou fazer suspense, mas ela era péssima naquilo. - Vocês tem preferência?
-Não mamãe, nossa preferência agora é saber o que é. - ouvi algo parecido com risada vindo da Beatriz mas eu estava encantado demais olhando meu filho na tela então nem liguei.
-Sendo assim, podem comprar roupas azuis e carrinhos, o filho de vocês é um menino.
-O Henrique. - ela disse tirando os olhos da tela e olhando pra mim sorrindo.
Vendo ela ali sorrindo e as imagens do nosso filho ao fundo eu não me aguentei, eu dei um selinho um pouco mais demorado que normalmente seria, e ela não reagiu negativamente a isso.
-Pode se limpar Beatriz, a gente se encontra no meu consultório. - minha mãe disse entregando a ela algumas toalhas de papel.
Eu peguei elas da mão da Beatriz e eu mesmo a limpei, com toda calma e carinho que eu tinha, que não era muito.
-Eu amo você Henrique. - falei deixando um beijo na barriga e abaixando a blusa dela, voltamos ao consultório já encontrando minha mãe sentada em sua cadeira.
-Está tudo bem com meu neto, o que me preocupa agora é você Beatriz, você está muito magra, você precisa ganhar peso pra daqui dois meses conseguir fazer o parto e poder carregar seu filhos nos braços, porque eu não sei você, mas eu quero que meu neto tenha uma mãe. - ela se virou na minha direção. - Vou deixar com você uma receita das vitaminas que ela precisa tomar e como vai se alimentar, vou querer ficar com ela mais um pouco aqui, pode sair providenciar as vitaminas e uma coisa pra ela comer, volta daqui uma meia hora. Anda logo menino.
-Vocês vão ficar bem? - perguntei olhando pra Beatriz e meu filho que estava ali, ela acenou que sim e eu me levantei da minha cadeira, deixei um beijo estalado na bochecha da minhã mãe outro na testa dela. - Cuida do meu menino.
Eu sai em busca das vitaminas e uma comida pra Beatriz, aproveitei que estava pelo centro da cidade e corri em uma loja de roupas infantis e comprei um conjuntinho pro meu filho, fiz uma ligação do Victor e pedi pra ele avisar no trabalho que estava com um pequeno contratempo que resolveria aquilo o quanto antes e voltaria, ainda ouvi uma bronca do meu irmão por tratar meu filho como um negócio e desliguei a ligação. Corri de volta pro consultório com uma chuva que não sabia de onde tinha vindo me seguindo, aquilo ali seria um belo de um temporal em algumas horas, deixei as compras no porta malas e só subi com a vitamina e a salada de frutas que eu tinha comprado pra ela, subi com o elevador e encontrei ela minha mãe a secretária conversando tranquilamente, entreguei a comida pra ela e fui responder uma mensagem do meu irmão, mas como sempre acontece essa mensagem virou uma ligação e uma ligação de negócios, quando voltei pra elas encontrei a Beatriz terminando sua salada.
-Pronta pra ir? - perguntei atraindo sua atenção.
-Claro. - ela se virou pra minha mãe e a abraçou e beijou - Fui um prazer conhecer a senhora, obrigada pela consulta, conversa e conselhos. Eu aviso a senhora quando o Henrique nascer.
Ela desceu de elevador tranquila, parecia até que aquele medo nunca existiu, ela ficou só acariciando a barriga e sorrindo, entramos no carro e eu dei partida.
-A gente pode comprar uma roupa certo? - questionei.
-Não, já aceitei muita coisa por um dia só.
-Vai ter que aceitar mais uma. - ela não teve reação, então eu continuei - Vamos ter que passar a noite na cidade, eu acho. Não tem condições de viajar nessa chuva.
-Tudo bem, me deixe pra dormir na casa da sua mãe, por favor, ela disse que as postas estariam abertas pra mim, sempre.
Lá iria eu pra mais uma briga com a Beatriz, mas ela não dormiria na minha mãe, porém eu podia faze-la acreditar que sim e depois mudar seus planos, isso eu podia.
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Patchwork Knots (DEGUSTAÇÃO)
RomanceNickolas Stone é um homem sem nenhuma preocupação e nada que o prenda no mundo até Beatriz desaparecer. Beatriz era um companheira de prazer de Nick, e quando ela tenta o prender em um futuro com ela Nickolas faz o que de melhor sabe fazer, fugir, m...