Espere Um Momento.

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– Você vai ajuda-la? Com tudo que for possível, se eu aceitar? – sussurrei já sentindo minha voz começar a sumir.

-Aqui. – O homem sacou um cartão de dentro do casaco. – È o meu contato. Veja como estou falando a verdade.

Peguei o cartão com as mãos tremulas. O homem era de fato um médico, tinha uma clínica e tudo mais. Franzi o cenho antes mesmo que me dessa conta , assenti , olhando para um homem jovem que não parecia um médico e sim um estudante da minha própria turma. Não aparentava ter mais de dezoito anos. Havia um símbolo no cartão, duas linhas se cruzando, mas não terminado juntas. Eu sabia o que era.

- Uma runa de proteção – eu disse incrédula, me inclinando para perto do homem. – Eu estudo história, conheço os símbolos quando os vejo. Está fugindo do quê, Senhor Therius? – perguntei, cerrando os olhos, sem muita esperança que ele me respondesse, continuei a abraçar o corpo de minha irmã.

O homem engoliu em seco, quando avistou o socorro chegar, levantando-se, ele olhou por cima do ombro e acenou, desaparecendo em meio à multidão, seu disfarce estaria arruinado se continuasse ali. Entretanto, eu não iria desistir da resposta, os paramédicos estavam ajudando Kailina, agora estava na minha vez de ajuda-la, corri atrás dele. Alcançando o homem, eu o puxei pelos ombros. Ele se virou rapidamente, sem tempo de recompor o que parecia surpresa e horror em seu rosto.

- Olha, não tenho muito que oferecer e nem a perder. Então estou a sua disposição. Faço qualquer coisa pela minha irmã.

O vento sacudiu o cabelo de Therius que parecia mais jovem que Evelyn achara a princípio; Ele o tirou dos olhos com impaciência e voltou a estudar o rosto da mulher a sua frente, um dos mais bonitos que já virá, poderia até ser o mais bonito se ele já não tivesse conhecido inúmeras rainhas e deusas.

- É um símbolo obscuro, Evelyn. – disse um pouco áspero demais.

- Como sabe meu nome? – perguntei totalmente surpreendida e desconfiada.

- Meu c-chefe a conhece, eu estava procurando por você, quando a avistei no metrô, então segui você! –disse, ofegante - Fui mandado aqui para convida-la. – disse Therius com uma pontada de tristeza e algo que eu não consegui identificar.

- Aceito, nem sei o que é. Contudo se for ajudar Kailina, não importa o preço, eu pago. – disse ela, sentido as lágrimas escorrerem.

-Acha que amanhã é cedo demais para começar a procurar?

- Procurar pelo quê? – perguntei assustada.

- Por almas. – Disse Therius misteriosamente. - Então ele ergueu a mão, como em um comprimento.

Um cheiro muito forte me atingiu, antes que pudesse pensar, meu corpo reagiu institivamente, me levando ao chão, lentamente, com as mãos na barriga e a última coisa que vi foram os olhos doces de Therius me segurando enquanto eu caia e era abraçada pela escuridão.

Minha velha amiga.

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A Refém Da Escuridão.Onde histórias criam vida. Descubra agora