Mas de nós

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Nós ficamos paralisados, como ele poderia saber o meu endereço? Nós tivemos uma troca de olhares e então reuni coragem o suficiente para perguntar:

-Como você sabe onde eu moro? –perguntei com a boca tão seca que a minha voz quase não saia.

-Eu já falei, eu sou seu avô, estou mais perto do que você possa imaginar –a voz dele não parecia ameaçadora, mais se parecia com preocupação.

-Como você sabe onde eu moro? –perguntei pela segunda vez, só que agora com a raiva crescendo dentro de mim.

-Olha, eu conheço uma sereia com um dom, e o dom dela é o dom de sentir outro ser igual a ela, consegue encontrar e localizar qualquer um –ela deve ter me sentido.

-Quando foi que ela me sentiu?  –perguntei e percebi que Matheus já estava sentado no chão, com a mão na cabeça, acho que ele não tinha ouvido a última parte, passei a mão pelo cabelo dele e dei um sorriso para ele para tentar acalma-lo.

-Ela estava nadando perto da costa da sua cidade e então ela te sentiu á quilômetros, nós não conhecíamos nenhuma sereia ou tritão que mora ai , mas é que tem um detalhe, as transformações acontecem com pessoas da família, mais isso pode pular uma, duas ou até 5 gerações sem que nasça um especial.

-Mas como você sabia que era eu? –perguntei me sentando ao lado De Matheus.

-É que ... eu sou um tritão também.

-O que? –eu não estava acreditando no que eu estava ouvindo.

-s
Sim, eu seu avô sou um tritão, e era por isso que eu tive que ir embora, esse era o problema, uma pessoa me descobriu e acionou a IPCP, o instituto de pesquisa de criaturas paranormais, então tive que fugir para não por a sua avó e o seu pai em perigo, tive que fazer isso por eles. Então entrei na água e fugi para nunca mais voltar, foi ai que eu conheci a Amanda, mas quando seu pai nasceu depois de uns 5 anos eu voltei, eu tinha que saber se ele era especial, e se fosse ele teria que vim comigo, mas voltei com Amanda e ela disse que não tinha ninguém da cidade que era como nós, rodamos a cidade toda por horas mas não encontramos nada, então eu achei melhor ir embora de novo, talvez a sua avó já teria recriado a família e eu não poderia atrapalhar mais a vida dela, então parti, mas numa viagem doida de Amanda ela passou aqui e sentiu você, eu já sabia que não era seu pai, então deduzi que seria o herdeiro dele que seria você, tive que vir de novo mas com a missão de te buscar, você não pode ficar ai você não estará seguro enquanto permanecer nesta cidade, pode não parecer mas eles estão por toda a parte.

-Então você está me dizendo que você é meu avô e que eu estou em perigo? –eu realmente estava começando a acreditar nesse cara, e se ele realmente fosse meu avô?

-Sim, e preciso que você venha comigo, eu sei um lugar onde você poderá ficar seguro! Mas não há mas tempo, você precisa vir logo!

-Olha se você é realmente meu avô, e se você realmente diz que é um tritão, então me encontre no porto ás 6:00 horas em ponto! –e desliguei o telefone.

-Você, você não vai encontrar esse cara né? Ele pode ser qualquer um! – Matheus disse tentando me convencer a ficar, mas ele sabia que não iria conseguir.

-Eu tenho que ir! –eu disse entrando no meu quarto e segurando a caixa- e vou levar isso também, vai ele me ensina a abrir esse troço.

  Matheus  me olha com um ar de reprovação, mas já está decidido, eu vou e pronto mas se esse cara estiver mentindo eu vou fazer alo pior do que só chamar a polícia. Faltava poucos minutos para as 6:00 então escrevi um bilhete para meus pais dizendo que eu iria para a casa de Matheus, e tentei convencer Matheus  a ficar, mas ele insistiu dizendo que eu iria precisar da ajuda dele. Então peguei meu celular as chaves e abri a porta da frente, me bati de frente com os meus pais.

A Transformação (Série: Vida de um Tritão)Onde histórias criam vida. Descubra agora