Quatro

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OLIVER

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OLIVER

– E lá vem o grande vencedor!!!

Uma voz berrou no meio da multidão e todos se viraram em minha direção com empolgação. Paro o carro e sorrio orgulhoso de mim mesmo. Eu consegui! Dirigir era uma das coisas que mais amava e sendo um filho da puta orgulhoso e competitivo, não poderia negar o quanto amava o crescimento de minha moral a cada corrida ganha. Eu era bom no que fazia!

Olho para o lado e sorrio ao ver o carro que quase me ganhou. Ele parece sentir o meu olhar sarcástico e me encara com ódio mortal, mostrando–me todo o seu desprezo por ter perdido. Se eu fosse uma barata, ele me esmagaria com seu sapato, mas eu não era isso, não, eu era seu novo inimigo declarado, aquele que lhe tirou o título de campeão.

Seu carro acelera e eu olho para frente, saindo do carro com a adrenalina ainda fruindo livremente em minha corrente sanguínea. Umas dez garotas me cercam, mas finjo que elas não existem e vou em direção ao meu pai, que conversa com alguns organizadores das corridas e até mesmo um dos sócios.

Ele estava criando sua teia.

Meu primo Oziel vem em minha direção, batendo três tapas fortes no meu ombro e me guiando para o meio daquilo tudo com um grande sorriso no rosto, fazendo os homens olharem em minha direção e vir me parabenizar.

– E aqui está o grande homem. – um homem de cabelos raspados falou vindo em minha direção. – Parabéns, Oliver. Você merece o grande título que tem.

Aperto sua mão que é estendida em minha direção e escuto com atenção um loiro dizer:

– Com certeza. – concordou – Em meus trinta e dois anos nunca presenciei nada parecido com isso. Você tem futuro garoto e não só nestas pistas, mas sim naquelas profissionais. Com um pouco de investimento, você irá voar. Terá de fato um futuro grandioso.

Suas palavras fazem meu pai olhar orgulhoso e um pouco temeroso em minha direção. E eu engulo o mal estar que quer me bater ao escutar essas palavras. Futuro. Uma palavra tão simples, mas ao mesmo tempo tão pesada, que me deixa incerto sobretudo.

Dou de ombros e jogo esses pensamentos para trás.

– Estou feliz no lugar que estou. Dirigir é o que gosto de fazer, mas não é o meu desejo ser profissional.

– Corte a merda, cara. – o de cabelos raspado diz. – Não acredito que você vai ser tolo a esse ponto.

Meu sangue esquenta e sinto uma vontade súbita de pular no pescoço do homem. É um inconveniente de primeira, posso dizer ao olhar para o seu rosto. Tudo o que ele vê ao olhar para mim são cifrões e o mesmo acontece com o seu amigo. Não preciso perguntar para saber qual é o tipo de investimento e quem o fará.

– Meu irmão é um filho da mãe. – meu irmão Olavo interrompe. – Um filho da mãe carreta e de bem com a vida que leva.

–Bobagem...

(Degustação)Amor em Alta Velocidade - Irmãos Bennett | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora