Capítulo 105

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Acordamos com os primeiros raios de sol e uma sensação boa de preguiça, Rod foi o primeiro a levantar e eu aproveitei para filmar com o olhar o Meu Lindo.

- A senhorita não vai se levantar não?

- Confesso que vontade é tudo que me falta e preguiça é tudo que me sobra.

- Não senhorita, o dia está lindo, você não vai perdê-lo ficando aqui dentro desse quarto, vai?

- Não seria má ideia, se você estiver aqui dentro...

- Juliana o que está acontecendo com você, está virando uma ninfomaníaca.

- Não sei se é exatamente isso, mas a verdade é que só de olhar pra você eu sinto desejo.

- Adoraria satisfazê-la agora, mas o dia nos espera depois dessa porta. Vamos lá?

- É só o tempo de um banho.

Juliana conseguia me surpreender sempre, adorava vê-la assim alegre, feliz, divertida, essa é a minha Ju.

- Pronto meu amo e senhor, banho tomado, dentes escovados, o que está faltando?

- Isso. E minha resposta foi um beijo que se eu não a estivesse segurando ela cairia com certeza. Bom dia.

- Rod, esse é o melhor Bom dia que eu poderia receber.

- Certo, vou lembrar disso no futuro.

Descemos as escadas de mãos dadas para tomarmos o café da manhã com a minha família.

- Ah! os pombinhos resolveram sair do ninho.

- Soube que vocês causaram ontem no aniversário da Ramos

- Resolvemos sim Bruno. Algum problema?

- Calma brother, tô só brincando.

- Tudo bem Bruno, o seu irmão sabe que é brincadeira, não é Rod?

- Tudo bem Bruno.

- Bom família, o papo tá bom, mas tá na minha hora, fuuui.

- Rodrigo, por que você foi tão rude com seu irmão.

- Desculpa mãe, mas é que o Bruno às vezes me tira do sério.

- O que aconteceu na festa ontem?

- Mãe, eu estou indo levar a Ju em casa, quando eu voltar a gente fala sobre isso pode ser?

- Pode sim filho.

Não queria falar com minha mãe sobre a festa na presença da Ju, não iria constrangê-la com essa conversa. A levei em casa e voltei para a minha e quando cheguei minha mãe estava a minha espera.

- Podemos falar agora?

- Podemos sim, mãe eu quero...

- Tudo bem filho, tenho sensibilidade suficiente para entender que algo desagradável aconteceu lá.

- Aconteceu sim mãe, a Ramos constrangeu a Ju.

- E qual a novidade disso?

- Como assim?

- Rodrigo, você não vai me dizer que nunca percebeu que a Juliana sempre gostou de humilhar a Ju?

- Mãe, admito que percebia que a Ramos implicava com a Ju, mas era divertido.

- Divertido, Rodrigo a Juliana humilhando a sua amiga Ju e você se divertindo.

- Mãe pra mim era um exercício de vaidade, duas se digladiando por mim.

- Rodrigo não acredito que você era um macho alfa vaidoso desse jeito.

- Era mãe e hoje te digo me envergonho por ter sido assim um dia, não foi nenhum pouco digno permitir que a Ramos tratasse a Ju tão mal por conta dessa vaidade.

- Ao menos você reconhece que sua atitude além de lamentável contribuiu muito para a rivalidade entre essas duas Julianas.

- Admito mãe, eu fui o principal culpado por tudo que aconteceu ao longo do tempo que culminou na festa da Ramos ontem.

- O que aconteceu?

- Eu e a Ju fomos à festa, a Ramos não perdoou o fato de eu ter levado a Ju comigo, falou na frente de todos os convidados que ela não era bem vinda, que eu sabia que ninguém naquela festa suportava a Ju e não entediam por que eu havia levado a patricinha na festa comigo.

- Meu Deus Rodrigo, a Ju teve de passar por tudo isso e você o que fez?

- Calma Dona Ana, a Ju nunca se deixou realmente humilhar pela Ramos e ontem ela mostrou que aprendeu a se defender direitinho, disse uma porrada de verdades na cara da Ramos que deixou ela mais furiosa do que já estava. E a Ju disse tudo o que queria e saiu da festa me deixando sozinho.

- Rodrigo e o que você fez?

- Eu disse a Ramos todas as verdades que eu deveria ter dito desde o início da implicância dela com a Ju, mostrei à ela quem era a mulher da minha vida e fui procurar o meu amor para consolá-la pela covardia da Ramos.

- Certo, e só me diga uma coisa, vocês se acertaram?

- Sim mãe, tivemos uma conversa franca, sincera que nos fez mais fortes e unidos e descobrimos coisas um do outro que desconhecíamos e precisávamos saber para fortalecer ainda mais nossa relação.

- Agora posso dizer que esse é o Rodrigo que eu criei, que eu dei valores e moldei ao longo do tempo.

- Hoje mãe eu percebo o quanto eu fui indigno de que a Ju me amasse verdadeiramente naquela época.

- Você era mesmo, não saberia valorizar aquela menina linda, doce e frágil, mas ao mesmo tempo muito forte.

- Verdade mãe, mas hoje eu além de valorizar a mãe do meu filho, a mulher da minha vida eu agradeço a Deus todo o tempo por tê-la colocado na minha vida novamente para eu consertar os erros do começo.

- Bem filho já que você amadureceu o suficiente para reconhecer seus erros, você se tornou digno da mulher que está ao seu lado hoje e só posso desejar aos dois, ops agora três é felicidade infinita.

- Obrigado Dona Ana, tenha certeza que essa felicidade é a mesma que eu, a Ju e nosso Terceiro Elemento desejamos para você.

- Não acredito que você chama meu netinho de Terceiro Elemento.

- Ou netinha não se esqueça e pode ter certeza que ele ou ela no futuro não vai se importar de ser chamado assim.

- Agora com licença mãezinha.

- Vai lá meu filho.

Minha mãe era minha melhor confidente, amiga, a pessoa que eu poderia contar em e pra todos os momentos da minha vida. Dona Ana a senhora é muito especial.


(Re) Encontros e Descobertas Vol. 2Where stories live. Discover now