Capítulo 139

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Havia recebido um telefonema inusitado naquela manhã, havia combinado um encontro e estava a caminho dele.

- Vai sair filho?

- Vou sim mãe, tenho ensaio daqui a pouco.

- Você está se dedicando bastante à peça, gosto disso.

- Esse texto é algo que me instiga, me provoca, há muito tempo buscava algo assim.

- Fico feliz por você ter conseguido isso filho, trabalhar com o que se gosta é sempre o melhor.

- Certo Dona Ana, então deixa eu ir lá ensaiar, senão daqui a pouco não vou ter o trabalho que tanto gosto.

- Vai lá sim filho.

Estava indo para o meu encontro bastante curioso sobre o que seria tratado.

- Olá, confesso que fiquei surpreso com seu convite, algum problema?

- Rodrigo, não se preocupe, eu o chamei aqui por que quero resolver algumas coisas e gostaria de falar com você.

- Certo, e o que seriam essas coisas?

- Sobre o que aconteceu na entrevista de JuDrigo na televisão outro dia.

- A Juliana me pediu...

- Eu sei o que a minha filha pediu pra você Rodrigo.

- Você sabe, então você...

- Não Rodrigo, eu não vou facilitar para aquele cafajeste, aquele infeliz frequentou minha casa, conviveu com minha família e ofendeu gravemente a minha filha e isso eu não perdoo.

- O que você pretende fazer?

- Vou processá-lo por calúnia e difamação.

- Gilmar, eu também pensei em fazer isso, afinal ele a ofendeu em rede nacional e eu também não gostei dessa atitude , mas a Ju me pediu que não fizesse nada e eu resolvi deixar quieto.

- Para mim ela também pediu, mas não conseguiu me fazer desistir, eu já consultei um advogado e vou entrar com um processo em breve.

- Então você já está decidido?

- Estou Rodrigo, como eu já disse ninguém ofende minha família e fica por isso mesmo.

- Você sabe que a Ju não vai gostar nenhum pouco dessa sua atitude.

- Com a Juliana eu me entendo depois Rodrigo, só quero saber se você vai me ajudar?

- Ajudar você, como assim?

- Rodrigo, vai ser preciso testemunhas de tudo o que aconteceu no programa.

- Você quer que...

- Eu quero que você testemunhe sobre tudo que se passou lá.

- Gilmar eu...

- Desculpem o atraso.

- Pai, o que você tá fazendo aqui?

- Fui convidado filho.

- Calma Rodrigo, eu pedi que o seu pai viesse.

- Posso saber o porquê?

- Por que eu quero que o Beto me ajude a convencer você a testemunhar quando for preciso.

- Filho, você há de convir que esse imbecil ofendeu a Ju e você e por tabela nossas famílias.

- Eu sei disso pai, mas a Ju me pediu pra deixar quieto.

- Você vai deixar quieto Rodrigo, só vai atuar nisso como testemunha, quem vai ser o autor desse processo sou eu, não você.

- Filho, você não acha que esse idiota merece uma lição, ele não pode sair por aí ofendendo as pessoas impunemente.

- Mas pai a Ju...

- Rodrigo, à Juliana eu também vou pedir assim como pedi a você que seja testemunha.

- Gilmar, você acha que ela vai aceitar?

- Em princípio vai se recusar, mas eu sei ser convincente quando eu quero e garanto a você que vou mudar o pensamento dela.

- Se você acha isso.

- Eu tenho certeza Rodrigo.

- Está bem Gilmar, se a Ju aceitar eu topo a parada.

- Obrigada Beto por me ajudar a convencer o seu filho a fazer o melhor nessa situação.

- Sempre pronto a ajudar Gilmar.

- Gilmar, talvez eu precise de sua ajuda com sua filha.

- Acredito que você não vá precisar Rodrigo, mas se for necessário eu resolvo essa parada. Os três demos uma sonora gargalhada.

- E além do que filho, não acho nada recomendável você recusar alguma coisa a seu sogro.

- Pai, já te disseram que você é uma figura?

- Já filho, sua mãe quando casou comigo. Mais uma vez naquele encontro foi ouvida uma gargalhada dos três.

Uma coisa era certa eu e Juliana empatamos no quesito pais, nossas mães eram muito parceiras, sensíveis e ótimas conselheiras, mas nossos pais eram o que podemos chamar de divertidos e espirituosos, com certeza estávamos muito bem servidos com esses quatro em nossas vidas.   

(Re) Encontros e Descobertas Vol. 2Where stories live. Discover now