Capítulo 114

45 0 0
                                    

Confesso que quando levei a Ju em casa e vi a cara de poucos amigos da Cris não me senti nenhum pouco confortável em entrar para bater um papo. Que mãe e filha se entendessem sem testemunhas, voltei para minha casa e estava me dirigindo ao quarto quando:

- Rodrigo, tudo bem?

- Tudo bem sim mãe, por quê?

- Rodrigo, não que eu me oponha a que a Ju durma nessa casa quando precisar, mas sou mãe, ontem quando a Cris me ligou para saber se a Ju estava aqui, me coloquei no lugar dela e tive que admitir que de vez em quando vocês dois são muito irresponsáveis. As mães se preocupam sabia?

- Desculpa mãe, mas eu e a Ju tivemos alguns problemas e a última coisa que pensamos foi ligar para a Cris.

- O que aconteceu Rodrigo? Dona Ana não estava muito paciente.

- Uma DR entre mim e a Ju, mas tá tudo bem agora.

- Você não queira me enrolar moleque.

- Eu não estou enrolando mãe, é verdade tá tudo bem.

- Que história é essa de DR?

Resolvi contar toda a verdade à minha mãe, desde a ideia de assumirmos publicamente nosso namoro contando com a ajuda de Clara e Sofia junto às Judriguetes até nosso passeio pela rede para avaliar os resultados da "Operação JuDrigo pro Mundo" passando pelo questionamento da Ju se o que estávamos fazendo era o certo e o meu total desapontamento por conta desse questionamento que gerou uma DR desnecessária e não menos dolorosa para os dois e o desfecho onde reparamos todos os erros e resgatamos o JuDrigo de sempre.

- Rodrigo vocês viveram tudo isso em poucas horas?

- Vivemos mãe, mas como eu disse as coisas voltaram todas para o lugar.

- Rodrigo, você sabe que não é conveniente deixar a Ju tensa no estado dela.

- Eu sei mãe, mas quando eu vi já tinha falado.

- Você precisa se controlar, se o meu neto ou neta for prejudicado por sua causa eu não respondo por mim seu moleque.

- Calma Dona Ana, eu e a Ju não vamos colocar em risco a segurança e bem estar do nosso Terceiro Elemento.

- Rodrigo que mania irritante essa sua de chamar meu neto de Terceiro Elemento.

- Mãe eu o chamo assim porque ainda não sei se é menino ou menina.

- De qualquer forma ninguém merece ser chamado de Terceiro Elemento, ainda mais sequer tendo nascido ainda.

- Tudo bem mãe, vou pensar nisso com carinho prometo.

- Mãe, se tem uma coisa que não admito é que pensem que o meu filho é de outro cara, mesmo que por hipótese.

- Rodrigo, entendo sua posição de querer preservar a paternidade do seu filho.

- Mãe você me conhece da vida inteira, sabe que durante muito tempo não queria nada sério na minha vida na questão de relacionamento, o que dizer então de um filho. Mas desde que descobri que vou ser pai, que serei responsável por amar, educar e formar o caráter de alguém eu revi meus conceitos e essa vida que está se formando se tornou o meu foco. Juliana e o nosso Terceiro Elemento são minha principal preocupação hoje, por eles eu faço tudo que for preciso, eles são minha prioridade e não delego a ninguém essa tarefa, eles são meus, só meus.

- Meu filho, não canso de falar que sinto orgulho do homem que gerei, dei valores e formei ao longo do tempo e que hoje é um homem apaixonado, sensível, digno de tudo que está conquistando, digno do amor da mulher da sua vida e da bênção de seu filho que logo que chegar a esse mundo vai sentir orgulho do pai dele.

- Ai Dona Ana, assim a senhora arrebenta com o seu moleque.

- Não, ele está deixando de ser o meu moleque e passando a ser o meu homem de família.

Dona Ana sempre me emocionava e agora não era diferente.

(Re) Encontros e Descobertas Vol. 2Where stories live. Discover now