Capítulo 186

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Acordei naquele tapete da sala com o Meu Lindo ao meu lado, ele ainda estava dormindo e pelo visto sonhando, pois tinha um sorriso em seu rosto. Quando eu pensava que Rodrigo não podia me surpreender mais, eis que minha caixinha de surpresas se supera. Tudo o que vivemos na nossa sessão pipoca de ontem à noite estava muito vivo na minha memória. Rodrigo era um amante magnífico, um pai maravilhoso, um filho encantador, um amigo parceiro e acima de tudo um homem sensível que sabia como tratar uma mulher.

- Humm! Bom dia Minha Linda.

- Bom dia Meu Lindo, dormiu bem?

- Com você pertinho de mim, não tem como não dormir bem.

- Ai que fofo, mas é hora de levantarmos Dona Rute já deve ter feito o café.

- Verdade, me acompanha num banho?

- Hoje não amor, sei que não sairíamos tão cedo desse quarto.

- Menina sábia, então já volto.

Levantei da nossa "cama", dobrei o cobertor, recolhi o que sobrou do brigadeiro e da pipoca e levei para a cozinha.

- Bom dia Dona Rute.

- Bom dia Juliana, dormiu bem?

- Muito bem Dona Rute.

- Entendi, e o Rodrigo não vai descer? Já fiz o café.

- Ele está no banho, já já ele desce.

- Quero lhe agradecer pela panela extra de brigadeiro, estava deliciosa.

- Eu sei o quanto o apetite de mulheres grávidas é grande em todos os sentidos, o comentário de Dona Rute me deixou com as bochechas coradas.

- Não precisa ficar encabulada querida, eu sei como essas coisas funcionam.

- Cheguei, Ju o que houve? Você está vermelha como um pimentão.

- Não foi nada Rodrigo, deve ser o calor do forno, está quente aqui não é Juliana?

- Está sim Dona Rute, está muito quente.

- Amor já que você saiu do banho, agora vou eu. Disse isso e subi as escadas correndo.

Subi e tomei o banho, eu estava precisando para relaxar, Dona Rute havia conseguido me deixar muito envergonhada. Saí do box, vesti algo confortável e desci para tomarmos o café juntos.

- Ah! agora sim, essa é a minha Ju. Você tá linda.

- E quando eu não estou?

- E com a língua afiada também.

- Não, apenas consciente do meu potencial.

- Seeeei e nós dois sabemos bem onde pode chegar todo esse potencial.

- Sabemos sim, já lhe dei mostras ontem a noite lembra?

- Lembro alguma coisa, quem sabe mais tarde você não refresca minha memória.

- Pode ser, se você se comportar.

- Se tem uma coisa que eu sei fazer é me comportar.

- Seeeei.

- Amor, o Bruno me pediu um favor.

- Que favor?

- Ele quer dar um anel pra Ya e ele acha que vocês duas tem o dedo na mesma medida.

- Pode ser, mas...

- Ele pediu pra você experimentá-lo pra ver se serve.

- Tudo bem, me dá aqui que eu experimento.

- Não eu quero fazer diferente, eu vou colocá-lo no seu dedo.

- Rodrigo que bobagem me dá o anel aqui que eu coloco.

- Não eu coloco, que teimosa cara.

- Tudo bem se você faz questão, aqui está o meu dedo.

- Faço sim, disse isso e coloquei o anel no dedo dela.

- Pode dizer a ele que serve perfeitamente além de ser um belo anel, seu irmão tem bom gosto. Experimentei o anel e já o estava devolvendo quando...

- Isso é genético sabia? E você deve ficar com o anel até chegarmos em casa, ele quer ver o anel no seu dedo para ver como vai ficar no dedo da Ya.

- Tudo bem, é estranho, mas vamos tomar nosso café agora?

- Vamos sim, não posso deixar nosso Terceiro Elemento com fome.

- Então, o que você achou do nosso fim de semana?

- Quer saber a verdade, mas a verdade mesmo?

- Juliana, eu não...

- Calma seu bobo, eu adoreeeei.

- Ufa! Que alívio, pensei que você...

- Que eu não tivesse gostado, não amor eu jamais poderia ter deixado de amar nosso fim de semana, nunca vou esquecer tudo o que vivemos aqui, nosso passeio, nosso banho de piscina, nossa sessão pipoca com brigadeiro...

- Principalmente nossa sessão pipoca com brigadeiro.

- É verdade, principalmente nossa sessão pipoca com brigadeiro.

- Certo Ju lamento informar, mas temos que voltar pra casa lembra?

- Ah! Já. Vou sentir saudades daqui.

- Eu também amor, eu também.

- Bem já que temos de ir, vou lá em cima fazer nossas malas.

- E eu vou organizar as coisas no carro pra pegarmos a estrada.

Enquanto arrumava as malas não podia deixar de reconhecer o quanto Rodrigo me fazia feliz, não poupando esforços pra isso. Esse é o homem da minha vida: Rodrigo Simas, descemos as malas e Dona Rute e Seu Júlio estavam ali para se despedirem.

- Obrigada por tudo Dona Rute, a senhora é muito carinhosa.

- Que é isso Juliana? Não fiz mais que a minha obrigação.

- Fez sim e a senhora sabe disso.

- Tchau Dona Juliana, seu Rodrigo...

Olhamos os dois com cara feia para o Seu Júlio.

- Tchau Juliana, Rodrigo, tenham uma boa viagem.

- Melhor assim Seu Júlio.

- Bem melhor.

- Voltem sempre.

- Nós vamos voltar Dona Rute, nós vamos voltar.

- Vou sentir falta da minha ajudante.

- Eu também vou sentir falta de ser sua ajudante Dona Rute.

- Não se preocupa não Dona Rute, ela volta e eu faço questão de um jantar preparado por ela.

- Então vou ter folga da minha cozinha?

- Vai sim Dona Rute, vai sim, a senhora vai ser no máximo ajudante.

- Sabe que eu gostei da ideia.

- Eu também Dona Rute, pode ter certeza que ela volta.

- Vou esperar então, boa viagem meus filhos.

E então nos despedimos todos com abraços e beijos e pegamos a estrada de volta para o Rio de Janeiro. Meu celular deu um toque de mensagem, li e apaguei. Juliana e eu estávamos na estrada a caminho de casa quando o celular dela deu um toque de mensagem, ela leu e ao que parece apagou o texto não sem antes contrair um ar ansioso, tenso. O que estava acontecendo com a Minha Linda? 

(Re) Encontros e Descobertas Vol. 2Where stories live. Discover now