12

4.5K 347 4
                                    

  fato número 13- eu só namorei serio uma vez  (Ei pessoas do grupo da Lauren, já podem parar de ler eu tô com vergonha)

Camila ainda estava incrédula. Seu sangue subiu naquele mesmo momento, foi instantâneo. Deu alguns passos até, Amy, e segurou leve, porém firme, em seu braço, Seguiu para o quarto, com o corpo todo ensopado, e sentou na cama, colocando ela sentada ao seu lado. Amy tinha os olhos arregalados, num tom de susto.
- Você... Está... MALUCA? - Gritou, no adjetivo.
- Espera... - Levou a mão até a bochecha de Camila. - Uma... É... Espuma!- Limpou, e se reprimiu.
- O que hã com você, hã? O que há com você? - Camila levantou, furiosa. - Não, isso não é normal. Eu tentei te educar em 2 semanas, da minha forma claro, mas... Mas. - Lhe olhava enquanto andava de um lado para o outro naquele quarto. - Você não dá desconto.
- Foi super sem querer. - Levantou-se, agora num tom de defesa.
- Sempre é sem querer, tudo seu é sem querer.
- Você que não tem paciência.
- Não tenho mesmo!
- MAS É BOM TER! - gritou, ao cruza os braços. - EU SOU APENAS UMA CRIANÇA.
- Uma criança muito adulta, né? Juro que não sei como sua mãe aguenta. - Camila apenas lhe encarava, mas permaneceu num tom razoável de voz. Era como se, tivesse acabado de se lembrar, que era a mãe de Amy, e que ela era sim uma criança.
- CLARO QUE AGUENTA, AO CONTRÁRIO DE VOCÊ ELA CUIDOU DE MIM, E CUIDOU MUITO BEM. ELA ME DEU AMOR, CARINHO, TEM PACIÊNCIA COMIGO... Ela.... Ela me ama de verdade. - Pós-se a chorar.- Minha mãe Lauren é a melhor mãe do mundo, e você é a pior mãe.
- Muito obrigada. - Parecia, não se sentir culpada.
- Você não serve para ser mãe.
- hum.
- Eu.. eu...- Ela trincou os dentes, em meio ao choro.
- Você? - Ergueu os ombros, e as sobrancelhas.
- Eu te odeio? TE ODEIO. - Amy gritou, e em seguida saiu do quarto.
- Não sirvo mesmo para ser mãe.... FICA A DICA.
Camila, ficou perturbada, após a ausência da menina naquele quarto. As palavras daquela criança, passaram muito, Amy saiu do quarto em pratos, estava realmente sentida.
Pov Camila.
Estava aturdida. ''Você é a pior mãe. Eu te odeio Camila.'' Estas palavras martelavam no meu. Subconsciente. Aquilo não poderia ter acontecido, não mesmo. Ela iria embora a 1 dia e algumas horas, e eu lhe fiz chorar. Pela primeira vez, eu vi a Amy chorar, em 2 semanas convivendo com ela. Escutava os soluços do seu choro raivoso. Parei na porta do meu quarto e de lá elevei meu olhar para o sofá em forma de L naquela sala, e ela estava lá deitada de bruços, com os braços dobrados, escondendo seu rosto, enquanto o seu corpo sacudia com o soluço provocado pelo choro. Dei passos hesitantes.
- Ei.
Ela não respondeu.
- Amy Lee...
Continuou num silencio constante. Aquilo me agoniou mais ainda, então voltei para o meu quarto. Entrei no closet e cacei meu violão. Realmente, fazia anos em que eu não deslizava meus dedos em uma daquelas cordas, e confesso que talvez poderia até ter desaprendido. Estava pagando um mico, ou talvez não. cantarolei suave enquanto lembrava da nota daquela musica, era a minha banda favorita.
Sentei no braço do sofá, quase perdendo as esperanças dela se mover, erguer o olhar e voltar a sorrir.
E então meus lábios foram tomados por um sorriso aliviador, quando ela levantou emburrecida. Dei algumas notas, dedilhando-as e sem tirar o olhar dos olhinhos inchados de chorar, dela.
- Para. - Queria se mostrar furiosa. mas me fez sorrir, com aquela atitude. Sua voz ainda estava rouca e chorosa.
- Me desculpa?
Camila Cabello pedindo desculpas? Aquilo era real? acho que estava embriagada, na boa. Ela parecia muito decepcionada comigo, abaixou o olhar, e nem queria deixar o corpo aprumado, e pelo que eu notei, ela voltaria a se deitar logo logo.
- Você está parecendo com o sua mãe, quando está brava comigo.
- Como... assim? - tirando o cabelo de seu olho.
- Seu olhos da gato, ficam sentidos dando um profundo aperto no meu coração. E ai você me faz se sentir um lixo como pessoa. - Fui sincera.
- Você não gostou de mim, nem um dia?
- Você... Amy, você foi a melhor coisa que me aconteceu desde que eu me entendo por gente.-
Hã? Eu que falei aquilo? Sim. falei e gostei de ter falado. Ela sorriu aliviada, e então deitou-se com a cabeça no meu colo. Hesitei até levar minha mão para o seu cabelo, e quando meus dedos encontraram-os eu soltei um sorriso sincero.
- Você se arrependeu de ter me abandonado?
- Não! Era preciso, eu não aquentaria tanta pressão. Talvez, ainda precisava amadurecer muito - aquelas palavras sairão sem propósito.

Treinando A MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora