capítulo 39

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Pov Amy Lee

(Amy Lee, 13 anos

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(Amy Lee, 13 anos.)

Semana passada foi meu aniversário de 13 anos. Lauren fez uma balada, contratou bufe, decorações, luzes,fotógrafos e tudo mais. Minhas amigas da escola vieram, meu amigos também... E o Rick. Ah Rick é o menino da minha sala, acho ele bonito. Fui para a Disney também pela 3 vez e foi muito maneiro. Sem contar no show da Demi... Foi incrível. Mas não adiantava de nada minha mãe querer me agradar, ela acha que me mimando, me bajulando iria me fazer acreditar no que ela me disse sobre Camila. Me lembro como se fosse hoje, Lauren me levando da casa dela, ela chorou, eu chorei. Não queria ir embora e ela praticamente me obrigou. Naquela época eu era pequena... Pequena demais, se bem que ela ainda acha que eu sou pequena. Tenho 13 anos e me sinto como se já tivesse 18, no máximo. Entendo muito da vida, se brincar, mais do que ela. A gente não estava mais em Barcelona, agora estávamos em Paris, acho que fazem....4 anos. Isso, 4 anos que viemos para Paris. No começo eu sofri muito com a falta da Camila. Ela não ligou mais, não me mandou e-mails e eu morria de saudades dela. Camila disse que me amava e eu acreditei nela. Lauren que não queria que eu me aproxima-se dela, tinha medo de me perder. E a conclusão disso? Amy Lee, mais uma vez sem mãe.
- Amy, Cheguei.
- Legal. - Levantei do sofá com o meu notebook. Parei diante dela, que me deu um beijo na testa. - Vou subir.
- Já? Nem conversamos, quero saber como foi o seu dia.
- Escola, Balé, Inglês e ah.... Tédio.
- Jura?
- Juro. - Lhe olhei  e dobrei os lábios. - Como se você já não soubesse disso.
- Você não ia dormir na casa da Reh hoje? - Ela largou a pasta no sofá, e tirou seu blazer. Caminhei até a escada e subi 4 degraus. Virei para trás e lhe olhei novamente.
- Desisti.
- Por?
- Não quero mãe!
- Amy, o que houve? Você nunca está bem, sempre de Mal-humor. Caramba! - Caminhou em direção a escada. Virei totalmente o meu corpo, e desci dois degraus.
- Você quer que eu vá para a casa da Reh, vê como ela é feliz com a Mãe dela e como a mãe dela faz de tudo, lhe beija, lhe abraça, pergunta o que ela quer para o almoço, contam como foi a última viagem para Madri... Londres... Bolívia.... Ah Lauren, me polpe. - Bufei.
- Amy, chega disso filha... Chega. - Esticou o braço para me tocar com a mão, Esquivei.
- Por sua culpa, eu não tenho mãe de novo. E eu nunca vou te perdoar por isso.
- Quando foi, que você teve mãe? Amy, por favor não é? Sempre vivemos bem, Só nós duas, e sempre demos conta. - Ela recuou com a mão, e abaixou o olhar. Eu ainda lhe olhava com desdém.
- Você não vê quer todo mundo tem que ter mãe? Toda garota precisa de uma mãe, eu preciso da Camila... Sempre precisei, você não conseguiu ver, que ela me amava? Agora ela já esqueceu de mim, e tudo por sua culpa Lauren, sua culpa.
- Não fala assim! - Disse firme. Odiava quando ela ficava áspera quando o errado da historia era ela.
- A verdade? Você não gosta de escutar a verdade. Ah mãe, quer saber? Me deixa.
- A-Am... - Escutei o meu nome inacabado ao subir as escadas correndo. Mais uma vez me trancaria no quarto. Aquilo se tornou rotina e para me comprar, ela arrumava shows, viagens, presentes e etc. Nada daquilo me fazia mudar de opinião, acho que minha mãe pensa que eu sou tola.
- Amy, você não vem?
Eu tinha atendido o celular a contragosto, só porque era a Renata. Caso contrário lhe jogaria no quinto dos infernos.
- Não.
- Por que, cara? Mamãe iria lhe buscar.
- Renata, não força hoje... Não estou bem. - Me joguei na cama, olhando para o teto.
- Me diz, quando é que você está? Ne vais pas commenter. (Nem vou comentar.)
- Melhor mesmo. - Falei firme.
- Amanhã vou para o Atelie da Louise, você quer ir também?
- Não, amiga. Amanhã tenho Aula de francês a tarde, e é domingo. Vou almoçar com minha mãe.
- Então tá bom, nos vemos segunda na escola. - Poderia interpretar seu semblante. Conhecia bem a Renata. Aqueles olhos cor de mel, cabelos da mesma cor dos olhos e ondulados, ele branquinha e macia, sim parecia uma lady. Sorri com a paciência dela.
- Nos vemos segunda. - Confirmei. - Desculpa.
- Não se incomode, Já sei lhe dar com seu mal humor. - Riu do outro lado da linha.
- Eu sei. - Sorri.
- Bisous ( Beijos.)
- Bisous.
Desliguei o celular e percebi que estava mais tranquila depois de falar com ela. Talvez eu tenha sido muito dura com a minha mãe. Mas cara, ela agia como se eu não tivesse conhecido Camila, simplesmente quer que eu delete ela do meu pensamento. Todo dia eu procuro algo sobre ela na internet, sim... Vi Luna e Dylan por foto, legenda como ''Filhos da Camila Cabello, com 4 anos de idade viram xodós entre os jogadores do clube.'' Meus irmãos caramba. Eles estavam indo mas eu não poderia lhes tocar. Eu acho que comecei a amar, mas não me senti a vontade de contar para a minha mãe, queria a Camila aqui, para ela eu contar e sei que ela iria me ajudar. Era complicado e ela não entendia isso.
- Está mais calma?
- Estou. - Lhe olhei arrependida, ao entrar em seu escritório. - E você, não se cansa de trabalhar?
- Só estou terminando algumas pesquisas. Mas, eu prefiro conversar com a minha princesa. - Largou os papéis e levantou. Eu virei de costas pois ela caminhou até mim e colocou o braço em volta do meu ombro. Caminhamos até a poltrona grande, e ali sentamos.
- Desculpa.
- Não precisa pedir desculpas. Te entendo, filha. - acariciou meu rosto.
- Só sinto falta dela. - Abaixei o olhar.
- Eu sei que sente, mas parou para pensar que ela não está sentindo a sua?
Não dava para conversar com ela, sem que ela tentasse me colocar contra Camila. Isso que me irritava. Já lhe olhei com desdém.
- Ela sente, eu sei.
- Como você pode ter tanta certeza?
- Se eu fosse embora, você sentiria minha falta, não é? - Lhe olhava no fundo dos olhos. Ele assentiu. - Então. Do mesmo jeito que você me ama, ela também ama. Eu senti isso Lauren, senti o amor dela por mim em tão pouco tempo.
- Você não sabe o que fala, Amy.
- E você sabe o que sente? - Franzi a testa. - mãe, não me trate como uma criança, por favor.
- Bem... Chega desse assunto. - Tentou mudar de assunto, ela sempre fazia isso.
- Chega nada. Quero voltar para o Brasil.
Ela quase se engasgou com a própria saliva. Eu falei firme, e sim estava falando sério.
- Claro que não.
- Eu quero!
- Você ainda não tem o que querer, é de menor. Só viaja com a minha autorização e não eu não autorizo. Agora vai tomar banho que vamos jantar. Você acabou de me estressar. - Levantou-se nervosa. Eu lhe olhei com raiva. Como ela poderia? Nossa.

Treinando A MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora