Treinando A Mamãe

17

Fato número 18 - eu n consigo ficar um dia sem ouvir pelo menos meia hora de música

Está, louca?
- Você revirou os olhos. Sabe o poder que esse contato visual tem sobre mim, - Estava intenso, sereno. Me fez corar novamente.
- Lauren! - Lhe repreendi. Apesar de que, eu amei relembrar os velhos tempos, naquele instante.
- Só não revire os olhos de novo. - Voltou a sorrir, com um olhar doce. - Conte-me do Tênis.
Contar do Tênis? Não revirar? Sorriso? Ah Lauren.
- Minha paixão. - Disse simplesmente.
- Muitos troféus, medalhas, sucesso? - Tornou a encher as duas taças de champanhe.
- Você não olha jornais, revistas, teve? - Revirei os olhos novamente, mas juro que agora eu nem percebi, foi super sem querer. Tanto é que me assustei, ou melhor. O olhar dela me assustou.
- Camila... Camila... - Ela colocou a garrafa de champanhe quase vazia, na mesinha e me olhou sem pestanejar.
- Foi. Sem. Querer. - Hesitei, perturbada. - E, eu acho melhor eu ir embora. - Dei alguns passos para trás, ficando por trás de uma daquelas cadeiras que rodeavam a mesa redonda. Ela sorriu satisfeito.
Ela abaixou o olhar, e tornou a sorrir com seus pensamentos. Não entendi.
- Meu motorista te leva.
- O meu me leva. - Afirmei.
- Te levo até lá em baixo. - Viu que eu estava atordoada, talvez pela quantidade de álcool no meu organismo, até tropecei nos meus passos ao entrar no quarto.
- Fico grata, mas não precisa. - Olhei para Amy na cama, e sorri com o coração na mão em ter que deixá-la lá.
- Amanhã viajaremos as 8h da manhã, foi bom te rever Camila. - Parou na porta, me olhando nos olhos. Eu segurei a bolsa em frente do corpo, com um olhar de suplica. Até neguei com a cabeça. - Foi muito... Bom. - Tacou seus lábios nos meus.
O que ela fez? Hã? Beijinho de despedida? Caralho Lauren, porque fez isso? Sua idiota. - Gritei por dentro, mas por fora fiquei imobilizada. E ela apenas sorriu largo.
Mal consegui dormir. Rolei a noite toda na cama e pela manhã estava um lixo. Meu celular tocou as 6 e dez da  manhã, e era o Jack. Estava tão deprimida que desliguei o celular para não ter que encara-lo. Sim, faltaria mais um dia de treino, e não. Eu não estava com nenhuma condição psicológica para treinar hoje, nem amanhã e me depois... E juro que não sei quando a condição irá voltar.
Ela disse que viajaria as oito da manhã, ainda nem eram sete. Tinha que ver ela pelo menos pela ultima vez, não que isso significasse que iria desistir de brigar por ela na justiça, mas já que ele iria levá-la mesmo, tinha que ver a Amy de novo.
- Sim, Srta? - A Bela moça, atrás do balcão de check-in, sorriu educadamente ao me olhar.
- Bom dia, eu queria uma informação.
- Sim, pode falar.
- O voo para Barcelona, sairá em que horário? - Franzi o cenho. Já eram oito e vinte e es ainda não tinham chegado no aeroporto.
- Ah, Senhora, o Voo para Barcelona teve atraso, deve sair as 9H. - como ela conseguia ser tão adorável, tão cedo? impressionante.
- Obrigada. - Sorri de canto, e me afastei dali. Levei meu olhar para todos os pontos daquele aeroporto pelo menos todos aqueles em que minha vista alcança. Para viajar elas terão que passar por ali, então um hora eles chegariam. Não me custa esperar.
Sentei em um dos bancos mais em frente, e acessei a internet pelo meu ipad após pegá-lo na bolsa. Como sempre tinha noticias minhas na maioria das revistas de fofoca. Capricho, Yesiteen, Looks e as demais. Eu ainda estava lá nas capas. ''karla Camila e a filha Amy Lee, comparecem á tarde de entrevistas'' - Noticia velha. Sorrio. ''Amy, filha surpresa de Camila, conversa conosco e conta como está sendo a experiencia com a mãe'' - Essa é nova. nossa, que nostalgia. Fecho os olhos, e torno a passear por aquele aeroporto com o olhar. Até que... lá estão elas.
Levanto-me.