Jane sabia que aquela história de Barne sobre está apaixonado por sua irmã era pura mentira, nunca vira em seus 25 anos um homem tão malicioso e mau caráter. O que ela não entendia era o porquê daquilo tudo,
eles nem eram ricos o suficiente pelo grande esforço, Barne chegara de uma longa viajem da África, chegara bronzeado, alto, musculoso e viril, se não fosse pelo aqueles grandes olhos azuis que transbordavam maldade, ela até poderia achar ele um bom homem. Mas, não. Quando chegou, ao passar um mês, começou a cortejar sua irmã Mary. Mary era linda, cabelos loiros e longos com olhos azuis como o oceano, e por algum motivo que ela não conhecia não gostou nada daquilo. Sua irmã, era mais nova cinco anos, e estava loucamente apaixonada por Barne. E se fosse por jane esse noivado não aconteceria.
Ela faria de tudo para proteger sua única irmã, inocente e amável, que não merecia ter um homem como aquele.
Ainda mais como marido!
Jane estava sentada na biblioteca, perto o suficiente para ser aquecida pela lareira com fogo alto e clarear
seu livro favorito, Morro dos ventos uivantes. Ela já estava no meio do livro quando ouviu uma batida na porta.
– Entre. - jane elevou a voz para que a outra pessoa escutasse.
A porta foi aberta e Mary entrou, elegante como sempre, e com um grande brilho nos olhos.
– Ah! Jane, Jane... - falou sentando-se em uma cadeira ao lado da irmã num suspiro.
Jane conhecia aquela expressão da irmã., e o motivo. Barne.
– Conte. - foi sua única palavra, pois estava cansada da ladainha da irmã.
– Barne me chamou para caminhar hoje á tarde.
– E?
Ele fazia isso todas as tardes, e ela também.
– E, ele me pediu em Noivado!!! – quase gritou em seu ouvido, levantando-se para dar pulinhos de alegria.
Jane não podia ter escutado bem, Noivado?
Isso era um absurdo, ele só estava á cortejando a três semanas, pelo seu conhecimento na vila, pelo menos eram necessário um mês!
– Ele pediu? – foi a única coisa capaz de falar.
– SIM! Foi tão mágico, ele é encantador. Nós fomos para a pracinha da rua fewtrell, ele pegou minha mão a beijou e disse: Quer ser minha esposa?
Essa última frase foi feita com uma imitação perfeita da voz de Barne. Mary era muito boa com imitações, uma vez as duas eram crianças e estava brincando no campo, juntos com seus pais, quando um homem enorme e assustador perguntou onde ficava a casa de Sr Allen, Fred, seu pai se aprontou a responder, quando o grande homem agradeceu e se foi, Mary imitou sua voz grossa e grave...
– Não é maravilhoso jane? – Mary a tirou dos devaneios.
– sim. - falou em contraditória, pois não queria falar que odiava o fato dela se casar com aquele homem repugnante.
– Papai e mamãe estão grande felicidade!
– Sim, creio que estão mesmo. - murmurou Jane para não ser ouvida, mas não teve essa sorte.
– O que você disse? – sua irmã se inclinou em sua direção.
– Que sim, eles estão, e eu também. - mentiu.
Jane precisava pensar em algo brilhante para separar sua irmã daquele canalha. E rápido.
Levantou-se de sua poltrona e acenou para a irmã.
– Estou muito cansada, vou dormir. Boa noite querida. - se dirigiu para a porta e parou ao colocar a mão na
maçaneta e ouvir a irmã.
– Obrigada por aprovar nosso noivado Jane, isso é muito importante para mim.
E com isso ela abriu a porta e partiu.
***
Thomas, único herdeiro do ducado de Bramwel estava sentado a cabeceira de seu pai esperando o inevitável acontecer. Seu pai morreria.
Todos o estavam acusando de assassinar o próprio pai, até ele
mesmo estava começando a acreditando nesta mentira.
Mas ele nunca faria isso.
Olhou para os olhos pálidos do pai, os cabelos desgrenhados e a boca seca implorando por água.
Ele se inclinou e pegou um copo de água, debruçou-se sobre seu pai e lhe ofereceu o líquido.
O velho duque estava morrendo, em seu estado mais deplorável, e mesmo assim se negou a aceitar qualquer coisa que se vinha do filho, que dizia ele, era um garoto tolo e imprestável.
Em sua juventude, Thomas fizera de tudo para agradar o pai, estudou em Eton, voltou e o ajudou na administração da propriedade, mesmo seu pai desaprovando tudo que ele fazia ou dizia.
Ainda não era tão ruim, quando ele apresentava um trabalho que lhe parecia bom, seu pai aceitava, com uma cara de quem está com fadiga, mas aceitava. Só que tudo piorou quando sua mãe morreu. Ela era uma mulher jovem, estava em seus 45 anos, quando uma forte febre se alastrou sobre a propriedade Bramwel e pegou mãe e filho, Thomas era novo, mas muito forte, e sua mãe estava muito frágil e acabou falecendo.
Foi desde este terrível acontecimento que seu pai começo a odiá- lo. E assim, Thomas soube que seu pai
preferia que o filho tivesse morrido, não a mulher.
E por vários anos, ele também pensou nessa possibilidade.
Até que amadureceu o suficiente para saber que não tinha nada que ele pudesse fazer.
– Beba papai, vai lhe fazer bem. – Thomas falhou com sua voz mais autoritária.
Seu pai como era teimoso como uma mula, negou com um único aceno de cabeça.
– Pelo visto não está tão ruim quanto pensei. - falou Thomas em tom de sarcasmo.
Ele precisava beber algúm líquido, então resolveu chamar uma criada.
– Anne! – gritou o mais alto possível, pois sabia que a criada estava por perto.
A porta se abriu e Anne entrou com uma admirável rapidez.
– Faça esse velho rabugento beber algo.- mesmo com o xingamento sua voz era suave.
Anne se aprontou a atender o pedido do futuro duque.
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Os Mistérios do Amor
Historical FictionUma Vingança, um plano e um Duque. Nada sai como o esperado, sempre há acontecimentos surpresas quem podem deixá-lo de mãos atadas. Jane Corney uma mulher simples do interior vai encontar o verdadeiro amor quando menos espera. Thomas Bramwell um ho...