Capítulo 13

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Nem sempre a vingança é o melhor caminho, mas a vontade que estava dentro de Jane de fazer aquele canalha sofrer era vívida. Ela mais parecia um vulcão perto de sua erupção!
Era involuntária a ira que sentia naquele momento. Seu corpo queimava de raiva contida por todos aqueles anos.
Como tudo isso tomou essas proporções?
Olhou para Mary, que agora estava sentada na margem do lago.
- Nós temos que contar para mamãe e papai. - falou calmamente.
- Não. - ela olha para Jane, triste - Eu tenho que contar! 
Jane abre a boca para rebater, mas ela lança um olhar afiado.
- Esse bebê é meu. Fui eu quem engravidou. Eu sou a responsável pelos meus atos.
Jane sabia que Mary estava certa, porém ela também era responsabilidade sua, sendo a irmã mais velha, ela tinha um dever para com ela.
- Eu sei. Mas isso não quer dizer que eu não deva está ao seu lado! - Jane se aproxima e sento-se ao seu lado, passa sua mão por seu pescoço e a traz para um abraço.
Tudo se resolveria, tinha que se resolver.
- Vamos? - indaga Mary se fastando de seu abraço.
Jane a encara com o cenho franzido.
- Pensei que fossemos passar toda a manhã...
- Não. Eu preciso falar com eles, antes que a coragem se desvaneça.
- Ah! Vamos então - ela estende sua mão para Mary, que aceita sem pestanejar.
Assim, andam pelo bosque de mãos dadas, com uma coragem renovada. Só Deus poderia dizer o que aconteceria em diante.
                         ***
Elas respiram fundo e entram em casa. O sr Corney estava no sofá, sua postura já caída pela velhice e todos os anos de trabalho árduo.
Se aproximam dele, Mary pigarreia para chamar sua atenção.
- Olá queridas! Chegaram cedo - seu cenho está franzido e sua expressão um pouco preocupada.
- Temos algo para contar. - diz Jane rapidamente.
-Onde está a mamãe? - indaga Mary, suas mãos estão juntas frente ao corpo.
Era notório seu nervosismo.
- Ela foi até a feira, não tardará. Mas o que iriam me dizer?
Jane vai se aproximando dele, mas Mary se põe em sua frente. Com sua respiração irregular e descompassada, ela respira três vezes e solta tudo de uma vez.
- Não sou mas uma menina inocente papai. Estou arruinada!
Ele fica imóvel,  seus olhos estão como pratos.
- E-E estou grávida - completa.
Seu pai que sempre foi um homem forte, cai novamente no sofá, desestabilizado.
Elas correm até ele e começam a abaná-lo.
- Papai? Você está bem? - perguntam, mas não vem resposta alguma.
Sua mão voou para o rosto, Jane não poderia dizer se ele estava com dor de cabeça ou chorando.
Repentinamente ele fica de pé e encara Mary.
- Ele machucou você? Esse canalha forçou você a ...
- Não! - Mary não deixou que ele se pertubasse mais - Eu aceitei.
Ela começa a chorar desesperada.
- Aquele canalha terá que casar! O noivado já está marcado! - ele pega seu chapeu que está na poltrona - Vou falar com ele!
- Não adiantará, papai  - diz Jane, parando-o no meio da sala - Mary já lhe contou sobre a gravidez. E...
- E? - indaga calmamente. Seu rosto estava ficando avermelhado, uma raiva primitiva se apoderava dele.
- Ele não irá se casar. Talvez nem esteja mais aqui!
Seu pai não fala nada, apenas segue até a porta e sai.
Espero que ele consiga resolver, talvez...Se ele matasse Barne, não resultaria tão ruim.
Ela olha para sua irmã, que ainda está chorando.
- Vamos superar isso. - sussurra e a deixa a sós.
Jane vai para seu quarto descansar um pouco, sua mente estava sobrecarregada demais!
Olhando pela janela, vê as nuvens no céu.
Como pode existir tamanha beleza no universo?
O céu está azul e limpido, as nuvens estavam preenchendo-o com várias formas. Explêndido, essa era a definição para a tal imagem.
Thomas! Pensa nele e em seu belo rosto, seus modos de cavalheiro. A sensação de seu corpo sobre o seu...
Não! Eu deveria parar de pensar nele. Não é certo!
Deita-se e fecha seus olhos, mas ao invés de adormecer, a imagem dele se torna mais vívida e clara por trás de suas palpebras. Jane balança a cabeça bruscamente, tentando tirá-lo de sua mente, mas falha miseravelmente.
Onde estará agora?
- Certamente está fazendo coisas mais interessantes do que pensando em mim. - sussurra para si mesma.
Com esse pensamento, logo sua imagem se desvanesse e a cena que toma seu lugar não e nada agradável.
Seu pai falando com aquele libertino! Será que ele seria capaz de machucá-lo ou fazê-lo casar-se?
Dificilmente. Barne com certeza daria um jeito de inverter a situação a seu favor.

Notas da autora:
Olá!!! Desculpe-me se demorei... É que ando meio ocupada e sem muito ânimo para postar. Sabe... Uma pessoa precisa de estimulos para continuar a fazer algo!
Ela precisa saber que seu público está gostando. Críticas são bem vindas.

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