Capítulo V

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Sim, sou uma maníaca.

"Aaaah, nossa! Como isso é bom!" Penso me sentindo muito melhor agora. Antes na mansão eu estava um pouco tensa, as vezes o meu humor varia e não sabe o que quer. Enfim, vou deixar esses corpos para o Slender, como um presentinho. Saí da floresta e comecei a caminhar pela estrada, no final da rua vejo uma casa que atrai a minha atenção, parece ser uma mansão abandonada, caminho até lá brincando com a minha lâmina sacudindo para frente e para trás pelo fio, e de vez em quando girando-a no ar enquanto o sangue se espalha dela para o chão. Dando pequenos pulinhos, paro até chegar bem na frente da mansão. E sorrio. Sinto alguém se aproximando pela minha esquerda então atiro a minha lâmina e como eu queria ter acertado essa!
- O que você quer, Jeff? - Pergunto revirando os olhos e enrolando o fio da lâmina.
- Nada demais, apenas encher o seu saco! - Então ele abre um sorriso de ponta a ponta.
- Já está cheio. Vaza!
- O que você está fazendo?
"Aff, embuste!" Falando em embuste...
- Cadê o resto?
- Estão por aí... Vem cá, por que você odeia tanto os The Killers? Afinal, você também é uma killer.
"Ótimo! Começou..." Entro no jardim da mansão e Jeff me segue. "Será que por aqui tem café?"
- Eu sou uma killer mas não sou da turminha de vocês. - Falo enquanto encaro a porta velha por uns segundos e depois chuto. A porta praticamente se desfaz de tão velha.
- O chute não pode ter sido tão forte. - indaga Jeff.
- A porta está velha, parece que faz muito tempo que ninguém entra aqui. Será que ainda está conectada à energia do resto da cidade? - Pensa alto.
- Não.
- E como você sabe, idiota? - "Afinal, o que ele ainda está fazendo aqui?"
- Ele aponta para os interruptores e para a caixa de energia da mansão e eu entendi o recado. Os fios estão todos dilacerados, desencapados e alguns soltos pela sala. Com risco de curto circuito. - Pisa num desses, quem sabe você frita e termina o seu caminho pro inferno! - Provoco.
- Nos encontraríamos lá, então. - Rebate e me provoca com um sorriso desafiador.
- O mais tarde possível, afinal, não estou nem um pouco afim de passar a minha eternidade olhando para essa sua cara feia!
- Que maldosa! - Fala levando a mão ao peito se fingindo de coitadinh.
- Aiiin, sinto muito se ofendi você! - Brinco e ele ri. Logo depois fico séria e começo a subir as escadas da mansão. O chão rangi com os meus passos.
- Droga! Eu só queria café!
- Qual é o seu problema? - Jeff pergunta.
- Quer em ordem alfabética ou cronológica?
- Deixa pra lá. Não estou nem um pouco interessado, na verdade. - Fala dando de ombros.
- A sua pergunta acabou de perder todo o sentido.- Reviro os olhos e paro no meio das escadas o encarando logo atrás de mim. - Jeff, desemboca, o que você quer?
- Que você e Nina se dêem bem.
No instante em que ele termina de falar eu o acerto com um chute no meio do rosto, o que faz com que ele despenque da escada e caia de costas no chão. O impacto fez com que abrisse uma rachadura na madeira. "Ótimo, ele já está quebrando a minha futura casa!"
Desço as escadas e me agacho bem próxima ao seu rosto.
- Nem - Morta! - Pronuncio lentamente e volto a subir as escadas. Jeff começa a gargalhar enquanto se levanta do chão.
- Eu não esperava essa reação. - fala ainda gargalhando.
- Estou pouco me fudendo para o que você esperava. Você só pode ter perdido de vez o juízo! Quer que eu me dê bem com a JA-NE também?!
- Se possível... - Dá de ombros novamente e volta a subir as escadas.
- Babaca!

Jeff solta uma risadinha mas logo pára. Ao chegar no topo da escada, logo à frente, tem um quarto com a porta escancarada e ao fundo é possível ver um gato em cima da cama. Ao nos ver ele se assusta e corre em minha direção pulando para cima de mim, mas Jeff o esfaqueia.
- Espetinho de gato! - Ele brinca e joga o gato morto escada a baixo.
Viro à esquerda e entro no quarto ao lado. Parece ser o quarto de uma criança, um garoto para ser exata, com uma cama velha e de madeira gasta, uma escrivaninha mal pintada, um guarda-roupa quebrado e brinquedos esquecidos por todo o quarto. Na janela, há uma cortina de cor azul desbotada pelo tempo.
- Então, vai pensar no que eu disse? - Pergunta Jeff atrás de mim.
Levanto um pouco a saia e desengato das corrente uma faca, e me viro para ele a apontando em seu pescoço.
- Não.
- Assim você me excita. - fala Jeff com um sorriso.
Em um movimento não previsto por mim, ele tira a faca da minha mão e me puxa para junto de si, de costa para ele com os braços presos e a faca no meu pescoço.
- Que pena, que eu sou mais rápido. - Susurra em meu ouvido.
Dou um sorrisinho, consigo soltar os meus braços e seguro o dele o jogando para minha frente e fazendo com que caia de costas novamente. Subo em cima dele, pego a faca e a aponto em seu pescoço.
- Não me subestime! - Falo séria mas ele sorri, me coloca em baixo dele e segura os meus braços ao lado da minha cabeça e aperta meu pulso até que eu largo a faca.
- É melhor me tirar de cima de você. Eu posso ser um pouco pervertido, às vezes! - Fala bem perto do meu rosto.
Eu lhe dou uma cabeçada e consigo ficar de pé.
- E eu posso ser um pouco imprevisível, às vezes. - Pego de volta a minha faca e saio do quarto.

Saio da casa e corro para dentro da floresta sem esperar por Jeff. Eu voltarei para ver esta casa. Com a minha faca corto a palma da minha mão e com o meu sangue, faço um símbolo circular no chão. Adentro no símbolo e tudo ao meu redor começa a se iluminar e um segundo depois estou na porta de entrada da Mansão Creepypasta. "O melhor jeito de ir do ponta A ao ponto B!" Penso e entro na mansão.
Quem me recebe é a puta da Nina que já aponta a faca no meu pescoço.
- Oi pra você também Nina! - falo.
- Cadê o Jeff? - Pergunta com a cara mais nojenta do que nunca.
- Não sei onde seu namoradinho está. Eu deveria saber? - Provoco.
- Ele foi atrás de VOCÊ! - Grita e aperta mais a faca contra meu pescoço. "Parece que ela está zangada!" Sorrio. Seguro sua faca com os dois dedos e a deslizo para os meus lábios.
- Parece que ele ficou cansado de brincar comigo e teve que parar. - Provoco e começo a gargalhar.
- ORA SUA...! - ela grita.
E começa a disparar ataques frenéticos com a sua faca, tentando acertar o meu rosto enquanto eu desvio. Ela acerta o meu cabelo e corta uma pequena mecha.

Uma Nova Creepypasta (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora