Capítulo III

239 19 0
                                    

Nem pensar, eu não vou ficar de fora da brincadeira.

- O que estão fazendo? - Pergunto.
- Vamos sair. - Responde Jeff.
- E você não vai! - Zomba Nina e logo solta uma risada estridente.
- Foda-se... - Respondo.
"Realmente, eu tô pouco me fudendo."
Caminho em direção à porta onde outros creepers já estão se retirando. "Todo mundo decidiu bricar hoje? Parece que vai ser um grande banho de sangue!" Ao abrir a porta da mansão ela se ilumina e leva você a qualquer lugar que imaginar e se não imaginar nada então ela leva você a qualquer lugar. Só é um tanto instável já que se você mudar de ideia no meio do caminho pode ficar preso no vácuo, entre realidades paralelas. E só Slenderman pode tirar você de lá. Depender dele, dessa forma, me deixa muito inquieta mas fazer o quê.
Imagino qualquer lugar à noite e o lugar em que eu me encontro parece ser uma floresta de pinheiros colossais. Hora ou outra ouço alguns barulhos de folhas ou galhos se quebrando, ando devagar em direção ao barulho que me parece querer se distanciar mas ouço novamente e dessa vez mais e mais alto, mais e mais perto, ouço um som atrás de mim e atiro a lâmina, para a minha surpresa, um cervo. Não o acertei mas consegui espantá-lo.
Ando em direção ao que eu acredito ser uma estrada e meus passos parecem sempre ser marcados por sons e ruídos. "Coisa esquisita." Do outro lado da rua haviam casas e mais casas, jovens despreocupados voltando de uma festa consideravelmente bombástica. Alguns ficam no meio do caminho, eu subo em cima de uma das árvores e vou passando a diante, seguindo os passos dos jovens e me agraciava quando via que o grupo ía diminuindo e diminuindo, cada um ficando em suas respectivas casas, sem nada com o que se preocupar.
*
Um sorriso sádico em seu rosto começa a surgir abertamente, sua vontade de matar era insaciável, àquele instante. Ela sentia o gosto do sangue quente em seus lábios e se excitava com tal pensamento. Quando o grupo diminui para três: um casal e o que ela acha ser um amigo do casal. Ela decide entrar em ação já que seu corpo não aguentava mais a espera. A rua está deserta, uma vantagem a mais para ela.
"Assim está bom. Que comece a caça!"
Pula do pinheiro em que estava dando um mortal para trás e corre em direção ao trio de amiguinhos. Captura o primeiro, o arrastando para a beira da estrada e depois para dentro da floresta, o garoto a todo o tempo ficou gritando desesperadamente pedindo por socorro. Os gritos, os gemidos, as preces. Faziam com que Bugbear abrisse em seu rosto um sorriso maligno e soltasse uma gargalhada escandalosa e cheia de malícia que encobriam os gritos desesperados do garoto.

Bugbear antes de ser Bugbear, estudava psicologia na faculdade e sabe como atormentar a mente humana, sabe suas fraquezas e êxtase, pertubar e observar como a mente humana age é um dos seus principais passatempos.

Em um movimento ágil, Bugbear tira de suas correntes um par de algemas que são ligadas por uma corrente não tão fina e prende o garoto pelos pulsos contra uma árvore. Com a boca tampada por um lenço o impedindo de gritar e ele ficou ali, no escuro, temendo o que poderia acontecer. A tortura já havia começado. Bugbear correu, saindo da floresta encontrou novamente os dois jovens. "Que idiotas. Ficaram esperando por mim? Quanta gentileza." Ela fala e em seguida abre novamente seu sorriso sínico. Os jovens se apavoram, a garota grita enquanto se agarra ao braço do namorado que se mete em sua frente para protegê-la. "Tudo bem, então. Você vem primeiro!" Ela tira uma lâmina que vem acompanhada de um fio metálico e flexível amarrado no cabo em forma de anel, de dentro da manga do moletom e corre em direção ao garoto que tenta acerta-la com um soco de direita, facilmente desviado. Bug desvia do garoto e lança sua lâmina na  costa do garoto que cai de joelhos e se contorce de dor. "Ah, mais eu ainda nem brinquei!" Fala em voz alta e faz biquinho mas logo o seu sorriso assombroso volta, assim como a sua sede por sangue. "Preste atenção, querida. O seu namoradinho intrometido vai morrer, por amor." Gargalha. "Por você!" A garota chora desesperadamente. "Não, por favor!" Bugbear puxa o fio da lâmina e a arranca da costa do garoto que cai de bruços. "E se você interromper, vai morrer junto a ele." Ela começa a girar o fio e a lâmina no ar ganhando mais e mais força, ameaçando acertá-lo no rosto da garota que vez ou outra cobre os olhos com as mãos. O garoto usa todas as forças que tem para tentar se levantar mas o máximo que consegue se mover é para ficar sentado. Bug se move até ele e enterra o dedo indicador no corte o deixando mais aberto, o garoto solta um grito grave e alto. O ferimento em sua costa começa a se tornar uma tortura. Ela dá mais um giro na lâmina, seguido de uma gargalhada ofuscada e novamente crava a lâmina na costa do garoto, puxa e faz novamente o mesmo movimento, de novo e de novo, repetidamente. Até que se cansa e o garoto se encontra basicamente, morto. Bug vai até ele e tira a lâmina diretamente, a coloca na boca sentindo o sangue ainda quente de mais uma vítima. "Mas a brincadeira ainda não acabou!" Pensa e rapidamente lança a mesma lâmina no estômago da namorada apavorada, que cai de joelhos e começa a cuspir sangue. "Q-Quem é você?" Pergunta a garota balbuciando enquanto sua  assassina se aproxima. "Eu?" Responde. "Agora, eu sou aquela que fará o seu julgamento. Suplício, afinal." E em um golpe a garota dá o seu último suspiro antes de se afogar em seu próprio sangue. Bug admira aquela vista tão selvagem e ao mesmo tempo, graciosa. O rubro do sangue da garota se ilumina à luz da lua e se espalha a sua volta. Ela olha para si e percebe que sua roupas já estão cheias de sangue assim como seu rosto, ao tocá-lo e sentir o calor alheio ao sangue.

"Ah, sim. Ainda tem mais um." Pensa lembrando do garoto na floresta. Adentra na mesma e não tinha percebido que o tinha deixado tão longe. "Ele deve estar apavorado." Então ela decide atormentá-lo um pouquinho mais.

Uma Nova Creepypasta (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora