Capítulo I

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Estresse nosso de cada dia.

- Nina! Sua mimadinha do cacete, se você não devolver isso eu corto os seus dedos um por um! - grito, saindo do meu quarto com passos pesados.
Ela sempre desejou aquela faca kunai e apesar de não ter provas, eu tenho certeza que foi ela que roubou. Filha da puta! Sempre que minhas coisas somem eu tenho certeza de quem foi que pegou, a Mansão é enorme e tem muitos creepers mas essa garota insiste em encher o meu saco. Logo eu! Por que que ela não cria asas e vai pra puta que pariu, hein?!
- NINAAAA! Porra! - Grito novamente quando finalmente chego na porta de seu quarto e bato até sentir meus dedos deslocarem.
- Dá um tempo! Não foi eu que peguei a sua faquinha de merda!- Diz ela abrindo a porta e me olhando com essa cara de cú.
- Faquinha de merda mas você fica babando por ela toda vez que me vê usando! - exclamo devolvendo os meus dedos aos devidos lugares.
- E só por isso você vem logo me acusando de algo que nem sequer tem provas!
- Espera, deixe-me ver. Por isso e... Pelas outras milhares de vezes que você andou bisbilhotando as minhas coisas! Você realmente achou que eu não perceberia?! O seu perfume forte de alecrim silvestre te entrega totalmente, vadia infernal.
- Ok, basta. O dia mal começou e eu já sou obrigado a ouvir as vozes insuportáveis de vocês duas! - Diz Jeff colocando a mão no meu ombro, por que sabia que quando os meus dedos voltassem para o lugar eles logo logo seriam arrebentados na cara dessa vagabunda.
- Seu idiota, são onze horas da manhã! - Falo tendo a certeza de que Jeff pensa que está num mundo onde onze horas são as novas seis horas da manhã.
-Tanto faz, onze, seis, - Não falei! - O que importa é que estão gritando e isso é muito irritante! Falando em café, todos já tomaram?
- Só a Bug, já tomou três garrafas... Sozinha! - Fala Nina entre risadas.
- Cala a boca! E me responde.
- Nossa! Mas tem razão, o vício dela não vem ao caso. O que foi que a Nina roubou dessa vez, Bugzinha?
-

Não me chama disso! - Protesto e ele tira a mão do meu ombro. - Uma kunai.
- Eu não roubei! É claro que eu peguei aquela katana, a sua faca santoku, o seu revólver e até o seu canievete de "estimação" mas dessa vez não foi eu!
A esse altura Jeff e Jason já estavam me segurando pelos braços com todas as suas forças para que eu não estrangulasse ela aqui e agora.
- 1, 3,5,7,9,11,13,15,17,19. - comecei a contar e me acalmei logo depois.
- O que foi isso? - Nina pergunta.
- Contar os números ímpares até vinte, ajuda a relaxar. Mas a sua voz é tão irritante que eu poderia rodar o infinito duas vezes e você continuaria insuportável. - Nina põe a língua pra fora e eu já estava me preparando para corta-la fora quando Jeff interrompe. Puta que pariu!
- Cadê a kunai, Nina?
- No cú da cobra. - Responde ela.
- Vai pro inferno! - Condeno mas logo me arrependo pela estupidez do pedido.
- De onde acha que eu vim?
- Do cú da cobra? - Ironizo.
- Ha-Ha! Engraçadinha, eu já teria devolvido se estivesse comigo. Mas não está.
Me viro e começo a caminhar quando percebo que estou voltando a ficar impaciente e para não quebrar o pescoço dela prefiro deixar passar, desta vez. Vou em direção à escada quando percebo que a zoeira de todas as manhãs logo é encerrada e todos ficam quietos, isso só acontece por um único motivo bem óbvio. Slenderman.
Ele é tipo o fodão, que manda na porra toda. Ou o "diretor" da Mansão, semelhante ao Charlie Xavier. Comparação de merda essa. O Slenderman é um mistério para todos, visto que suas vítimas sempre somem sem deixar rastros e isso o deixa cada vez mais admirável por nós, Creepers. E ao mesmo tempo, temível.
Ele pára bem no pé da enorme escada e vejo que em um de seus tentáculos está a minha kunai, até agora, desaparecida. Ouço a Nina sussurrar algo como "Eu disse que não estava comigo!" Então reviro os olhos. Ignorada com sucesso, vadia.
- Essa kunai é minha! - Decido quebrar o silêncio e recebo umas encaradas em troca. Volto a descer a escada lentamente - nunca se sabe o que pode acontecer quando ele está por perto - e Slender levanta a kunai acima de sua cabeça, como se quisesse que eu fosse pegar. "Então é assim?" Penso audaciosamente.
E sem perder mais tempo começo a descer as escadas correndo, subo no corrimão e escorrego até chegar a uma distância não tão pequena dele e então pulo em sua direção. Ou essa era a intenção até ele agarrar na minha cintura com um dos tentáculos e me jogar para longe sem nenhuma piedade. Minha cabeça bate na quina da parede e eu levanto rapidamente com o plano de sentir essa só mais tarde. Enquanto corro novamente na direção dele percebo que ao nosso redor muitos olham o nosso showzinho e noto que estão ansiosos para saber no que vai dar. Mas eu vou pegar essa merda nem que tenha que arrancar cada tentáculo dele.

Uma Nova Creepypasta (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora