Beijo no banheiro

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Point of view Dinah

Se eu fiquei chateada pela Normani ter me beijado e ter uma namorada? É claro que eu fiquei! Afinal, quem não ficaria. Mas eu não demostrei para a minha amiga e para a sua namorada. Bom, pelo menos foi o que eu achava. Mas o assunto não foi mais mencionado na rodinha.

Enquanto o todo poderoso, dono da festa, discursava sobre o suor da conquista e sei lá o que mais, eu sai de perto das minhas amigas e fui ao banheiro, respirar um pouco. Quando eu cheguei no corredor aonde ficava o banheiro, me deparei com uma fila enorme. Bufei e me recostei na parede para esperar a minha vez. Um garçom passou perto de mim e eu peguei mais uma taça de champanhe, virando tudo de uma vez, agradeci e peguei outra antes dele se afastar.

-Beba devagar, senhorita!- virei para encarar a dona da voz que acabará de entrar na fila do banheiro.

-Obrigada pelo aviso!- sorri fraco e me virei novamente para frente.

-Está se divertindo?- ela perguntou puxando assunto.

-Estou! Por que eu não estaria?- perguntei seca, terminando de virar o resto do meu champanhe. Um garçom se aproximou com uma bandeija vazia nas mãos.- Ei!- lhe entreguei a minha taça.- Obrigada!

-Você está me tratando assim por causa da Alisha?- ela perguntou calma.

-Afinal, quem é Alisha?- perguntei sinica.

-A garota que veio comigo!- ela iria continuar mas eu a imterropi.

-Eu não tenho motivo nenhum para te tratar sei lá como por causa dessa Alisha.

-Moças, a fila está andando.- uma mulher falou atrás da gente. Andei para frente seguindo a fila.

-É serio, Dinah!

-Olha, Normani. Sabe o que eu acho?- ela respondeu com um som nasal.- Que você não deveria ter ido até a minha casa, me dado chocolates deliciosos e ter me beijado, enquanto você tem uma namorada. Isso é errado e você sabe!

-Ah, é isso!- ela soltou uma risadinha baixa. Eu a olhei incrédula.- A Alisha não é minha namorada.

-Ah não! Então por que vocês chegaram de mãos dadas e cheias de intimidade?- não consegui segurar a língua dentro da boca.

-Isso não significa que estamos namorando. Ela e eu estamos apenas saindo, não namorando!

-Você está saindo com ela e me beijou? Você acha isso justo? Brincar com os sentimentos dos outros?

-Vocês irão entrar ou não?- a mesma mulher perguntou novamente.

-Vamos!- Normani respondeu e me empurrou para dentro do banheiro.

-O que você está fazendo?- perguntei já dentro do cômodo.

-Te mostrando que eu não estou brincando com o sentimento de ninguém. Eu quero você de verdade!

-E você vai fazer isso se trancando comigo em um banheiro?

-Isso é só o começo de tudo, meu bem!- passou a língua pelos seus lábios chamativos, sem passar despercebido pelos meus olhos. Suas maos habilidosas contornaram a minha cintura me puxando contra o seu corpo.- Sabe, eu passei dias pensando naquele beijo. Eu poderia ter feito mais, ido mais, ter te dado mais! Porém você estava frágil e eu não queria me aproveitar. A minha vontade era te agarrar pela nuca e te beijar até você tirar a minha roupa e só parar quando estivesemos sem fôlego com as pernas fracas e as respiraçãos desreguladas.- nossas bocas estavam tão próximas, seu hálito quente batendo contra meu rosto, minha buceta pulsou com suas palavras. Jogo sujo!

-É porque você não fez isso? Lembrou que estava cometendo um erro no meio do caminho?- minha voz saiu mais baixa do que deveria.

-Eu não fiz isso porque não queria me aproveitar da sua fragilidade!- disse olhando nos meus olhos.- Eu não jogo sujo, Dinah!

-Isso é um jogo para você, então?

-Não! Foi apenas modo de dizer!- nos continuávamos na mesma posição, minha respiração desregulada e sua boca tão próxima da minha.

-Perdi a vontade de ir no banheiro!- tentei sair dos seus braços, mas ela foi mais forte e me jogou contra a parede. Se fosse uma oponente no ringue ela já estaria no chão.

-Fica!- ela pediu.- Eu deixo você ir se você disser olhando nos meus olhos que não quer me beijar! Diz que você não quer a minha boca na sua. Diz que você não quer meu corpo colado no seu! Diga, Dinah!- então.

-Normani...- era óbvio que eu não iria dizer aquelas coisas. Mesmo que involuntáriamente eu queria, queria muito.

-Foi o que eu pensei!

Sem me deixar terminar, ela colou nossos lábios. Sua boca tinha gosto de champanhe misturado com um gosto de menta. Uma delícia! Contornei seu lábio com a língua e ela abriu a boca me dando passagem. Minha língua e a sua travavam uma batalha para ver quem diminuiria o beijo e eu acabei cedendo. Em dias normais eu nunca cederia em uma batalha. Mas não estamos em dias comuns. Quando ela chupou minha língua com vontade, minha buceta pulsou em resposta, então ela encaixou sua coxa no meio das minhas pernas e me beijou com mas vontade. Apertei minha unha na pele da sua nuca e me entreguei ainda mais ao beijo. Sua língua fazia um ótimo trabalho e eu não queria sair daquele beijo tão cedo. Mas como tudo que e bom dura pouco, batidas insistem ecoaram no banheiro.

-Vocês morreram ai dentro.- alguém gritou do lado de fora. Normani sorriu contra a minha boca e se afastou do meu corpo.

-Temos que sair antes que ela derrebe à porta!- riu e foi até o espelho para ajeitar o seu cabelo e o batom que estava borrado na sua boca.- Vai ficar parada ai ou vai se arrumar também!

-Ah, verdade!

Continua...

A sweet dancerOnde histórias criam vida. Descubra agora