Aline mas o ultimo capítulo não foi pov da Meredith? Cadê o pov da Addison? Mudei lindas! Nem vi que tava escrevendo pov da Meredith, só fui perceber depois e é isto. Depois compenso repondo os povs da Addison. As músicas de hoje são The Night We Met, do Lord Huron e Islands, do The XX. Boa leitura!
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Meredith Grey
É meio de madrugada é Addison está dormindo com a cabeça sobre minhas pernas. Seu semblante é pacifico e por vezes ela murmura palavras desconexas enquanto dorme, me fazendo rir baixo. Ainda que minha vida fosse uma bagunça quase cem por cento do tempo, eu a entendia sobre as questões de relacionamentos sérios. Eu estava com vinte e seis anos ainda, essas preocupações não tomavam conta da minha mente.
Para ser bem sincera, minha preocupação maior era quando meu salário iria cair na conta para que eu pudesse ter mais uma noite memorável na cidade das luzes, semana após semana. E se for parar para pensar, eu era bem vazia, sem muita perspectiva, mas não menos feliz por isso. Eu elevava o termo "ovelha negra da família" a um nível praticamente insuportável, não fora atoa a expulsão da minha própria casa aos dezessete anos. Algumas malas, um emprego ridículo como barista e nenhuma responsabilidade.
A vida viera me sorrir anos depois, fiz o teste para modelo por insistência de uma amiga que hoje em dia eu não faço a mínima ideia de onde está. Consegui um emprego ainda mais ridículo e não pense que as merdas pararam por ai, a vida de modelo é bem legal, não vou mentir... Mas é preciso investir em si mesma.
Como investir em si mesma quando você passa a semana com cem dólares? Eu me virei, arrumei outro emprego servindo bebidas em uma boate e então consegui investir em mim mesma com muito custo. A ascensão se dera de maneira extremamente longa e gradativa.
Conheci Arizona Robbins e seu par de olhos azuis maravilhosos na minha segunda semana de trabalho, e nem preciso dizer que ela não foi gentil comigo, pelo contrário. Acho que nunca fui tão destratada quanto naqueles dias, mas superamos tais coisas e evoluímos para trocas profundas de olhares e provocações diárias.
Eu a irritava até o ponto limite e ela exercia poder acima da média sobre mim como castigo. Com o tempo acertamos nossas diferenças, estabelecemos limites que foram quebrados posteriormente e eu larguei meu emprego como barista, passando a trabalhar para ela como sua secretária até que a carreira de modelo vingasse.
Fora um upgrade em minha vista, as roupas que agora poderiam ser compradas em lojas um tanto mais caras, sapatos de salto e meu cabelo e maquiagem que sempre estavam impecáveis. Passávamos noites e mais noites juntas, resolvendo questões da empresa. O casamento de Arizona não ia navegando em um mar calmo, pelo contrário, por vezes ela desabafava comigo e eu a escutava, algo que sua esposa parecia não fazer. Eu sou o tipo de pessoa que prefere não julgar até ter os dois lados da história em cima da mesa, é melhor ser imparcial nessas questões, ainda mais se tratando de sua chefe.
Eu era o anti-esposa. A versão que todo mal casado ou casada sonha. Eu era a entusiasta de diversão longa e barata pela cidade, adorava vícios e não negava uma dose a mais. Arizona gostava de pôquer, e assim eu me fizera sua acompanhante em alguns jogos organizados pela cidade. Nos aproximamos e tudo isso se transformara no pior romance que alguém poderia imaginar.
Agora eu estava ali, em uma madrugada na sala da minha casa com minha vizinha ainda desconhecida deitada em meu colo. Estava experimentando a calmaria e ao mesmo tempo a loucura que Addison Montgomery promovia em minha vida.
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Aconteceu em Paris
Fiksi PenggemarEra verão e as noites em Paris estavam regadas de amor, ainda que Addison não encontrasse um par de olhos que fizesse seu coração sair pela boca. Era verão e ela estava acertando sua vida na cidade das luzes de uma maneira abrupta. Paris lhe guardav...