CAPÍTULO 20: CAPTURA

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Depois que ambos saíram do laboratório, Sans tirou seu braço dos ombros de Frisk e os dois continuaram andando em silêncio. Ele ficou pensando se havia a incomodado por ter abraçado-a sem seu consentimento, e ela, se perguntando por que ele havia feito aquilo. Depois da conversa que ambos tiveram ontem, isso os deixou mais próximos? Havia alguma chance dele corresponder? Ela parou de pensar nisso e balançou a cabeça levemente, recusando-se a acreditar. Aquilo não era provável, pela situação em que estavam, ele tinha que protegê-la agora e nada mais devia interferir naquilo.

Antes de irem até o local, ambos foram até a casa dos irmãos e Sans foi até a cozinha pegar alguma comida que tinham guardado na geladeira. Enquanto aguardava na sala, Frisk continuou pensando no que havia acabado de acontecer, ela acabou confessando a seus amigos e eles estavam torcendo para que ela seja correspondida. Ela acabou fazendo a mesma pergunta para si mesma, de anos atrás, se era realmente possível que um humano e monstro fiquem juntos. Ainda assim, lea não sabia a resposta. Subitamente, seus pensamentos foram interrompidos quando ela viu Sans saindo da cozinha com uma cesta de palha em sua mão, ele iria levá-la durante a viagem.

Frisk: E o que tem aí?

Sans: ... Comida ué.

Após ouvir a resposta, Frisk fechou a cara e seu punho, querendo mandá-lo para longe verbalmente, e Sans ficou rindo da cara dela, depois de falar a resposta tão óbvia. Rapidamente, eles sentiram seus celulares tocarem, a mensagem que ambos receberam mostrava um mapa com um ponto assinalado na fronteira entre a cidade e uma floresta.

Sans: Está longe daqui, teremos que ir por outro meio.

Frisk: Você diz como nos velhos tempos?

Sans: Isso aí.

Eles guardaram seus celulares e Frisk se virou olhando-o, esperando que ele estendesse sua mão, porém ele olhou-a com um pouco de receio e queria dizer algo antes.

Sans: Sobre ontem... Você não se arrepende de ter ouvido?

Frisk: ... Por que está perguntando isso?

Ele não achava que ela tinha aceitado facilmente o que ouviu, mas ao ver que ela olhou-o assustada para a sua pergunta, ele desistiu de ter falado sobre aquilo e virou sua cabeça para o lado.

Sans: Nada, só estou pensando demais.

Frisk não entendeu porque ele estava assim, ela não gostava de vê-lo tão distante e sem saber como ajudar. Porém, repentinamente, ela abriu os olhos quando algo veio na sua mente, será essa a hora de mostrar a ele? Ela queria provar que ela não era quem ele achava que fosse. Talvez isso o fizesse mudar de ideia sobre sua pessoa? Convicta disso, ela se encheu de determinação para falar e voltou a olhá-lo.

Frisk: ... Eu não me arrependo de ter ouvido sobre seu passado, Sans. Eu me importo com todo mundo porque eu quero ver todos bem, assim como você também. Eu quero que você também conte comigo, se precisar de um ombro como você sempre cedeu pra mim, eu gostaria de ajudar.

Depois de ouvir sua resposta, Sans voltou a olhá-la surpreso, não esperando aquilo. Ele não tinha uma resposta na hora e ficou olhando-a enquanto sua mente processava mil coisas. Sans devia saber que ela era assim com todos, então quando ela teve a chance de fazer algo por ele? Isso realmente o pegou de surpresa e ele se sentiu aliviado após saber que ela realmente o aceitou como é. Depois de se olharem por vários segundos, Frisk não evitou ficar nervosa, esperando a sua resposta, por fim, ele teve a coragem de falar.

Sans: Heh... Obrigado. E desculpe se isso te incomodou.

Frisk: ... Está tudo bem.

Ela sorriu pacientemente, fazendo-o se sentir mais aliviado. Logo, ele estendeusua mão e ela segurou-o, fazendo ambos se teleportarem até a entrada de uma floresta escura. Sans começou a suspeitar daquele local e antes que Frisk desse um passo à frente, ele barrou-a e começou a olhar para os lados, desconfiado.

Heart and Soldier II - O Retorno da Esperança [Undertale AU] (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora