CAPÍTULO 17: PASSADO

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Na casa dos irmãos esqueleto, Papyrus estava preparando o almoço calmamente até terminá-lo. Ele olhou satisfatoriamente para sua comida pronta e deixou suas luvas e seu avental na cozinha, indo até o quarto de Sans para chamá-lo. Chegando perto, ele bateu na porta.

Papyrus: Sans? Venha que o almoço está pronto.

Sans: Ok.

De repente, ele se lembrou do acontecimento anterior e em como viu Sans furioso ao ouvir Gaster entre várias telas de computador. Ele sabia que não era prudente falar desse assunto, mas em seu interior, Papyrus sentia que o conhecia tanto quanto seu irmão, porém, quanto mais ele tentava se lembrar, pior ele se sentia. Intrigado com o que estava passando na sua cabeça, ele decidiu bater na porta mais uma vez.

Papyrus: Sans? ... Posso entrar?

Sans usou sua magia para destrancar a porta e ele viu Papyrus abrí-la, entrando em seu quarto, apreensivo. Por outro lado, Papyrus estava vendo Sans sentado na cama, pensativo e sério. Papyrus fechou a porta e surgiu um clima estranho no local, deixando-os em silêncio por alguns segundos até que um deles começou a falar.

Papyrus: Eu... Não quero te forçar a falar sobre isso, mas...

Sans suspirou fundo e imaginou que seu irmão queria que ele explicasse tudo. Honestamente Sans nunca desejou ter que contar a verdade a ele sobre seu passado. Mas agora, ele sabia que não podia esconder mais nada, inclusive, ele esperava que seu irmão respeitasse sua decisão. Antes mesmo de abrir seu maxilar, Papyrus o interrompeu, falando o que ele pensava.

Papyrus: ... Sans, você é meu irmão e eu te conheço mais do que qualquer um. Eu posso não me lembrar desse Gaster, mas quer saber? Eu não me importo com o que você fez no passado, Sans! Eu sei que você não é mau! E tenho certeza que a humana pensa o mesmo de você!

Sans olhou para seu irmão repentinamente, assustado com as palavras dele. Ele não conseguia descrever o imenso alívio que sentiu naquele momento. Sans deixou de olhar para seu irmão enquanto sorria levemente.

Sans: Heh... Obrigado Paps. ...Eu posso não ser mais quem eu fui, mas ele continua sendo o mesmo... Ele vai ir atrás dela sem hesitar e se ele conseguir o que quer... Tudo estará acabado.

Papyrus: O que está dizendo, irmão?

Sans: Se ele conseguir o artefato, tudo o que construímos até agora será destruído, nem mesmo o que Frisk fez teria sentido algum...

"... Até mesmo deixaríamos de existir..."

Papyrus: Está dizendo que isso tudo nunca teria acontecido?

Sans: Sim...

Papyrus: E... Você acha que podemos fazer ele voltar ao normal?

Após ouvir a pergunta, Sans suspirou novamente. Não era mais como antigamente quando Frisk expulsava as trevas dos monstros, ele conhecia Gaster e sabia que ele não estava possuído, ele ERA assim. Falar a verdade provavelmente iria desapontar seu irmão, mas ele tinha que aceitar.

Sans: ... Não Paps, ele não está possuído, ele sempre foi assim... Obcecado por poder. Só há um jeito de parar ele...

... Exterminando-o.

Ouvindo aquilo, Papyrus ficou chocado. Ele não esperava que agora eles devessem matar alguém para garantir a segurança de todos. Naquele momento, Papyrus sentiu seu peito arder de frustração, ele simplesmente não conseguia aceitar isso vindo dele.

Heart and Soldier II - O Retorno da Esperança [Undertale AU] (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora