CAPÍTULO 8: RETROSPECTIVA

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No dia anterior, na capital, Frisk estava dormindo em seu quarto quando ouviu seu despertador tocar. O relógio apitava ao mostrar que eram seis da manhã. Frisk se virou até seu despertador e desligou o alarme.

Frisk: "Mais um dia de trabalho..."

Ela apenas ouvia um grande silêncio dentro de casa, enquanto ouvia alguns carros passando pela rua. Ela estava sozinha naquele apartamento e não ligava de morar só. Ela tinha se mudado de seus tios faz um mês quando eles decidiram se mudar novamente. Dessa vez, eles viram que Frisk podia cuidar de si mesma e a partir daquele momento, ela era independente.

Após usar o banheiro, ela foi até seu armário para escolher o que vestir quando ela reveu suas roupas antigas que já não cabiam nela mais. De fato, ela estava com dezoito anos e já tinha crescido bastante. Porém, ela se lembrou de quanta saudade que ela tinha de falar com eles. Ela se perguntava como estavam todos e como suas vidas têm andado esse tempo todo. Depois de tanto viajar para fora, Frisk não manteve mais contato com eles, porém, com a inauguração da faculdade, era a chance perfeita para vê-los novamente e de saber como eles estavam.

Frisk se sentiu determinada e estava ansiosa para ser liberada do trabalho duro que iria lhe render frutos. Ela mal podia imaginar a reação deles de vê-la crescida e de poder contar tudo o que passou na capital e na embaixada. Por mais que as coisas estivessem indo bem, ela era chamada a todo o momento para ir a uma reunião ou resolver uma pendência e por isso não teve tempo de conversar com eles.

Na hora do almoço, ela estava no refeitório almoçando quando um homem com roupas sociais se aproximou dela para cumprimenta-la, era o sócio que ela havia contratado para ajuda-la.

Sócio: Olá Frisk, como vão os negócios?

Frisk: Olá, a construção da faculdade ficou pronta e está tudo pronto para a inauguração, só preciso fazer algumas coisas antes de terminar por hoje.

Ela estava tão esperançosa de conseguir terminar seu trabalho que mal notou a reação do seu sócio, ele parecia estar tramando algo.

Sócio: Certo, mas... Eu recebi um pedido de ultima hora para que alguém vá a uma reunião com o ministério. A diretora não pode ir amanhã... então poderia ir até lá?

Frisk: Mas... E a viagem de inauguração? Era pra eu estar lá!

Sócio: Alguém irá no seu lugar e garanto que é um ótimo substituto.

Frisk: ... Ok.

Sócio: É isso aí, conto com você.

Ele colocou a mão sob o ombro dela e saiu dali, deixando Frisk sentada em sua mesa, atônita. A viagem era amanhã e Frisk não podia acreditar nisso, mais uma vez ela teve seu plano tomado por outro compromisso. Não era a primeira vez que ele fazia isso e ela estava desconfiando dele mais a cada dia, mas ela não conseguia argumentar contra ele. Não era a mesma coisa que argumentar com alguém do mesmo nível que o dela, ele tinha grande influência na embaixada e isso a deixava na base do pedestal, sem poder para falar.

Ao chegar à noite, Frisk terminou seu trabalho e voltou para casa pensando em como seu plano havia sido arruinado. Ela não queria culpar seu sócio por isso, mas ela já teve várias oportunidades nas quais ela não pôde ir por causa de uma reunião ou outra, ditas pelo próprio sócio. Quando ela se aproximou do apartamento onde estava, ela viu alguém sentado perto do seu apartamento. Ele a olhou serenamente e Frisk reconheceu aquele sorriso e seu rosto, surpresa. Asgore estava do lado de fora e ela estava emocionada de vê-lo, correndo até ele e o abraçando.

Heart and Soldier II - O Retorno da Esperança [Undertale AU] (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora