capítulo 15

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-Eu não vou!!- Disse irritada.

-Vamos anjo, vai ser legal.

-Você sabe que eu não curto esse tipo de ambiente Cris.

-Como você diz que não curte esse tipo de ambiente se ainda não foi?

- Haaaf - bufei. - Discoteca = barulho, gente bebendo e fumando, você e seu namorado, eu sozinha, cabeça doendo, má disposição. Me poupe Cris, eu só tenho quinze anos e você vinte, é certo que a gente se dá muito bem como primas mas eu não tenho idade para entrar numa discoteca.

-Haaaa, aqui tem sim, esqueceu que o meu namorado é o produtor?!

-Você não vai desistir não é?

Cris assentiu e eu rolei os olhos.

-Vá, use estes calções, essa blusa e Hummm... as sapatilhas que você trouxe.

-Cris!- A repreendi. -É sério, eu não quero ir.

-Você vai. Eu vou chamar a Lisa minha cunhada e ela te fará companhia. -Cris disse, e saiu do quarto sem esperar minha resposta.

Droga, ela não iria desistir, nem que fosse para ela me amarrar e me arrastar, ela o faria. Eu não tinha como, tinha mesmo de ir.

                              ***

Eram 00:30 quando nós chegamos ao night club, onde minha prima frequentava, e junto com a nossa entrada, flashes se acenderam causando-me um certo desconforto.

Eu estava de uns calções jeans folgados apagados e uma blusa de alsa azul escuro que tinha uma certa abertura nas laterais. Minha prima estava idêntica à mim mas sua blusa era verde florescente e suas sapatilhas vans, eram brancas, enquanto às minhas eram pretas, sua cunhada estava com uns calções branco bem apertados e uma blusa de alsa preta que deixava suas costas fora.

Os protocolos da festa vieram logo nos receber pois sabiam quem éramos e poxa vida, o local era bonito, ainda não tinha muita gente por isso dava para apreciar o lugar. Tinha um bar onde continha doze bancos à volta dele e na garrafeira acho que continha todo tipo de bebida, no centro tinha a pista, onde você tinha de descer uns quatro degraus para lá estar e a volta da pista, tinha várias mesas altas com bancos baixos onde as pessoas podiam sentar e tomar algo, eu estava tão fascinada que não percebi que o meu cunhado estava falando comigo.

- E aí Anjo, está gostando do lugar? -Meu cunhado perguntou.

- Até que ele é bonito.- respondi dando de ombros e ele sorriu.

- Quer alguma bebida? Uma vodka? Um whisky? - Ele perguntou.

-Você só pode estar de brincadeira Rúben, eu não bebo. Um refrigerante está de bom tamanho.

Rúben sorriu e falou qualquer coisa no ouvido da minha prima e ela assentiu positivamente.

-Então já vou providenciar um refrigerante para a minha cunhadinha.

Eu lancei-lhe um sorriso falso e ele
misturou-se em meio aquela multidão deixando a mim, a Cris e a Lisa sentadas à volta do centro da pista.

-Prima, você vai gostar acredite.

- Não vou não.- disse com a cara fechada.

Nisso eu dei uma olhada pelo local e vi um rapaz lindo, de olhos castanhos escuros e finos, seus lábios eram rosa e bem carnudos, ele não era magro, nem gordo, mas seu corpo demonstrava que ele fazia academia.

Eu acho que ele sentiu meu olhar queimar sobre a sua pele e, lentamente passando seu olhar pelo local, ele encontrou os meus olhos.

Congelei.

Eu Queria Que Fosse Você Onde histórias criam vida. Descubra agora