Chapter 8- Jack's weird

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Eram onze horas da noite quando subimos com o carro por uma estrada de terra, eu fiquei confusa e olhei para Jack com um olhar de dúvida e só tive um riso singelo como resposta. Quando o carro parou, descemos e pude ver uma vista deslumbrante de lá de cima, olhei para ele impressionada, e sorrindo lhe disse:

- É, realmente isso está melhor que qualquer filme!

- Ué, mas já? Ainda nem chegamos na melhor parte.

- Quer dizer que tem mais? – Disse eu sorrindo- Por que pra mim só essa vista já tá maravilhosa!

- Que bom que você gostou, mas hoje eu tava inspirado kkkk

Ele abriu a porta de trás do carro e pegou uma cesta e uma toalha. Jack estendeu a toalha e colocou a cesta sobre a mesma, surpresa eu disse:

- Nossa, você é um cara bem excêntrico né? – eu disse divertida- Piquenique de noite, essa é nova!

- Eu te disse que hoje estava inspirado, não disse? Kkkk

Nos sentamos na toalha e eu lhe disse o quanto estava impressionada com a beleza daquele lugar.

- Me impressiona você, que mora aqui já faz tempo, nunca ter vindo aqui – Disse ele, brincando, como se conhecesse LA mais que eu.

- hahaha, eu só estou aqui a dois anos.

- Pensei que você fosse daqui.

- Na verdade, eu e a Ingridi nos mudamos de Nova Iorque.

- Eu sempre tive vontade de visitar NY.

- Lá é incrível. Mas nós estávamos querendo algo novo, queríamos refazer nossas vidas. E Los Angeles parecia o lugar certo. Foi o lugar certo.

- ...

- E vocês? De onde vieram? – disse eu mudando de assunto.

- Eu nasci em Nebraska, mas minha família se mudou de lá quando eu tinha 4 anos. Morei no Canadá todo esse tempo, e conheci os meninos lá.

- Então você dever estar estranhando o clima daqui né? O Canadá é tão frio!

- Ah, mas NY também é frio! Kkkk

- Só no inverno!

- Então! Lá também – disse ele com olhar vencedor.

- Hum. De qual parte do Canadá?

- Toronto.

- Nossa, eu tenho muita vontade de conhecer Toronto! – eu disse animada.

- Quem sabe no futuro, a gente possa fazer um intercâmbio de cidades – disse ele brincalhão.

Eu não entendi muito bem aonde ele pretendia chegar com aquele assunto, então, apenas sorri. Daquele momento em diante, tudo começou a ficar estranho.

Começamos a comer o que estava dentro da cesta, e, não deixei de comentar das coisas gostosas que ele havia posto ali dentro – sanduíches naturais, geléia, garrafa com suco natural, etc.

Ficamos mais um tempo parados, simplesmente observando a vida na cidade, até que Jack falou:

- Você já parou pra pensar que mesmo próximos das pessoas, continuamos distantes delas?

Achei aquilo muito estranho. Esse não era o momento em que ele se inclinaria e me daria um beijo?

- ...

- Eu quero dizer, daqui de cima podemos ver as pessoas indo e vindo, mas não sabemos nada sobre elas.

Eu concordei com a cabeça, mas não falei nada, pois não sabia o que falar. Ele voltou a falar:

- Por exemplo, vivemos ao lado dos nossos vizinhos, mas de fato, nem sabemos quem eles realmente são, eles podem ser assassinos em série e nunca saberemos disso a não ser momentos antes de eles nos matarem. – tá legal, agora ficou sinistro.

- É agora que eu começo a correr e você me persegue com uma faca? – eu realmente estava pensando nessa possibilidade, quando ele simplesmente sorriu amistoso pra mim, como se aquela conversa nunca tivesse acontecido.


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⏰ Última atualização: Jul 23, 2018 ⏰

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