Best friends or lovers?

Justiça

Eu estava indo buscar as bebidas, o transito estava um verdadeiro inferno, então aproveitei para mexer em meu celular, porém estava sem bateria, então resolvi pegar outra rota por Vancouver, se tem algo que me estressa é congestionamento.

Um carro preto veio de frente com o meu, aliás ele estava na contra mão, forcei meus olhos para que pudesse ver o motorista e imediatamente o reconheci, era o cara que estava no pé da Jennifer, em um piscar de olhos tentei desviar, mas ele parecia me perseguir e deu em cheio na minha lateral. A partir daí, só me lembro da chegada ao hospital, de ter dito o endereço da casa e o nome de minha noiva bem distante obtive a resposta que o cara havia sido preso.

Quando acordei já estava no quarto, meu corpo estava dolorido por completo, uma perna engessada e aposto que o rosto não me deixou na melhor forma. Olhava a porta a todos os momentos, só pensava em tranquilizar Jen, meu coração já disparava de ansiedade e foi um alivio vê-la adentrar. Sua feição estava inchada, dos olhos verdes as lágrimas não cessavam, o cabelo amarrado, a roupa deslumbrante de festa, o barulho do salto alto com as joias, o olhar terno, preocupado a mesma medida que parecia aliviado.

Eu sabia que ela me amava, mas não imaginava que esse amor chegava a proporções tão grandes que não pudesse ser medido, que fizesse a pessoa mais centrada e controlada perder tudo que faz dela Jennifer Morrison, do quarto vinte e sete era possível ouvir seus gritos, quando ela perderia a postura calma e serena que sempre teve?

Eu tive que contar sobre Amaury, sempre dissemos um ao outro para nunca mantermos segredo entre nós, mas desejei nunca ter aberto minha boca após ver seu semblante preocupado. Já imagina o que passava por aquela mente enigmática que conhecia a fundo, Jen faria o que era preciso para não acontecer nada comigo, para eu não me machucar, mesmo que isso a partisse em um milhão de pedaços, ela se afastaria, pois sempre se preocupa mais com todos ao seu redor do que consigo.

- Colin, me desculpa eu nunca quis que você se machucasse. – disse enquanto pensava que eu dormia.

- Eu sei. – respondo entrelaçando meus dedos nos dela.

- Ei, achei que estivesse dormindo. – solta um riso de conta.

- Não consigo, ainda mais sabendo o que está passando nessa cabecinha. – digo apontando o dedo em sua testa.

- Em que estou pensando então?

-Está pensando em acabar com nosso noivado, pois sabe que Amaury sairá da prisão uma hora ou outra, porque é isso que você faz, protege a todos menos a você.

- Você realmente me conhece, nunca que suportaria outra vez um policial batendo em minha porta, dizendo que você se machucou ou que está morto, sabendo que eu posso te proteger disso tudo.

- Então você vai ceder as chantagens de um cara doente, quando deveria denuncia-lo por abuso psicológico e assédio? Eu jamais vou te perder por minha causa, na verdade não aceito te perder de jeito algum.

- Eu vou fazer a denúncia, mas o cara é influente e rico, duvido que dure muito tempo na cadeia.

- Vai haver justiça de um jeito de outro, nós vamos nos casar, ter nossos filhos e te garanto vamos ser muito felizes.

- Mas isso eu já sou. – sorri.

- Então vamos ser mais. – dou um abraço apertado

- Vamos. – corresponde ao abraço.

- Agora vou falar de algo muito importante, você está muito linda com esse vestido e meu deus que perfume. – começo a distribuir beijos pelo seu pescoço, rosto e boca.