Chapter 6

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Point of view — Emma Heard

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Point of view — Emma Heard

— Você só pode estar de brincadeira comigo, seu desgraçado — Eu continuo tentando o esbofetear, enquanto ele segura minhas mãos e mal se move do lugar que está. Fazendo minha raiva aumentar cada vez mais, por eu ser tão fraca e não causar nem o mínimo dano  nele. Seu rosto está impassível e seus olhos contém uma frieza absurda.

Como sequer ele aceitou isso? Qual benefício ele terá? Porque transformar minha vida em um inferno absoluto?

— Já deu — Ele praticamente grita em meu rosto, soltando meus braços com força logo em seguida.

Ele que vá dar ataque na casa do caralho, pois foi o mesmo que provocou todo meu ataque de histeria.

— Você é louco? Alguma espécie de torturador? Eu estava a um passo de convencer o papai de não prosseguir com essa loucura e você entra como se fosse o rei do mundo na minha casa e diz que aceita estar casado comigo. Por que fez essa merda?

Começo a andar como louca em meu quarto, respirando com muita força e tentando não pegar o abajur sobre meu criado-mudo e parti-lo em dois na cabeça desse caipira sem mãe.

— Não te interessa, bonequinha de plástico! E arrume logo suas tralhas que eu quero ir para casa.

Ele se joga na minha cama colocando as mãos atrás de sua cabeça e fica analisando meu quarto lilás com branco com total desgosto, foda-se a opinião desse desgraçado. Coloco uma mecha do meu cabelo que insiste cair em meu rosto atrás de minha orelha.

— Sai da minha cama, seu nojento — Realmente grito com toda a força que posso. Ele fecha seus olhos mostrando seu total desinteresse por eu estar agindo como louca.

— Somos casados, patricinha. Vai ter que me aturar por longos cento e oitenta dias — Ele boceja com toda calma do mundo, como se estivesse entediado. Pego meu sapato que está no chão e jogo em seu peito com força que tenho no momento. Olho-o com desgosto, pois era para ter pego em sua cara estupidamente idiota.

— Enlouqueceu, porra? — Ele joga meu lindo sapato pela janela, fazendo com que o mesmo caia no jardim.

­— Se eu enlouqueci? Você disse ao meu pai que aceita ficar casado comigo por seis meses. Cento e oitenta dias. Quem enlouqueceu aqui, Justin?

Passo a mão no meu rosto quando as palavras do meu pai soam em minha mente

“Pode arrumar suas coisas, Emma. Apenas levará seu carro e nada mais.”

Por mais que eu tenha tentado argumentar, tudo que ganhei foi o seu virar de costas, ele dizendo que está decidido e que nada o faria mudar sua decisão.

Jogo meu corpo sobre o tapete branco felpudo e enfio o meu rosto sobre meus joelhos, tentando de alguma forma acordar desse pesadelo em que me encontro. Por que mamãe teve que viajar a trabalho logo agora? Tenho certeza que ela jamais permitiria esse absurdo.

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