Chapter 7

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Point of view— Emma Heard

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Point of view— Emma Heard

Respiro fundo olhando a multidão de alunos entrando e saindo da faculdade. Faz exatamente vinte minutos que estou no estacionamento, dentro do meu carro, sem ter coragem de sair de dentro do mesmo.

Eu consegui transformar meu ano em uma loucura.

Era para eu estar agora com meu namorado dentro do prédio de pequenos tijolos amarelos, conhecendo os novos calouros e dando boas vindas. Era para eu estar feliz por ser uma veterana e olhando minha nova grade de aulas para o primeiro semestre, enquanto todos especulam qual será o tema da minha festa esse ano, torcendo para que eu os convide ao evento mais esperado do ano. No entanto, estou com medo de sair do carro e ter que encarar Benjamin e meus amigos.

Justin e eu mal conversamos, ele apenas disse que estava vindo para a faculdade. Entrou no minúsculo banheiro sem me dizer mais nada e deixou-me perdida dentro do pequeno trailer, sem saber o que fazer.

Olho para o espelho central do meu carro, fazendo uma careta ao ver minha aparência. Eu deveria estar deslumbrante hoje, não com um simples rabo de cavalo, usando a camiseta da faculdade, um jeans simples e a merda de um tênis. Desde quando eu, Emma Heard, uso tênis? Nunca. Eu considero saltos a oitava maravilha do mundo, eles deixam as mulheres mais elegantes.

Não me considero uma patricinha mimada como aquele caipira vive me denominando; eu apenas gosto de me arrumar e me sentir bonita, isso por acaso é errado?

Eu começo a me bater mentalmente por estar me importando com a opinião daquele ser repugnante, mas acontece que estou cansada, triste, sensível e tudo está me magoando.

Eu sei que, às vezes, sou mimada e quero tudo à minha maneira. Porém, nunca desfiz de ninguém ou humilhei. Tenho gostos e hobbies que poucos conhecem, contudo, ele não precisa saber disso, eu não devo satisfação alguma a ele.

Abro o porta luvas e pego o pequeno calendário fazendo um X na data de hoje. Eu vou marcar cada maldito dia, durante os longos seis meses, tendo em mente que logo todo esse pesadelo acaba.

Tiro a chave da ignição do meu Kia Sorento e saio do mesmo, acionando o alarme. Conforme meus passos se tornam mais pesados me aproximo cada vez mais do prédio B,  sinto-me demasiadamente nervosa. Ao longe posso ver Brandon, Ricardo e Blair conversando animados, meus olhos varrem os locais mais próximos e não avisto o Benjamin.

Onde ele se meteu?

— Olha a nossa recém-casada — Brandon abre os braços, me recebendo naquele peitoral cheiroso que sempre me acalenta, apesar de odiar a brincadeira, me aninho em seu físico magro. Brandon é meu melhor amigo homem e dono dos melhores conselhos do mundo — Tudo vai se resolver minha princesinha —  ele sussurra em meu ouvido, e eu escondo meu rosto em seu peito.

Ricardo e Blair estão em uma conversa fervorosa sobre as novas calouras e fico contente por isso, odiaria ser o centro das atenções e alvos de piadas.

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