Sabor do Amor

Capitulo 8 Clara

"Quis enganar meu coração, mas foi em vão, a verdade vem e não dá. Eu só penso em te encontrar..."

                                                                                             Mais do que Imaginei - Catedral

Desde o momento em que decidi ir a casa dele, não tinha mais volta, eu queria vê-lo, queria sentir o cheiro do seu perfume, ver seus olhos inebriantes eu simplesmente preciso respirar o mesmo ar que ele.

Um milhão de pensamentos passou pela minha cabeça quando encontrei com ele na porta do apartamento me esperando. Lindo, vestido confortavelmente numa calça de agasalho, uma camiseta justa que marcava seu peitoral e seus bicepes. Eu já não estava mais conseguindo pensar com a razão.

Ele me convidou a entrar, entrei, estou aqui porque só quero entender o que é isso que estou sentindo, se é fruto da minha cabeça ou se é recíproco. Vou embora. Decididamente vou para minha casa me enfiar num chuveiro gelado para passar esse fogo do inferno que está consumindo o meu corpo desde quando este homem me tocou.

- Nico, eu... Nem sei o que eu estou fazendo aqui.

Virei-me em direção a porta e senti a mão dele se fechando em meu braço e me virando com se eu fosse uma boneca de pano. Ele disse alguma coisa que o meu cérebro demorou em entender e foi ai que tudo se fundiu. Não tem mais saída, fechei os olhos e esperei.

Uma onde de eletricidade invadiu minha boca, mão passavam pelo meu rosto, meus cabelos, o abracei com todas as forças que eu tinha, sua língua invadiu mais e mais fundo em mim, os nossos corpos se encaixaram e eu podia sentir sua ereção e toda a energia que fluía de nossos corpos. Como pude ficar tanto tempo sem sentir esse prazer.

O beijo não terminava e eu nem queria que terminasse, eu quero mais e mais, por um segundo o senti afastar a boca da minha, mas logo me invadiu novamente. As suas mãos começaram a percorrer meu corpo, comecei a gemer sem perceber, estava a mercê dele, ele podia fazer o que quisesse comigo naquele momento, estou entregue!

Senti que ele diminuiu a intensidade do beijo e quando abri os olhos ele estava se afastando devagar, sem tirar os olhos de mim.

Fiquei encostada naquela porta, tentando controlar a minha respiração, mas é impossível. Ele se afastou me pegou pela mão e me conduziu até o sofá.

- Clara, antes de continuarmos precisamos entender o que está acontecendo entre nós. Vamos devagar ok? Não quero te assustar quero te conhecer primeiro.

Fiquei olhando naqueles lindos olhos verdes-esmeralda.

- Você tomou café da manhã?

Só consegui mexer a cabeça dizendo não.

- Senta ali na banqueta da cozinha enquanto eu preparo alguma coisa para comermos. O que você acha?

Ele pegou minha mão e beijou.

- Sim, vamos!

Sim, vamos devagar, vamos conversar, mas será que vou conseguir concentração na nossa "conversa"?

Ele me puxou, acomodou-me na banqueta da cozinha americana e mais uma vez beijou meus lábios. Um beijo doce, suave e calmo.

- Clara, desde o momento em que há vi passando no restaurante eu nem imaginava quem era você e muito menos que estava na mesa do Wess e da Michelle. Decidi que iria procurá-la de mesa em mesa até encontrá-la. Quero que entenda que não sou um homem de correr atrás das mulheres e nem de abordá-las porque as achei lindas, não eu simplesmente deixo acontecer. Mas com você foi diferente.