Prólogo

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Christian Grey

Subo as escadas, ignorando os gritos histéricos de Grace, mas ela faz questão de me seguir repetindo as meninas coisas até chegar ao meu quarto, porém, faço questão de trancar a porta em sua cara. Eu não estou a fim de ficar ouvindo-a, pegando sempre no meu pé, como se eu tivesse cinco anos, o que não eu não tenho! Eu sou bem grandinho e posso me cuidar.

Jogo-me na minha cama e pego meu fone e coloco nos ouvidos, aumentando o som do celular para ignorar os gritos de Grace. Depois de alguns minutos ela desiste, e acho que vai embora. Arranco meus fones e sento-me na cama, com uma leve dor de cabeça. Eu realmente não sei por que ela pega tanto no meu pé, não há motivos.

—Christian, abra! — Agora é Carrick, e pela sua voz seu humor não está dos melhores. — Vamos, ou você quer que eu mesmo faça isso?

Suspiro e esfrego meu rosto com as mãos e fico alguns segundos parado, apenas ouvindo Carrick bater com todo seu ódio na porta. Levanto-me e caminho vagarosamente, abro a porta e o pego com a mão levanta, fechada em punho, pronto a bater novamente.

— Mas que cheiro é esse? — Ele grita agarrando minha gola.

— Você veio aqui para ficar me cheirando? — Pergunto empurrando-o. Ajeito minha camisa e cruzo os braços.

— Sua mãe me contou o que você faz, Christian! — Ele diz de forma ríspida. — Você mandou aquele garoto para o hospital.

— Ah, obrigado por me lembrar disso. — Murmuro rindo levemente.

— Christian, isso foi irrefutável! — Carrick grita segurando meus ombros e eu o empurro novamente. — Você tem noção disso?! Você poderia parar e agir como uma criança.

— Irrefutável? — Digo rindo. — Irrefutável foi o que aquele merda fez, se metendo com a minha namorada.

— Você nunca se importou com aquela garota. Por que isso importa agora? — Carrick pergunta correndo as mãos pelos cabelos enquanto anda de um lado para o outro.

— Porque a minha imagem importa! — Grito perdendo o resto da minha paciência. — Você acha que eu vou deixar qualquer pedaço de merda sair agarrando a minha namorada e deixar isso para lá, Carrick? Me fale você.

— Eu não vou discutir! Amanhã mesmo você irá para a Inglaterra, eu estou cansado de ter que lidar com as suas infantilidades.

— Ótimo! Porque eu estou cansado de ter que lidar com você e a Grace fingindo que são bons pais!

Bato a porta e caminho novamente até a minha cama.

Não faz diferença mesmo. Estar aqui ou em um colégio interno. Eu sempre estive sozinho, nem mesmo a adoção de Grace e Carrick mudou isso. Eu odeio estar nessa casa, e a família perfeita que eles acham que nós somos. Apenas Mia e Elliot são os filhos perfeitos, eu não estou nem perto disso.

➳➳➳➳

— Christian, vamos, fale comigo! — Mia insiste batendo na porta novamente.

Depois de ter a conversa com Carrick, eu não saí do quarto, ele voltou, apenas para pedir que eu arrumasse minhas coisas, e eu o fiz, na verdade, é até um alívio ficar longe deles, longe de tudo isso. Menos Mia, eu até me dou bem com ela, ela sempre me faz visitas e conta sobre seu dia. Eu gosto de tê-la como irmã, e de ouvi-la mesmo quando é sobre garotos e eu queira mata-los.

— Por favor, não me ignore. — Mia sussurra e pela sua voz, ela está quase chorando. Suspiro e deixo minha mala de lado, caminho até a porá e abro encontrando minha irmã com os olhos já vermelhos. — Não foi legal, isso.

Amor Na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora