O Tal Felizes Para Sempre

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Capítulo 17

No caminho de volta para casa Ben e Safira pegaram um atalho para a clinica onde Aldo Saint tentava se erguer de todo vicio e amargura que lhe consumia. Ao vê-los juntos e aparentemente felizes, os olhos de Aldo se encheram de lágrimas e ternura.
Estava bem recuperado, mas temia sair, com medo de voltar a beber.

- Dois meses mais, filha - disse ele, olhando ambos tão juntos pareciam uma só pessoa. - Vou ser avô e agora não me parece estranho tudo o que Ben tenha feito. Estava em seu direito de julgar... Eu gostava do meu amigo.
Não percebi que minha declaração poderia condená-lo, porque sempre estive seguro de sua inocência. Por isso não pude suportar sua condenação e muito menos sua morte súbita... Eu conhecia muito bem seu pai Ben... Ouvi quando ameaçou seu vizinho, mas jamais considerei que pudesse matá-lo. Porém, estava sob juramento, e disse o que havia visto e ouvido. Não suportei o resultado. Mas, agora, desejo viver com vocês. E, para conseguir, necessito um pouco mais de tempo aqui.

- Papai, Ben e eu somos felizes. Não tenha medo de vivenciar isso conosco.

Aldo segurou a mão da filha e do genro junto a sua e indagou palavras sinceras:

- Ben é um bom homem filha, um homem de coração nobre e caráter digno. Não teve um dia sequer desde que vim para cá, que ele não viesse saber como estou, mesmo eu cego, o expulsando diversas vezes, ele sempre permaneceu firme. E Ben, fico muito feliz, digo de peito aberto, estou muito feliz que tenha encontrado em Safira o verdadeiro significado de uma Riqueza para um homem. A família, esse laço que vocês formaram juntos, esse bebê a caminho e esse sorriso de paz estampado no rosto de cada um de vocês, isso é ser rico, isso é ser feliz. Vocês tem a minha benção.

Ben e Safira se olharam com um sorriso largo e abraçaram Aldo.

- Desfrutem bastante essa felicidade e, quando eu achar que não voltarei mais a beber, irei para casa. Hoje compreendo muita coisa e estou agradecido a Ben, porque se não fosse ele comprar as hipotecas, a esta hora estaríamos na rua, filha.

- Era por isso que não queria que eu voltasse papai? - indagou safira com lágrimas nos olhos emocionada.

- Sim, filha, claro! Por isso, também, fui ver Ben. Temia que ele fosse longe demais com você, que não sabia de nada, que não tinha culpa de nada. Agora estou contente. Vendo -os juntos, os olhos brilhando de paixão, sinto-me revigorado para a vida.

- Nos Amamos, Aldo. Porém, confesso que antes estávamos nos ferindo. Eu, ao tomá-la à força por esposa, e ela, pela humilhação que me causava.

- Eu os abençoo e me alegro. Há males que vêm para o bem. Isso é o que importa. O resto não conta, por que não tem jeito mesmo.

- Vamos esquecer o passado, Aldo - sugeriu Ben, feliz, batendo amigavelmente nas costas do sogro. - vamos pensar no presente e no futuro. Asseguro-lhe que farei sua filha feliz. Não sei o que ela fez comigo, mas deixou-me perdidamente apaixonado, e ela também me ama, sabia?
- Riu. - O que esperamos agora é que se recupere e que venha morar conosco quando achar que esta bem, e seguro de que não vai ter uma recaída...

Aldo Saint tinha engordado. Estava robusto e cheio de vida. Olhou-os com os olhos úmidos de lágrimas.

- Dizem que Deus aperta, mas não sufoca, e isto é verdade. Eu os abençoo, Ben e Safira, minha querida.

Já no carro, a caminho da fazenda, Safira apertou o braço do marido com as duas mãos. Ben viu então que ela usava a aliança de ouro e o anel de brilhante.

- Você os colocou! - exclamou, satisfeito.

- Sim. Você me disse que eu o fizesse quando o aceitasse como meu marido, lembra-se?

Sentimento De PosseOnde histórias criam vida. Descubra agora