capítulo 14

91 36 9
                                    

Anos se passaram novas tecnologias foram criadas e hoje além de falar com minha filha eu a vejo, faz mais de 5 anos que ela me liberou de voltar para casa no seu aniversário para encontrar o seu pai, minha Lua se formou em medicina e é faixa preta em varias artes marciais, a menina que salvei a alguns anos atrás era uma das professoras dela, hoje minha Lua está namorando uma moça linda pouca coisa mais nova do que ela, ela não abandonou a Luana, segue morando com a avó, meus pais seguem visitando ela em seu aniversário, neste momento estou em uma chamada de vídeo com ela.

-Oi mãe!

-Oi sogra!

-Oi minhas lindas!

-Alguma pista?-perguntou minha nora.

-Nenhuma!

Falei desanimada.

-Onde você está mãe?

-Estou em komi Rupublic, na Rússia, te liguei pq vou passar alguns dias numa floresta virgem daqui a pouco, então posso ficar alguns dias sem te ligar!

-Ta bem mãe, sei que te liberei de meus aniversários, mas vou fazer 30 anos daqui umas semanas queria que estivesse aqui!

- Eu vou tentar ir meus amores!

-Te amo mãe!

-Também te amo filha!

-Tchau sogrinha!

-Tchau meus amores!

Joguei um beijo e acenei para as duas e desliguei a chamada de vídeo.
Vou seguir procurando incansavelmente por ele, meu peito ainda dói sem ele, ainda não perdi as esperanças.

Segui vagando e sempre procurando, um cervo almiscarado cruzou o meu caminho e meu coração acelerou, vaguei um dia inteiro e passei por bodes e outros cervos, será que estou no caminho certo, só sei que o meu coração acha que sim.

-Iago?!

A cada tantos metros eu gritava novamente, estava entrando no meio de umas árvores havia alguns cervos comendo entre as árvores, saltei em uma das árvores subindo até o topo, o local era muito grande dava para ver algumas cabras selvagens ao longe, então iniciava outra parte aberta livre das árvores, irei até lá, comecei a saltar de topo em topo até descer antes do final da floresta e segui a passo, ouvi um barulho.

-Uma filha dos Deuses, o que faz aqui?

-Ivã?

-Não, me chamo Ari e você?

-Sou Jasmin, desculpa ter te confundido!

-Normal, somos parecidos mesmo!

Ele falou rindo, olhando agora ele parecia mais novo do que Ivã.

-Quer ajuda?

-Eu estou a procura de um jovem, um humano, você viu algum por aqui?

-Não vejo um humano a séculos, mas o que um humano faria para estás bandas ?

Me sentei desanimada no chão da floresta, emocionalmente cansada, Ari se abaixou ao meu lado com a mão em meu ombro.

-Eu... eu já não sei mais onde procura-lo, achei que tivessem o deixado por aqui, é um dos poucos lugares intocado, já revirei o mundo varias vezes e nada!

-Sinto muito, mas nunca vi nada além de bichos selvagens!

-Tudo bem, vou seguir minha procura, só se passaram  pouco mais de trinta anos o que são mais alguns anos!

-Trinta? hummm.

-O que foi ? eu vi uma luz invadindo a clareira ao sul a mais ou menos esse tempo, acho que até um pouco mais não tenho muita noção, pois contamos o tempo pelos sabbats!

-Então posso estar no caminho certo!

-Talvez, mas nunca vi nenhum humano por aqui!

-Vou seguir procurando!

-Posso te acompanhar enquanto estiver na floresta?

-Fico feliz !

Ari era muito alegre, e me fazia sorrir com suas piadas sobre as ninfas, que pelo visto ele era apaixonado por todas, algumas partes do caminho Ari tocava uma flauta feita por ele de bamboo e me fazia inventar músicas, ele iniciava uma canção e me olhava para seguir uma rima, muitas vezes nós riamos por que nem sempre o que eu cantava rimava, mas ele tornou minha caminhada mais contente.

-Sabe, meu peito dói a tanto tempo, por ter perdido Iago, mas entre uma coisa e outra consigo me sentir alegre entre as dores e você tornou meu dia melhor e lhe agradeço por isso!

- Muitas vezes encontramos alegria na escuridão, por mais que não consigamos enxergar, podemos cantar e tocar!

-Verdade!

Eu havia contado quase tudo a Ari, só não contei sobre minha Lua, pois ele iria ficar protegida de todos, passamos duas noites e no terceiro dia estávamos caminhando por uma clareira, avistei um cavalo meio marrom, ele era lindo, o pelo brilhava ele estava ao longe e senti uma vontade enorme de ir até ele, comecei a caminhar em sua direção e Ari me segurou pelo braço.

-Jasmin, onde vai?

-Preciso toca-lo!

-Não esse animal é louco, nunca nenhum de nós conseguiu se comunicar com ele pois ele nos enfrenta!

-Mas eu preciso ir até ele, olhe como ele é lindo!

-É muito, mas muito selvagem também !

-Não mais do que eu!

-Você pode se machucar, ele machucou um tio meu que tentou se aproximar dele uma vez!

-Ele não vai me machucar!

-Eu... eu... acho que não à nada que vá te fazer mudar de idéia não é?

-Não!

-Vou esperar aqui então, se você vê que ele vai te atacar você corre pra cá!

-Tudo bem!

Desci uma pequena elevação do solo, e comecei a caminhar em silêncio até o animal, que pastava tranquilamente, até se virar e me ver, bateu o casco no chão relinchou e correu em minha direção, fiquei imóvel só a espera pelo atropelamento, a poucos metros de mim olhei para seus olhos e vi algo que reconheceria em qualquer lugar deste mundo, estiquei a mão e o cavalo esbarrou a poucos centímetros de me atingir, ele bufou em minha mão que estava esticada, e encostou sua cabeça em minha mão, eu alisei sua cabeça até chegar a parte mais arrendondada de sua cabeça senti meu coração acelerar, encostei minha cabeça na dele e sussurrei.

-Eu te amo! 

-Eu te amo! 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
a caçadora de sombras.Onde histórias criam vida. Descubra agora