Ele É O Diabo

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[Nova versão]

Kyungsoo era um garotinho tímido e pequeno demais pra sua idade, todos o tratavam como se fosse impotente e frágil, mas na verdade dentro daquela cabecinha várias coisas corriam soltas. Desde que começou a ter noção de alguns assuntos como certo e errado o garotinho tinha suas próprias conclusões do que fazer... E ele fazia.

Kyungsoo gostava de criar histórias, mundos novos. E em um dia chuvoso onde as pessoas se escondiam em casa pelo possível dilúvio que estava por vir sua mãe saiu com seu pai e deixou o pequeno em casa sozinho, e em um acidente horrível os dois morreram, Kyungsoo não sentiu nada sobre aquilo, ele não chorou, não ficou triste e não iria sentir saudades... Infelizmente o pequeno havia nascido sem sentimentos.

Em busca destes que o Do foi parar em um orfanato, mas lá não era seu lugar, não era ali que ele queria estar, o orfanato era um lugar onde ele não encontraria seus sentimentos ou inspirações. Aos 14 anos ele descobriu que podia sentir raiva e vontades um pouco peculiares, Kyungsoo gostava de ver as outras crianças se machucarem e por isso era um dos maiores causadores de problemas daquele orfanato o levando a apanhar severamente das mulheres religiosas que lá viviam.

- Ninguém nunca vai querer um moleque endemoniado como você. - Elas diziam enquanto batiam no garotinho franzino.

Quando Kyungsoo estava com seus 16 anos foi levado para um centro de reabilitação para jovens e de lá jogado em um manicômio, lugar onde pessoas com problemas mentais iam.

bipolaridade e psicopatia. 16 anos. Sexo masculino. 1,64cm. 56.6 quilos. Do Kyungsoo

Kyungsoo havia gostado do lugar, ele estava em casa afinal.

Lá ele encontrou pessoas de diversos tipos abrindo assim seu leque de possíveis estórias fazendo com que sua criatividade voltasse outra vez, todos os dias quando os confinados saiam para tornar um banho de sol o Do observava cada um deles novamente criando estórias paralelas.

O funcionário que vinha toda quarta e sexta limpar o quarto tinha várias histórias feitas pelo baixinho, o homem já havia sido um empresário famoso a o mafioso mais procurado do mundo. A enfermeira que trocava seus soros e remédios era uma cantora famosa, uma espiã, uma pirata sanguinária, todos os dias a história da mulher mudava junto a sua maquiagem escandalosa e penteados engraçados no cabelo.

O doutor Byun, também havia ganhado uma história assim como todos os outros médicos do local, mas diferente dos outros presos alí, ao funcionário e a enfermeira, os doutores e seus vizinhos dos quartos da frente e do lado tinham suas histórias interligadas ao próprio Kyungsoo, eram ficções bem elaboradas e que levavam tempo para serem feitas, com aquelas poucas pessoas que mal conhecia, o escritor desenvolveu seus pequenos sentimentos estranhos que faziam seu coração bater de um modo novo e irritante.

Eram especias de alguma forma, o Park com sua máscara tímida escondendo um psicopata perigoso, Luhan com suas alucinações, o enfermeiro DongHae das quintas e sábados com seu sorriso bonito, o doutor Oh com sua aura congelante, e ele aquele que lia suas estórias, que havia despertado seus sentimentos mais irritantes, o enfermeiro de cabelos cor de chiclete.

- Escrevendo? - Era o moreno outra vez, era a segunda vez que ele entrava no quarto do escritor naquele dia ou ele era muito corajoso ou muito burro, talvez um pouco dos dois. - Sobre quem é?

- Você. - O baixinho era uma pessoa de poucas palavras, ele gostava mais de agir. - E todos os outros.

- Alguém morreu dessa vez? - O enfermeiro Kim pegou três comprimidos e um copinho descartável entregando ao Do que deixou o lápis e o caderno de lado para poder pegar os comprimidos.

- Ninguém morreu, foi um romance água com açúcar... - Respondeu com indiferença, havia prometido para o moreno que ninguém morreria naquela nova estória.

- Posso ler depois? - O moreno perguntou checando a agulha na veia alheia. - Estou curioso. - Sua animação era quase contagiosa.

- Pode sim. - Falou, já se deitando na cama após tornar seus remédios, a agulha penicava seu braço de um jeito incômodo, mas tudo bem.

- E já tem outra história em mente?

- Eu sempre tenho. - Sorriu antes de fechar do olhos sentindo os efeitos dos calmantes.






Nota:

Eu vou escrever um extra um pouco maior contando como é a relação desse kyung com esse Jongin, obrigada por lerem até aqui, obrigada aos novos leitores e aos antigos por me darem uma chance.

E se você ficou super confuso até aqui, a historia desde o início foi pensada sobre o KyungSoo escrevendo uma história sobre ele e o Jongin, então você pode escolher entre a história terminar como a primeira versão do KyungSoo com TDI e o Jongin com perda de memória, A versão do KyungSoo casado com o Jongin e escritor de um romance meio auto biografia sobre ChanBaek ou esse fim aqui que é o que eu sempre tive em mente.

A tia ama vocês

Beijo no cu.

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