Maju.
Quase uma semana que cheguei de São Paulo pra Paraisópolis e eu confesso que morar aqui não é nada chato até que é legal tirando o fato de que tudo aqui vira fofoca rapidinho. Eu gostei dos passeios que fiz com a Lia pra conhecer o local é bastante bonito a favela não é feia tem a área mas nobre onde fica os bandidos e o tal do dono do morro e tem até essa, pensei que essas coisas só existia em historias, más parece que o cara manda na porra toda como eles mesmo dizem. Espero nunca ter que me esbarrar com ele já posso ate imaginar o cata feio e barrigudo que ele é que anda sem camisa pra cima e pra baixo que coloca fuzis nas costas e milhões de tatuagens no corpo, coisa de doido mesmo. Desdo segundo dia que trabalho no bar da Lia eu lavo a louça e as vezes sirvo e ainda vou faturar 500 reais por mês segundo minha prima. Descobrir também que a mesma tem namorado um tal de PH(Pedro Henrique), que só o vi de longe e parece que o cara só anda armado loucura, mas se ela gosta não tenham que me meter me nada.
Minha está ate boa ainda choro escondido todas as noites com saudades da minha mãe, más tenho que me conforma pois ela infelismente não vai mais voltar.
Hoje é segunda feira e eu estou me acordando as cinco e meia da manhã pra retorna minhas aulas que já estão no fim do primeiro semestre. Graças a Deus achei uma escola que me aceitasse nessa ocasião, pelo que fiquei sabendo eles só cobram o uniforme a parte de cima uma camiseta o resto você vai como quer, opto por uma calça jeans mesmo pra não chamar atenção já que não me achando longe disso, sempre tive um corpão nunca fui magrinha de mais, sou baixinha 1,55, peso 57quilos e tenho bastante bunda e minhas penas são grossas sempre fui assim acho que desdo meus 12 anos, como dizem uma menina num corpo de mulher.
Tomo banho e visto minha calça e a camiseta da farda do terceiro ano até que é legal, calço meu tênis branco e pego minha mochila da Rebeca Bombom roxa. Amo roxo.
Prendo meus cabelos num rabo de cavalo, escovo meus dentes resolvo lanchar na escola pra não me atrasar.Saio de casa e Lia ainda estava rocando do meu quarto dava pra ouvir tudo do meu quarto que é ao lado do seu. Esquece essa parte. Meu Deus quantos degraus ? Já sinto minhas costas arderem pelomenos agora é descendo e não subindo a volta vai ser pior Maju digo a mim mesma.
Cheguei na escola na qual fui ontem com a Lia pra conhecer e eu gostei muito ela é bacana é grande as cadeiras são intactas e água do bebedouro é gelada já que da minha antiga escola era quente abeça.
Minha sala é numero 8 do terceiro ano H pena que não peguei a A sou uma ótima aluna e logo eles irão perceber e me transferir de sala assim espero.
Adentro na sala à poucos alunos me sento na cadeira do fundo já que sou nova e as da frente devem está ocupadas. Tiro o meu caderno e lapis pra fora quando uma menina aproxima de mim.
--- Oi, me chamo Kelly e você ?
--- Maria Julia...
--- Vou te chamar de Maju, bem vim trazer meu caderno pra você pegar o horário --- senta na cadeira ao meu lado.
--- Obrigado.
Anotou tudo e devolvi pra ela a mesma parece ser bastante simpática e eu sinto que seremos amigas.
O sinal toca e adentra na sala um professor bastante idoso meu Deus já devia ter se aposentado, mas isso não é da minha conta.
Ele da bom dia e eu percebo que apenas eu respondo o mesmo sorrir pra mim enquanto o resto da turma me olha como se eu fosse um ET por ter dado bom dia, povo mal educado.--- Esse é o professor Chagas de Historia da pra perceber porque ele já é velhinho. Todo mundo chama ela de ancião pela idade --- Kelly diz baixinho pra mim ouvir e acho que devo ter sorrido.
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Ela É Do Dono Do Morro E Sempre Vai Ser.
RomanceDesde que Maria Júlia foi a Paraisópolis pela primeira vez ouvir de longe um certo cara na qual ela gostou muito nunca passou por sua mente que esse cara era o todo poderoso dono da porra toda. o famoso "Alemão. Aos 17 anos ela se ver sozinha depoi...