Capítulo 7

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  — Você engravidou a garçonete? — Killian balançou a cabeça em negativa, atirando-se para trás no banco do bar como se a notícia o tivesse atingido fisicamente. — Tem certeza? Quero dizer, nenhuma dúvida...?

Emma assentiu.

— Há um teste DNA em andamento, mas mesmo que não tivesse feito... tenho certeza.

— Um bebê. Como diabos isso foi acontecer? — E, diante das sobrancelhas erguidas de Emma, o amigo ergueu uma das mãos. — Não me diga. Sei como. Seu pai foi muito eficaz lhe passando todos aqueles "sermões" na época do colegial. Não consigo acreditar que esteja... nessa situação... agora. — E, dirigindo-lhe um olhar preocupado, acrescentou:

— Alguém mencionou que você está saindo com Fiona Murray e que o relacionamento parece ser sério.

— Antes de Regina aparecer em meu escritório, teria apostado dinheiro em um futuro com Fiona. Mas agora... — Agora, mesmo duas semanas depois, não tinha a menor ideia de qual seria o futuro das duas. A namorada não mudara em nada. — Ela quer fazer nossa relação dar certo. Propôs se casar comigo e adotar a criança.

— Generosa.

— Se Regina estivesse considerando a possibilidade de abrir mão do bebê, mas nem por um segundo ela aventou tal possibilidade.

Emma se recordou do momento em que a morena a surpreendera observando sua cintura fina e a acusara de estar pensando em ficar com seu bebê. Cedendo mais uma vez ao sorriso reincidente que se estampava em seu rosto todas as vezes que se lembrava da expressão ultrajada e acusatória de Regina, ela ergueu uma das mãos. — Ela será uma mãe maravilhosa. Dá para perceber.

— Fiona?

Emma percebeu o olhar do amigo e a pergunta sutil, não verbalizada por trás daquela.

— Regina. Mas, sim, tenho certeza de que Fiona também seria.

Killian fez movimentos circulares no copo.

— Mas você não vê essa possibilidade.

Pior ainda. Nem ao menos havia cogitado aquela possibilidade. Fiona lhe propusera dar uma chance as duas, mas, até então, não conseguira tempo para ficar com ela.

— Estive tão focada em Regina que não me sobrou muito tempo para mais ninguém ou nada mais. Ela está vivendo em São Francisco e estou tentando convencê-la a se mudar para cá. Mas ela é... teimosa. Acho que pretende se mudar, mas não antes de o bebê nascer. Ela tem um emprego e... — Emma fez que não com a cabeça. — E parece que a questão do emprego é muito importante para ela. Mas não vou desistir. Quero-a aqui. O mais rápido possível.

— Será que estou mal informado sobre o trabalho de garçonete? Que diabos de emprego ela possui que você não possa competir com ele?

Emma se recostou para trás na cadeira e deixou escapar um suspiro frustrado.

— Um que ela arranjou com o próprio esforço.

A compreensão se estampou nos olhos de Killian.

— Ela sabe quem você é, certo?

— Regina não se importa com quem eu sou. — Emma passou uma das mãos pelos cabelos. — Ela se nega a aceitar qualquer quantia em dinheiro até que o bebê nasça. E, droga! Aquela mulher é muito independente... e teimosa.

Killian franziu a testa e deslocou a mandíbula para o lado. Emma o encarou com expressão furiosa.

— Não é o que está pensando. Mesmo se não existisse Fiona. Ambas concordamos, em termos inequívocos, que nenhuma de nós está interessada em retomar as coisas de onde paramos. Regina é para mim a pessoa mais importante na vida da pessoa mais importante da minha. Nosso relacionamento se limitará a essa criança e terá de ser amigável para o resto da vida. O que significa que há muita coisa em risco para perdemos tempo com um caso que poderá terminar mal.

Consequências SwanQueen G!POnde histórias criam vida. Descubra agora