A descoberta

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Quando o sol surgiu no horizonte despertei e fiquei a espera do que eu nem mesmo sei dizer. Me mantive escondido por um pouco de tempo, quando já estava prestes a desisti vi algo surgindo nas águas, logo me abaixei novamente e fiquei prestando atenção.

Foi quando vi aquela bela criatura, senti medo ao mesmo tempo que curiosidade mas estava feliz por saber que não estava mas sozinho ali, ela emergiu só até metade de sua cintura perfeita. Tão bela seus cabelos estavam molhados mas poderia dizer que eram castanhos puxados para um cor de mel meio alaranjado,seus olhos acinzentados sua pele branca que brilhava com a luz do sol, seus lábios tão vermelhos quanto o rubi.

Ela segurava em suas mãos três peixes em tamanhos médios que ela logo lançou sobre a areia.

Eu estava tão perplexo com sua beleza que nem percebi que saia do meu esconderijo, quando ela terminou de lançar os peixes olhou em direção da mata e me viu em pé, com os olhos arregalados em minha direção mudou seu semblante de sereno para assustado e logo emergiu nas águas plácidas eu corri até a areia e gritei:

- Não vá por favor. ..- Fiz uma pequena pausa analizando se deveria pedir isso e depois continuei - volte não te farei nem um mal.

Mas nada aconteceu, me abaixei e apanhei os peixes os limpei e volte para a caverna assei os peixes e logo os comi não iria esperar pelo lagarto novamente, fique alguns minutos parado pensando no que eu havia visto e deduzi.

Sereia...sereia....

Essa palavra ecoava em minha mente porque pensava que eram apenas lendas, mas se elas realmente existem eu bem sabia o que elas deveriam comer.

Humanos...
Engoli em seco nesta hora mas logo me tranquilizei pois se ela quisesse realmente me matar já teria feito, eu precisava de respostas mais que nunca precisava sair dali então crie um plano.

Dei uma longa volta em torno da praia em busca de algo que pudesse me ajudar e encontrei algo perfeito uma rede de pesca bem velha com certeza já estava ali a muito tempo mas ainda dava para usar.

Que tal pescar uma sereia?
Pensei, e será nesta noite.
Quando estava para escurecer entrei na água morrendo de medo com certeza.

Estendi a rede puxando com uma tira imensa de cordas da minha jangada destruída, puxei até a mata e esperei pois sabia que não iria demorar para aparecer.

Foi quando ouvi novamente aquela canção, terrível canção que eu bem sabia o que queria dizer logo peguei no sono acordei na manhã seguinte me levantei em um salto os peixes já estavam sobre a areia e a rede toda enrolada jogada no meio da praia, fiquei bravo na hora que vi me a proximidade da rede e a peguei e tive a impressão de ter ouvido uma risada leve e irônica não exitei e logo falei:

- Está achando engraçado? Você não perde por esperar.

Me virei de costas para sair quando senti algo bater em minhas costas quando me virei e olhei para o chão vi uma pedrinha redonda e cor de rosa mais ou menos do tamanho de uma azeitona,e me abaixei e peguei a pedra e quando me ergui ouvi aquela mesma risada de novo.

- Você está querendo me provocar? Esta bem, vamos ver quem vai ganhar.

Sai rindo como se estivesse brincando com algo normal. Voltei para caverna e esperei escurecer.

Quando a noite caiu fui até a praia fiquei escondido atras das arvores em frente para o mar na area onde eu vi aquela criatura pela primeira ou pela segunda vez, fiquei esperando quando a lua atingiu seu ápice tive a impressão de ouvir vozes vindo das águas fiquei escondido e ouvi com um pouco de dificuldade o que elas diziam:

- O que você está fazendo aqui? Sabe que é perigoso ficar perto da praia quando o mar avisa que haverá uma tempestade?

E logo a outra voz respondeu.

SOBRE AS ONDAS DA PAIXÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora