Revelações ||

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Quando cheguei lá vi siryna encostada de um lado da cachoeira tremendo de medo eu diria e do outro lado uma onça pintada está parada olhando para ela e batendo com uma das patas na água.
A onça ainda não havia me visto mas siryna sim olhei para ela e perguntei:
-então agora quer a minha ajuda?pensei que ia ficar aí até o dia da ''grande cheia''.
Falei eu zombando dela, ela apavorada disse:
-por favor me ajude.
Eu era muito debochado mas sempre soube aproveitar uma boa ocasião.
-ajudo com uma condição.
-qual?
-me ajude também.
-se me salvar,falarei tudo o que sei, isso lhe será suficiente.

ela fala em um tom assustado,eu então empunhei a espada e sai de detrás da arvore e tentei chamar a atenção da onça,dizendo:

-ei gatinho vem aqui.

balancei a espada no alto enquanto gritava,logo consegui chamar a atenção do animal que veio com tudo para cima de mim,quando ele pulou em minha direção eu cai no chão apontando a espada para cima o que consequentemente quando a onça pulou,a espada a atravessou,eu joguei aquele corpo morto para o lado e me levantei olhei para siryna que me olhava atônita,me abaixei e peguei a onça morta em meus braços tentando não me sujar com o seu sangue,me virei para sair quando ouvi siryna falar:

-para onde vai?

olhei de relance para trás e respondi :

-colocar la na caverna e alimento para mais de três dias se não estragar,já volto para te tirar dai,apesar que não entendo como uma criatura que nem você pode ter medo de uma simples onça.

não esperei para ela me responder e continuei andando, cheguei na caverna e sem pressa nenhuma limpei a onça tirei a pele as tripas joguei no mato.peguei alguns gravetos e coloquei encostado na parede e pendurei a carne nele,deixei na direção da fumaça e sai,voltei para a cachoeira,siryna se aproximou da borda e estendeu os braços para que eu conseguisse pegá-la, me aproximei e a puxei,quando as belas pernas lhe apareceram,eu a tomei em meus braços,devo admitir que estava ficando excitado,pois ela estava nua,sabia que ela nao era humana mas se parecia com uma.
Cheguei na caverna e a coloquei deitada sobre a cama de pedra,assim que a deitei me virei de costa tentando acalmar meu ânimo,siryna olhou para mim e falou:
-obrigada por me ajudar .
-disponha.
Me virei de frente para ela,ela estava descoberta ainda,me aproximei e sentei do lado dela,ela se ergueu com um pouco de dificuldade e se sentou também,com sua mão tocou a minha face e disse:
-você e interessante.
Falou sorrindo.
-como assim interessante?
Perguntei,ela aproximou seu rosto bem perto do meu,senti meu coração disparar,quando pensei que ela ia me beijar,mas ao invés disso ela beijou meu pescoço o que me causou um arrepio,foi quando ela colocou sua mão por dentro de minha calça e tocou em meu intimo,eu fechei os olhos quase delirando enquanto ela o flexionava,não aguentei aquela tortura,a empurrei bem devagar e a deitei,retirei rapidamente minhas roupas,e me deitei sobre ela,tentei beijar seus lábios mas ela virou o rosto,curioso me ergui um pouco e perguntei :
-você não quer me beijar?
Ela me olhou sorrindo e respondeu:
-não posso te beijar.
-por que não?pensei que quisesse fazer amor comigo.
-fazer amor o que e isso?
Senti vontade de rir mas me controlei e em seguida perguntei:
-ta então como se chama isso que você quer fazer comigo?
-se chama de coabitar,quero me unir a você,por um pouco de tempo.
-entendi,e não pode beijar por que?
Ela olhou para cima respirou fundo e respondeu:
-quer para de perder tempo,depois eu te explico.
Ela tocou em torno de meu pescoço me puxando,beijei seu pescoço enquanto afagava seu seios,senti que ela estava gostando,logo a penetrei lentamente,e comecei a comprimir meu quadril com o dela,quando nós estávamos prestes a atingir o auge do prazer,ela liberou um gemido estranho quase assustador,mas entendi que aquele era o sinal que ela havia gostado,ao terminar me deitei atrás dela ela se virou e deitou sobre meu peito.
Nenhum de nos falamos nada ficamos em silencio por pelo menos uns vinte minutos,ate que decidi falar:
-você já fez isso antes?
-não.
Ela respondeu em tom baixo.
-não isso e serio?
-e eu nunca coabitei com um mortal antes.
-e você gostou?
-não a palavras para descrever.
-mas um sim ou não e suficiente para mim entender.
-a resposta e sim meu marinheiro.
Eu sorri,logo pegamos no sono,na manha seguinte logo que acordei me vesti e reacendi a fogueira,assei a carne que havia deixado lá,não assei
Tudo deixei uma boa parte crua para siryna,ela acordou olhou para mim e sorriu,eu sorri em retribuição e falei:
-bom dia.
-bom dia.
-quer comer.
Levantei e estendi a carne em sua direção,ela se sentou apanhou a carne e comeu.
-quer ir para a cachoeira ?
Perguntei.
-quero,Will posso te fazer um pedido?
-faça se eu puder atender.
-me ensine a caminhar igual a você.
-por que quer aprender?por um acaso pretende ir andando ate o mar?
Falei meio irritado,percebi que ela ficou triste quando eu disse isso,me aproximei e falei.
-não sei se posso te ensinar isso mas posso tentar.
Ela sorriu,devo admitir que amava ver aquele sorriso.
-venha coloque um de seus braços em torno de meu pescoço.
Ela obedeceu,fiz com que ficasse de pé e falei:
-e assim um pé depois do outro.
Ela olhou para mim e para o corpo dela,entendi que ela estava incomodada por estar nua,então coloquei a sentada novamente,tirei minha camisa e vesti nela fechei os botões,coloquei o braço dela em torno do meu pescoço novamente e fomos ate a cachoeira,quando cheguei lá coloquei ela sentada em uma das pedras retirei a camisa dela,ela se lançou na água,eu me sentei na pedra onde ela antes estava,ela nadou e se aproximou de mim e eu falei:
-siryna você me prometeu contar tudo o que sabe.
-eu sei.
-vai me contar?
-vou.
Ela me respondia como se estivesse triste,mesmo assim perguntei:
-o que sua rainha quer comigo?
-ela quer coabitar com você.
-o que?
-e isso a cada três anos nossa rainha pode sair do mar e nesse período ela manda que nos suas filhas saiamos para buscar alimento e um marinheiro,que tem que ser trazido em segurança e deixado em uma ilha,esse marinheiro no caso você e usado para reprodução de novas sereias que e como vocês nos chamam.
- esta bem, e depois disso?
-ela ira gerar uma nova sereia.
-e eu o que acontece comigo?
-quer mesmo saber?
-quero
-Ela vai te devorar,pois você não será mas necessário.
-o que!
Gritei assustado.
-siryna você precisa me ajudar a sair da qui.
-não posso Will.
-você disse que eu era seu marinheiro,não vai sentir saudades minhas se ela me devorar nunca mais vai me ver!
Falei um tanto assustado.
-não sei o que significa sentir saudades Will.
-o que você sente quando ouvi eu falar do mar?
-vontade de voltar para ele.
-você se sente triste por não poder ir?
-sim.
-isso é saudade siryna,então você sentira a minha falta!
-que diferença vai ter se eu te ajudar a sair da qui nunca mais vou. Velo do mesmo jeito?
-então prefere me ver morto a me ver livre,e a uma diferença,eu vivo posso voltar para você.
Tristemente falei,nunca pensei que ela pudesse ser tão egoísta.
Mas precisava convence-la a me ajudar então mudaria de tática será que sereias sentem ciúmes,era isso que eu iria tentar agora então falei:
-mas e essa sua rainha e bonita pelo menos?
-a marinheiro por fora todas somos,mas não sr engane eu sou metade humana e metade criatura,mas minha rainha e criatura por completo.
-então quer dizer que ela tem cara de peixe?
Falei com cara de nojo,Siryna sorriu e respondeu:
-não de peixe mas imagine a criatura mais orenda que você já viu ela e pior,mas não se preocupe ela se mostrará verdadeiramente linda para você.
-matarei ela assim que vela pisar na areia.
Falei bravo.
-você não conseguira resistir a ela ou se esqueceu do que somos.
-deve haver uma forma de resistir a vocês.
Quando disse isso Siryna olhou para o lado,então ai entendi que havia uma forma de resistir a elas e Siryna sabia como.

-Siryna a uma maneira não ha?

-sim há, mas se eu te falar você não vai desistir ate conseguir.

-por que você faz isso você pode me ajudar mas não quer,finge gostar de mim mas age de forma tão egoísta,você e fria e sem coração bom o que esperar de uma criatura.

falei irritado,ela parecia magoada e quando eu abri minha boca para continuar os meus insultos ela se ergueu nas aguas e abriu sua boca mostrando seus dentes de tubarão eu me assustei e cai no chão pensei que ela fosse me devorar mas ao invez disso ele mergulhou para o fundo da cachoeira,eu me levantei irritado e fui para a praia e fiquei por lá sentado na areia,pensei por um longo tempo sobre tudo e cheguei a conclusão de que já que eu ia ficar aqui para sempre pelo menos tentaria ter os melhores momentos da minha medíocre vida,me levantei limpei a areia que havia grudado atrás da calça,dei um leve suspiro e voltei para a cachoeira,já estava entardecendo,quando cheguei lá vi siryna ela estava distraida olhando as borboletas voando sobre o topo da cachoeira,ela não percebeu quando cheguei então falei:
-são lindas não são?
Siryna virou rapidamente para trás e mergulhou rapidamente eu estendi a mão dizendo:
-não vá,espere,eu..quero falar com você.
mas ela ficou lá parada no fundo das aguas,eu meio chateado me sentei atrás da pedra e me recostei na pedra,e tive uma ideia ja que o fato de eu ter sido trazido para cá era por que me ouviram cantar então comecei a cantar a canção que minha mãe sempre cantava para mim,era bem assim:
-com o amor que te dei,com carinho toquei ,bem no fundo do seu coração,te peço então o meu bem que me de também todo amor que esponho nessa canção.
Enquanto eu cantava nem reparei que siryna se aproximava,só percebi quando senti sua mão gelada me tocando me ergui e me virei para ela,ela se afastou e foi para o meio das aguas ela olhou para mim e falou:
-o que quer Will?
ela falou de maneira seria.
-pedir desculpas,fui muito rude com você e...
fiquei sem palavras,ela me olhou e respondeu:
-tudo bem,eu ti perdou.

SOBRE AS ONDAS DA PAIXÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora