Meu amor

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Ela abre sua boca surpresa mas rapidamente disfarça dando um sorriso.

- Esse é Christian Price, um grande parceiro. - Sérgio diz.

- Muito prazer, Senhor Price. - Lindsay fala como se nunca tivesse me visto - Como vai o senhor? - Seguro a risada.

- Oras, não precisa de tantas formalidades Lindsay! Sérgio falou tanto de você que sinto que já somos íntimos. - digo e dou uma piscada.

- Calma aí amigo, nenhum homem é íntimo da minha filha a não ser eu. Minha filha ainda é minha princesinha e vai continuar longe de homens por muito tempo.

- Pai, o senhor é um amor. - ela fala meiga.

- Sem problemas, não imaginei que o meu comentário o tiraria do sério. - me desculpo e resolvo provoca-la um pouco - Aliás, sua filha é linda mas não faz o meu tipo. Muito nova.

- Realmente papai, eu não ficaria com um velho. Acharia nojento já que tem quase a idade do senhor. - Ela acha que sou velho? Vou mostrar para essa garota quem é o vovô aqui.

- Essa menina tem a língua afiada. Você, Christian, poderia ter dormido sem essa. - Sérgio comenta rindo - Só para constar que eu não sou tão velho, 55 anos ainda... Bom, estava falando com Christian que você não sabe o que fazer, em relação a trabalho... - vejo ela revirar os olhos.

- Não precisa sair contando essas coisas, pai.

- Já falei, ele é um grande amigo. E como é mais jovem poderia te ajudar.

- Quando eu tinha a sua idade... - começo - Eu também não sabia se queria seguir administrando a empresa do meu pai, mas, como fui obrigado...

- Como assim?

- Meu pai morreu então tive que tomar conta dos negócios já que sou o filho mais velho. - explico.

- Sinto muito.

- Foi uma fase difícil. - afirma Sérgio que parecia estar relembrando de algo - Nós éramos amigos.

- Mas, você Lindsay, tem muitas opções. - mudo de assunto - Gerenciar uma das empresas mais fortes no mercado não seria uma boa?

- Não sei, não levo jeito. Queria algo mais simples. - Apesar de tudo ela me surpreende, a maioria das mulheres que têm o pai dono de empresas não pensam duas vezes em gerenciar as empresas só para manter o dinheiro entrando em seus cartões.

- Algo simples... Você tem que se decidir logo, pelo menos isso. - Ele diz grosso e ela revida.

- Se eu soubesse já teria escolhido. Vou lá fora, respirar ar fresco. Com licença. - ela diz e sai de lá brava.

- Desculpe por isso, eu queria que ela tivesse uma vida boa. Só isso. - Sérgio diz e eu concordo com a cabeça.

- Eu entendo o senhor. - digo - Vou respirar ar fresco também. - ele concorda e se afasta. Vou para o jardim em busca de Lindsay e a vejo sentada em um banco.

- Sérgio não quis te magoar. - falo mas ela não me olha. Pego uma flor e paro na sua frente - Você é muito linda para ficar triste. - falo e entrego-lhe a flor.

- Christian... - ela diz, e eu presto atenção em seus lábios rosados - está tentando me cantar depois de falar que não faço o seu tipo?

- Eu não sou bom com isso e naquela hora seu pai iria voar em cima de mim, sabe disso. Mas, você realmente é nova. - digo tentando não parecer tão internado já sendo. Sento-me no banco mas mantenho certa distância.

- Sabe, eu posso parecer jovem e minhas atitudes podem parecer de adolescentes que saem para beber e dão em cima de caras velhos... - dou um sorriso - Mas eu me considero uma pessoa madura o suficiente e Jorge poderia muito bem deixar eu cuidar da minha vida sozinha.

- Poderia mas ele te ama muito e quer o seu bem.

- Você é um completo puxa saco. - dou uma gargalhada, se eu a queria deveria começar puxando o saco do futuro sogrão.

- Lindsay Woods... - digo sorrindo observando as flores.

- Christian Price... - ela se vira para mim - Não precisa manter essa distância - fala - eu não mordo. - Suspiro e levanto-me estendendo a mão para ela que a segura e puxo seu corpo para que fique próximo ao meu.

- Você pode não morder, boneca, mas eu mordo. - digo e ela sorri.

- Senhor Price... - ela sussura - Acho que poderia provar que realmente faz isso. - se vira saindo rebolando com sua linda bunda me deixando com de vontade de mostrá-la que vai se arrepender de ter me provocado.

Vou embora o mais rápido dali.

Chego em casa e olho alguns e-mails da empresa mas não consigo me concentrar, eu precisava da Lindsay. Quando me separei de Vanessa falei que não deixaria outra mulher mexer comigo desta maneira mas essa... Passo as mãos pelos cabelos.

Tomo uma banho gelado e deito-me na cama. No que eu penso? Lindsay. Estou ficando maluco. Vou ligar de uma vez para ela. Pego o celular e disco o seu número, ela não demora muito para atender:

- Isso são horas de ficar ligando para os outros? - pergunta irritada e eu dou um sorriso.

- Woods pare de ser tão estressada, vai ter cabelos brancos antes mesmo de mim.

- Eu estou exausta, estava quase dormindo... - ela faz drama e eu ignoro.

- Eu só queria te convidar para um jantar amanhã. - falo sem rodeios.

- Um jantar? - pergunta.

- Me sinto mau por ter sido invasivo com você no evento, quero recompensa-la. - ouço sua risada gostosa. Se ela pode jogar sujo eu também vou.

- Tudo bem. - ela aceita - Vamos jantar então, por favor, um lugar não muito agitado.

- Ótimo, estarei aí às 21:00. - digo e desligo.

Amanhã eu irei mostrá-la como é "nojento" ficar com um homem com a idade próxima do papai.