Hopeless

Capitulo IV - Tensoes

Quando finalmente consegui fazer a Hanabi parar de chorar, deitei no sofá e a pus em meu colo, lhe dando o carinho e o conforto que ela precisa nesse momento, beijando sua testa e acariciando seus cabelos com meu queixo, enquanto lhe faço cócegas.

— Aí, Kono, para! - sorri, beijando sua bochecha, abraçando-a melhor enquanto ela se vira pra mim. - Tem certeza que está tudo bem? Digo, entre nós? - assenti positivamente, podendo ver o alívio em seus olhos.

— Eu não tenho nenhum anel, nem muito para te dar, mas eu tenho bastante amor e carinho para dar a vocês e prometo estar sempre ao seu lado! - disse enquanto segurava seu rosto com a mão direita, limpando sua lágrima de emoção e recebendo o beijo doce que ela deu em meus lábios.

— Não sabe o quão feliz eu fico sabendo que, apesar de ser quase que o fracasso em pessoa, eu consegui o melhor pai pro meu filho! - sorri com seu comentário, é bom conseguir ser o melhor em algo para alguém. - Mas o que vamos fazer agora? - bem...

— Será complicado, não estava nos meus planos ter um bebê agora, teremos que ver se conseguimos criar uma criança nesse apartamento, preparar as coisas e mais esse monte de coisas desesperadoras, mas vai dar tudo certo! - curioso, acariciei seu ventre, sentindo algo diferente aqui. É algo especial, encantador. - Sabe quanto tempo? - ela negou, confusa.

— Eu não sei ao certo, mas há uns dois meses eu não menstruo... Eu não sei como aconteceu... - ela parece chateada, suspirando pesado e desviando seu olhar do meu. - Eu não cuido nem de mim direito, imagina se eu... - ergui seu rosto para que ela olhasse mais uma vez em meus olhos, a fazendo calar com tal atitude.

— Você vai ser uma mãe maravilhosa pra essa criança e eu sou o cara mais sortudo do mundo de ter você como mãe de um filho meu. - disse vendo ela lentamente adormecer, talvez seja pelo cansaço comum à essa fase gestacional. A levei para a cama, deixando-a o mais confortável possível. Acho que preciso de uma cama maior, assim como de mais espaço. Deixa eu ver... Acho que podemos pôr um berço aqui no canto, ou melhor, podemos fazer um quartinho de bebê onde fica a lavanderia... Bem, vemos isso depois, acho que agora ela me quer ao seu lado. Assim que deitei ela me abraçou, acho que gosta de dormir sentindo meu cheiro, meu calor, que estou com ela, e eu acho isso bonito. É muito bom saber que é importante a esse ponto pra alguém! Receber uma notícia dessas é uma surpresa e tanto, mas é uma surpresa boa, apesar do susto. Os dias rapidamente se passaram, nos acostumamos e muito com a gravidez da Hanabi, que já começa a dar sinais de que tem uma criança em seu ventre. As vezes me pego acariciando sua barriga, pensando em como será o rosto de nosso filho ou filha, se seremos bons pais, se fracassaremos em criar esse bebê, se lhe deixaremos faltar amor, mas logo ela me beija, me abraça e seu sorriso me faz esquecer todas essas preocupações.Ainda fomos à primeira consulta pré-natal, onde nos emocionamos ao ouvir o coração de nossa filha, sim, uma menina que ali existe há 3 meses e meio, ou seja, desde quando éramos apenas amigos com benefícios. - Você não desc...

— Ela é minha, eu sei disso! - disse sorrindo, acalmando suas estrelas que até mesmo tremiam, sendo retribuído com um abraço. É algo tão surreal que se não fosse eu a sentir esse carinho, certamente duvidaria de sua existência, um amor puro por alguém que ainda nem conheço e já tem uma lugar VIP no meu coração. Com o que tínhamos, conseguimos ao menos comprar roupas, mamadeiras e fraldas, um pequeno roupeiro, um bercinho bonito e algumas cortinas, assim como latas de tintas rosa, exigência dela, que está aqui comigo onde ficava a lavanderia, ajudando com o pouco que pode fazer, apesar do cheiro da tinta lhe enjoar.

— Olha como fede! - travessa, ela pintou o meu nariz e eu pinguei um pouco da tinta em seu cabelo. - Como ousa? - sorri diante de sua careta de brava e ela continuou a pintar meus braços, só parando por conta do desperdício de tinta. Não ficou muito bonito, mas aos poucos acho que podemos melhorar. Já vendemos seu carro e, assim que voltarmos de viagem, venderemos o meu, pois precisaremos de muito dinheiro quando nossa pequena nascer. Por último, no berço pus um mobile de estrelas, que quis trazer para que ela, até mesmo dormindo, tenha contato com o carinho da Hanabi, que negou com a cabeça. - Você sempre me surpreende com essas coisas...