Capítulo 4

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"Cinderella volta pro castelo bem mais tarde, fica até tarde, fica até tarde - Anitta"

Tainara

Depois de tanto reclamar dentro de casa, para bruxa má me deixar sair, enfim ela me liberou. Com tanto que eu voltasse antes da meia noite.

De gata borralheira virei princesa agora, ver se pode?! Isso acontece porque a minha mãe não gosta da minha aparição em público, tenho certeza que se descobrirem que ela tem uma filha os planos dela acabam. Já ela alega que  "é  somente cuidado" por aqui ser perigoso em dias de baile.

[...]

Termino de lavar a louça, enxugo e logo depois as guardo. Desligo o som antes que ela chegue e reclame. Ainda estou sem meios de comunicação e vejo que vou ficar um bom tempo sem.

Não foi terminar de pensar na minha querida mamãe que ela chega.

Giselle: Que  raiva! - chega cuspindo fogo

Tainara: O que aconteceu, mamãe querida? - uso meu melhor tom irônico

Giselle: Não começa Tainara, não começa!

Tainara: Fiquei preocupada agora - banco a sonsa.

Giselle: Problemas no trabalho e com sua irmã.

Tainara: Minha irmã? - Thais é a única que presta, mas não temos uma relação muito próxima a alguns anos por conta da distância. Conversamos toda semana, mas a mais de 8 anos não a vejo.

Giselle: Ela chega daqui uma hora e quer ficar aqui em casa, dizendo que a casa também é dela. - fico tão feliz que nem me importo com os argumentos que ela vai dando sobre a casa ser somente dela - Passe as regras para ela e não quero assunto sobre o pai de vocês, vou da uma semana pra ela se organizar e achar um lugar. Isso pela consideração de ter criado ela.

Tainara: A casa também é dela, você sabe disso mas se faz de sonsa- murmuro, mas ela não escuta.- Giselle? Você não tem consideração por meu pai? Ele foi seu marido durante 20 anos.

Ela se levanta e sai para quarto dela, provavelmente indo dormir e me deixando falar sozinha.

Vou para o meu e tento dormir também, porém perguntas agora rodeiam minha mente. O que a Thaís veio fazer aqui? Logo nesse fim do mundo.
Me levanto outra vez ansiosa e começo a bagunçar todo meu guarda roupas, atrás de uma roupa para o baile. Ultimamente não encontro nada que eu me sinta bem. Passo horas e horas ali na mesma situação, jogo tudo na cama e começo de novo a procurar...

Alguém bate na porta e corro para atender, olho para ela que continua linda, só está com um pouco mais de massa já que saiu daqui magrinha.

Thaís: Oii Tata - me abraça forte e eu nem sei explicar o tamanho da minha felicidade - Você cresceu e se parece comigo.- sorriu e uma lágrima desce do seu olho. Ouvir que eu "cresci" é uma raridade, ja que sou minúscula.

Tainara: Entra - lhe do espaço e no meu rosto ainda brilha um sorriso do bozo- sentir saudades suas Thaís - falo um pouco sem jeito.

Ela puxa as malas e  eu aponto para o quarto, então ela me acompanha.

Thaís: Que bagunça hein? - coloc em um canto e continua me olhando dos pés a cabeça

Tainara: Tô procurando um vestido para ir ao baile. Nada me serve.

Thaís: Eu te empresto um. Nem acredito que você cresceu, quando eu sair você tinha 12 anos? Acho que foi- se senta em um canto na cama, onde não tem roupas e começa a dobrar me ajudando- E te ouvir por ligação e as vezes vídeo não é a mesma coisa! - as vezes ela liga pro celular da dona Ana e fala comigo. Mas o da dona Ana é daqueles de botão. Então algumas vezes já pedir a Nathálya o dela emprestado - Como está a situação aqui? - ponho a mala dela em um canto. Poucas coisas, mas pesadinha.

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