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- Foi somente quando chegamos lá em cima que o avô de vocês se ajoelhou diante de mim, tirou uma pequena caixinha de veludo do bolso e me pediu em casamento. E eu, que já tinha do "sim" preparado havias meses, não consegui dizê-lo pois chorava aos soluços. - A mulher estendeu a mão aberta, deixando a aliança que usava visível para todos. - Depois do casamento, passamos nossa lua de mel naquela casinha da árvore. Era algo rústico, mas uma aventura e tanto, devo dizer. 

- E, mesmo depois que o avó de vocês partiu, sempre tive a imagem daquela casinha como um símbolo de amor, dedicação e paciência. Ele não a construiu somente para realizar meu sonho de criança, mas também para demonstrar que nosso amor fora construído aos poucos, pedaço por pedaço, até se tornar uma estrutura sólida e incrível. Acredito que aquela casa na árvore seja mágica, pois foi fruto de um grande amor, um amor tão profundo que é capaz de criar laços que vão além da nossa compreensão e do nosso tempo. Laços de amor que duram para sempre. 

Quando a velha mulher terminou de falar, haviam lágrimas escorrendo por suas bochechas usadas pelo tempo. Entretanto, ela não era a única emocionada, pois várias pessoas ali fungavam baixinho e deixavam lágrimas se acumularem sob as pálpebras. 

Liam e Theo, no mesmo segundo, buscaram o olhar um do outro. Ambos seguravam o choro, porém sorriram abertamente, seus olhares conectados. 

E, se eles vivessem em um desenho animado, com certeza haveriam corações flutuantes ao redor de ambos. 


Flowers - ThiamOnde histórias criam vida. Descubra agora