Poesia IV

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Na janela

a arvore

que agora

desfalece a tua ultima folha

teus galhos secos

trazem à tona

quão delicada

é a tua existencia

por mais que tenha

tuas raizes

tão profunda

bastace um vento

para que

a tua ultima folha

caisse

no ceu não há tantas nuvens

na escura noite

há tantas estrelas

o vento gelido

chega novamente

teu corpo

procura o abraço

ali sentados

deitados sobre o gramado

olhando a imensidão

do espaço sideral

faço a fogueira

junto ao violão surrado

tu dança pela noite

junto a poesia

recitada

convido-a para eternidade

com teu

sorriso envergonhado

tu me olhas

e sem dizer

revela-me secretamente

Sou inteiramente

um quadro não pintado

traga-me a tua tinta

e colore-me

com teus versos

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