Capítulo Vinte e Três

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Nossa viagem continuou até um vilarejo que tinha informações sobre um lobo ferido. Trevor me entregou quatro adagas quando descemos da carruagem.

— Se alguém te atacar, não hesite. — ele segurou firme na minha mão, olhando-me com uma expressão feroz. Eu entendi o recado, companheiro. Não vou hesitar.
 
Coloquei minhas adagas na bainha de couro que estava pendurada no meu cinto. É bom não usar vestido, estava sentindo falta das minhas calças confortáveis e dos meus coturnos clássicos. 
Daric farejou o ar, olhando lentamente da aglomeração de imortais que se formava ao nosso redor. Eles só estão curiosos, consigo sentir o cheiro do interesse que os moradores estão exalando. É um vilarejo pequeno, mas tem uma ótima aparência. O povo não era podre ou simples, havia fêmeas bem vestidas e comportadas. 
Os guerreiros que nos acompanharam, estão prontos para atacar a qualquer comando.

— Quero falar com o patriarca do vilarejo. — Gritou Trevor, todos ficam calados com os olhos arregalados. — Alertem a minha presença, eu não tenho paciência para impasses.

Todos continuam calados, encarando-nos com pura desconfiança. Rosnei de raiva, dando três passos a frente e ficando ao lado do meu marido.

— Meu nome é Breanne Munrou. Sou a Princesa da Ilha Lunne; — os murmúrios começam. — Recebemos a informação que um lobo desgarrado recebeu ajuda neste vilarejo, qualquer omissão será considerada traição.

— Eu já estou perdendo a minha paciência; — Daric desembainhou a espada. — Posso causar algumas mortes, nossa princesa já deixou claro que qualquer omissão é considerado traição; — O macho caminhou, com os guerreiros no seu encalço. — Derramar sangue é meu maior prazer.

Trevor não impediu o movimento do irmão, meu sangue congelou nas veias quando Daric ergueu a espada na direção de uma fêmea, minha vontade era avançar contra ele e parar o comportamento opressor e agressivo, mas precisamos descobrir sobre o lobo desgarrado. E no fim, para meu total alívio um macho gritou:

— LÍDER TREVOR; — os moradores do vilarejo começam a liberar espaço para o macho passar. — Você não é conhecido pela hostilidade. É um Alfa ponderado, não estou reconhecendo o seu comportamento.

Um macho de pele negra, com vestimentas simples se aproximou.

— Bom, um macho invadiu meu território. Atacou minha parceira que está grávida, não espere um comportamento amigável da minha parte, Mckale.

O macho sorriu, assentindo com a cabeça.

— Por aqui; — Ele fez um sinal para acompanhá-lo. — Meu Vilarejo é um lugar pacato, não somos conhecidos por agressividade ou ataques.

Seguimos o macho até um pequeno café, era um lugar adorável com mesas redondas e fofas.

— Gostaria de se sentar, princesa? — O macho puxou a cadeira.

— Agradeço a gentileza. 

— Que menina adorável; — Mckale sorriu, olhando-me com ternura, lembrando um Tio carismático. — Ela é encantadora, posso compreender a sua revolta.

Meu rosto queimou, fico lisonjeada com os elogios. Trevor apenas rosnou, advertindo o macho. No entanto, Mckale não se importou. Pediu que uma fêmea nos servisse um chá e biscoitos amanteigados.

— Mckale, eu não estou gostando dessa enrolação. Meu tempo é precioso e não quero perdê-lo com as suas ladainhas desnecessárias. Diga-me, o lobo desgarrado procurou ajuda no vilarejo?

— Sim, ele estava acompanhado por uma fêmea. Eles usaram uma desculpa esfarrapada sobre um luta por comida.

— Como era a fêmea?

A ESCOLHIDA - Clãs LunaresOnde histórias criam vida. Descubra agora