Já moramos juntos há duas semanas e parece que estamos cada vez mais próximos. Claro, não posso me esquecer que isso é o meu trabalho. Por isso, quando Natalie resolve dançar as músicas que gosta, me tranco no quarto, usando o trabalho como desculpa, já que pareço enlouquecer a cada movimento dela.
Natalie parece melhor, sempre dançando, o que agrada a psicóloga que vem uma vez por semana, mas ela não me engana. Uma vez ela me disse que sempre gostou de dançar, e acredito que usa isso como terapia. Mas assim que a dra. Swan vai embora, Natalie se tranca no quarto e chora durante horas. Hoje não é diferente.
A dra. Swan acabou de sair, mas antes de Natalie ir pro quarto, a puxo para um abraço. Ela tenta se desvencilhar, mas logo desiste e passa os braços pelo minha cintura. Puxo ela pro sofá e nos sentamos um de frente para o outro. Prendo uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e ela funga:
- O que houve? - pergunto, mas não obtenho resposta - Ela fez alguma coisa que não gostou? - ela nega
- Não, Kate é ótima.
- Então por que está chorando?
- Ela me faz lembrar de coisas que quero esquecer. Sei que preciso lembrar de todos os detalhes pra acharmos minha irmã, mas não consigo. É doloroso demais. - ela funga de novo e me abraça. A aperto forte e ela suspira.
- Quer que eu participe na semana que vem?
- Não. Preciso fazer isso sozinha. - assinto e sorrio de lado - O quê?
- Você é tão forte! - sussurro - Tão linda! - só percebo que disse aquilo em voz alta quando ela arregala os olhos - M-me d-desculpa. Eu só... Esquece.
- Não, agora eu quero saber! - eu não respondo - Me acha bonita?
- Você é linda, Natalie - respondo e, antes que consiga impedir, acrescento - E eu gosto de você! - digo olhando em seus olhos e me sinto um lixo, por tudo o que ela acabou de dizer, mas Natalie apenas sorri - O quê?
- Também gosto de você.
- Não! Não é desse jeito!
- De que jeito, então?
Não consigo responder. Estou encarando a boca dela, que percebe e morde os lábios, me fazendo olhá-la nos olhos.
- De que jeito, Spencer? - sussurra
Incapaz de aguentar por mais tempo, eu a beijo e logo sou correspondido mais vigorosamente do que esperava. Natalie me puxa pra perto, e antes que eu perceba, ela se senta no meu colo.
Preciso tirá-la de cima de mim, sei disso, mas só o que consigo fazer é segurá-la pela cintura e puxá-la mais pra perto. Ofego quando ela começa a fazer movimentos circulares e vou em direção ao seu pescoço, onde deixo um chupão e ela aperta meu braço. Levo minhas mãos à barra de sua camiseta e a tiro, fazendo a mesma com a minha logo em seguida. Penso em deitá-la no sofá, mas penso melhor e a levo para o meu quarto.
A deito na cama e, já sem roupas, voltamos a nos beijar. Começo, então, a beijar o seu corpo. Seu pescoço, seus seios, sua barriga, a parte inferior de suas coxas e enfim chego lá. Fico louco ao ver que ela está molhada. Me aproximo dela e passo a língua pelo seu clitóris. Ela tenta fechar as pernas, mas eu as seguro, as mantendo abertas. Chupo gentilmente, fazendo com que ela sussurre o meu nome, puxando o lençol da cama.
Não a deixo gozar e me levanto, recebendo um olhar de reprovação. Me inclino sobre ela e dou um beijo em seus lábios.
- Você quer isso? - pergunto sussurrando, e ela assente - Tem certeza? - ela assente novamente e me sento a seu lado - Natalie, não tenho camisinha. - digo e ela se senta também
- O quê? - pergunta manhosa
- Não tenho camisinha - repito a encarando
- Eu não me importo. Só quero você.
- Natalie... - me preparo pra protestar, mas ela me cala com um beijo, enquanto passa as mãos pelo meu peito, e as desce lentamente.
Desisto de protestar e viro o corpo. A empurro gentilmente, a fazendo deitar e, em seguida, deito sobre ela, me apoiando sobre um braço. Novamente pergunto:
- Tem certeza?
- Absoluta!
Então, a penetro lentamente.Tenho medo de que ela surte. A última vez que fez sexo, foi à força. Com essa lembrança, mesmo sem perceber, acabo estocando forte, descontando na própria vítima toda a raiva que sinto com seu caso. Olho para ela com medo de estar machucando-a, mas o que vejo é apenas uma Natalie cheia de tesão. Tal visão excita e acabo indo com mais força, sentindo suas unhas se cravando em minhas costas.
Suas pernas se fecham em torno da minha cintura, não permitindo me afastar, mas forçando minha aproximação. Com uma de suas mãos em minhas costas e a outra em meu pescoço, exatamente como em meus sonhos, ela me puxa em direção ao seu pescoço. Diminuo a velocidade e atendo seu pedido silencioso. Quando lhe dou um chupão, ela geme no meu ouvido:
- Ah, Spencer! - sussurra e morde o lóbulo de minha orelha.
Aumento a velocidade. Gememos no ouvido um do outro. Sinto que estou prestes a gozar e me afasto de seu pescoço, apoiando meu braço na cama e aumentando a velocidade até onde posso. Gozamos juntos. Deito ao seu lado esperando minha respiração se acalmar. Natalie beija me queixo e dá uma mordida de leve no local e me abraça, adormecendo logo em seguida.
Então eu reparo. Cada marca que aquele desgraçado fez em seu corpo está desaparecendo. Sinto raiva dele por tê-la machucado, e de mim, por ter me deixado levar pelo desejo. Olho pra ela, tão tranquila, confiando em mim mesmo depois do que aconteceu. Ainda me sinto culpado; deveria tê-la protegido, ter impedido. Mas, apesar do meu fracasso, ela confia em mim. Beijo sua testa, e não demora pra que eu comece a sentir o sono me alcançar também.
Mas um barulho me desperta. Parece vir da cozinha. Levanto devagar, visto uma cueca e pego minha arma na cômoda, e vou lentamente em direção ao barulho.
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Promise
RomanceSpencer Reid não esperava se apaixonar, mas quando a viu, sentiu necessidade de protegê-la, como se fosse dele. E, naquele momento, já abalado pela menina, prometeu a ela que seria protegida, e a si mesmo que o faria.