7.º Chapter

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- E… Esse tal Luke … É boa pessoa? – conseguia notar uma certa desconfiança na sua voz e na sua expressão.
- Sim, Mahila. Pelo que deu para perceber na nossa conversa de à pouco, sim. Ele é boa pessoa. – sorri.
- Está bem, se a menina o diz. – sorriu, levantando-se para outro compartimento da casa.

Sim, o Luke é boa pessoa. Pelo menos, como disse à Mahila, é o que ele deixa transparecer.

#POV Luke

Estava no tal jardim que fica ao lado da livraria, onde tinha acabado de encontrar a tal rapariga da livraria. Ela era mesmo bonita. Nos últimos dias, ela não me saía da cabeça. Haylin… Bonito nome para uma linda rapariga. Luke, tu tens namorada. Não te esqueças. E por falar nela….

- Olá Luke! – disse-me toda sorridente.
- Olá Aleisha. – sorri-lhe, cumprimentando-a como dois namorados normais.
- Então..  Vi que já conheceste a Haylin. – deu um meio sorriso.
- Sim, parece ser simpática. – mentira. Ela é linda.
- Simpática e com dinheiro.
- O que queres dizer? – minha expressão mudou por completo.
- Quero dizer que ela tem dinheiro, muito dinheiro. E eu estou a tornar-me uma amiga para ela.
- Só estás com ela por interesse?
- Não ponhas as coisas dessa maneira, assim até parece que sou uma interesseira.
- E é o que parece que és!
- Mas tu também vais ter que te aproximar dela. – disse, séria.
- Anh? Eu aproximar-me dela? Não penses que me vou aproximar de uma pessoa só por interesse, Aleisha! Nem consigo acreditar como consegues dizer isso! – gritei-lhe.
- Luke. Não tens de fazer nada de mais. Aproximaste dela, fazes-te de namorado dela, casam e ela depois passa dinheiro para a tua conta e pronto! É só isso que tens que fazer.
- Não lhe vou fazer isso… - disse, indo embora.
- Luke!  - chamou-me.
- O que é?
- Pensa nisso.


Nem lhe respondi. Simplesmente fui embora para o meu apartamento. Nem acredito como ela foi capaz de me dizer aquilo… A Aleisha. A Aleisha que eu conheço não é assim. Ela é uma menina, simpática, doce. Foi por ela quem me apaixonei! Não por aquela que está ali.
Continuei viagem até ao meu apartamento onde continuei a escrever a minha canção. Sim, eu ando a escrever uma canção, mas falta-me inspiração para concluí-la. Fui buscar uma cerveja para me concentrar melhor na minha escrita e lá comecei.

#POV  Haylin

Nove horas da manhã. Os pássaros ainda nem tinham acordado e eu já estou aqui sentada na cama a pensar. Tive um sonho maravilhoso. Sonhei que eu e o Luke estávamos juntos. Ele era o meu príncipe e eu a sua princesa. O que mais gosto é dos meus sonhos, podes imaginar tudo o que desejas que aconteça, porque ninguém pode sonhar por ti. E é isso que eu faço. Mesmo que as possibilidades de que eu e o Luke nos venhamos a aproximar sejam nulas, na minha mente é 100% possível. Vesti-me e fui tomar o pequeno almoço. A Mahila não se encontra em casa, provavelmente está no  jardim a falar com os jardineiros, ou deve ter ido ao mercado.  Ao menos ela fala com alguém, não é uma anti-social como eu, que quando tem possibilidades de falar com alguém, diz sempre alguma coisa mal. Sou mesmo uma desgraça…
ia começar a dar a minha primeira dentada na sandes que preparei, quando sinto a campainha a tocar.
Levantei-me e fui até à porta. Talvez a Mahila esqueceu-se das chaves. Abri a porta à espera de a encontrar, mas não foi.

- Bom dia. – disse, sorrindo-me, mas eu continuei calada. – Estás bem?
- Hum…. Ah, sim. Bom dia Luke. Que estas aqui a fazer? – perguntei sem perceber a sua presença.
- Vim aqui para falar contigo. Estava aborrecido em casa e sem nada para fazer e lembrei-me de ti. – sorriu.

Lembrou-se de mim! Ainda pensei que já nem se lembrava de onde ficava a minha casa, mas aparentemente, lembra-se.

- Hum, também estava aborrecida. Ia agora tomar o pequeno almoço. Já comeste?
- Hum, nem por isso. – deu um leve riso.
- Ah, então entra! Podes tomar o pequeno almoço comigo. – sorri-lhe.

Sentámo-nos os dois na mesa. Ele serviu-se e eu já estava a comer.

- Então, tu és rica? – perguntou-me, enquanto estava a comer.
- Hum… Sim, posso dizer que sim.
- Esta casa é enorme! Quem me dera ter uma assim… - disse-me.
- Sabes que mias Luke? Esta casa não me traz felicidade nenhuma. Foi aqui que vivi enquanto os meus pais não estavam, foi aqui onde passei os piores anos da minha vida sem ninguém onde me apoiar. Podemos dizer que a minha vida está cheia de cicatrizes, mas são essas cicatrizes que fazem quem eu sou. – disse, sempre olhando-o.

Ele continuava a olhar seriamente para mim. Deve estar a pensar que estou maluca. Só pode. Pela maneira de como olha para mim…

- Desculpa. – disse, baixando.
- Desculpa por quê? Por seres sincera? O máximo que tenho a dizer-te é que começo a achar-te maravilhosa. – sorriu-me.
- O que é que ele faz aqui? – perguntou.


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Quem será?

Uncover \\ l.h.Onde histórias criam vida. Descubra agora